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Ao contrário da crença geral, gordura saturada não é ruim para o coração

Todo mundo já deve ter ouvido falar da associação entre doenças cardíacas e gorduras saturadas. Há alguma verdade por trás disso?

Aparentemente, não.

Duas meta-análises abrangentes, uma publicada em 2010 no American Journal of Clinical Nutrition e outra publicada em 2014 na revista Annals of Internal Medicine, analisaram dados de centenas de milhares de participantes de pesquisas e concluíram que não há nenhuma ligação significativa entre o consumo de gordura saturada e doença cardiovascular.

A de 2010 reviu estudos epidemiológicos com um total de 347.747 indivíduos, sendo que 11.006 desenvolveram doenças cardíacas ou acidente vascular cerebral. O estudo determinou que o consumo de gorduras saturadas não foi associado com um risco aumentado de nenhuma das condições.

Já a revisão de 2014 analisou 49 estudos observacionais com 556.246 participantes e 27 estudos randomizados e controlados com 103.052 participantes e afirmou que a evidência atual não suporta claramente orientações que incentivam o consumo elevado de ácidos graxos poli-insaturados e o baixo consumo de gorduras saturadas.

Não é ruim… Mas é boa?

Certo, gorduras saturadas não fazem necessariamente mal para a saúde. Mas e bem? Elas têm algum benefício?

Talvez – mas bem pouco.

A gordura saturada aumenta a saciedade após uma refeição, mais do que os carboidratos e possivelmente do que proteínas. Na verdade, comer muito pouca gordura saturada pode levar a uma diminuição nos níveis de testosterona em homens.

Essa não é uma licença para cair de boca nos hambúrgueres de fast food e milkshakes. Alimentos ricos em gorduras saturadas tendem a ser altamente calóricos, e uma dieta rica em calorias leva a ganho de peso desnecessário – o que não é bom para a saúde de ninguém.

Dito isso, é importante saber que a gordura saturada não é o diabo e pode ser apreciada como parte de uma dieta sensata. [LifeHacker]

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