A horripilante história dos testes de gravidez
Mesmo sem conhecer os mecanismos direito, os antigos egípcios já sabiam que, de alguma forma, era possível descobrir por meio da urina se uma mulher estava grávida – um vínculo que foi explorado ao longo da história, até chegarmos aos testes precisos e relativamente baratos disponíveis atualmente.
No Egito, é claro que os métodos eram mais “artesanais”: eles jogavam uma amostra da urina da mulher sobre grãos de cevada e de trigo; se os grãos germinassem, isso supostamente seria um indício de gravidez (além disso, acreditava-se que era possível descobrir o sexo do bebê apenas vendo se foi o trigo ou a cevada que germinou).
A horripilante história dos testes de gravidez
Esse tipo de teste, embora impreciso, foi padrão até o começo do século 20, quando se descobriu o vínculo entre gravidez e hormônios. Na década de 1920, o químico Selmar Aschheim e o ginecologista Bernhard Zondek criaram um teste mais preciso, e mais cruel, em que se injetava a urina da mulher em cinco ratos, que seriam dissecados depois de cinco dias. Um inchaço nos ovários dos animais (por conta dos hormônios) indicaria que a mulher estava grávida. Mais tarde, além de ratos, passaram a usar coelhos também.
Não muito tempo mais tarde, o zoologista Lancelot Hogben começou a fazer esse tipo de teste com sapos da espécie Xenopus laevis, típicos de certas regiões do continente africano. Ao contrário dos mamíferos, os sapos não eram sacrificados ao final do teste, e podiam até mesmo ser “reutilizados”.
Durante décadas, o teste de Hogben se tornou padrão, e no fim das contas deu base para a criação de testes mais precisos – e que não envolviam o abuso de animais. [KnowledgeNuts]