Cientistas britânicos buscam criar célula “reprogramável”

Por , em 10.11.2011

A bactéria Escherichia Coli, presente em grande quantidade em nossos intestinos, pode ser o marco inicial de uma grande descoberta. A partir da estrutura do seu organismo, cientistas britânicos lançaram um projeto para criar uma célula sintética “reprogramável”, em laboratório.

A pesquisa é encabeçada por pesquisadores da Universidade de Nottingham (Inglaterra), com ajuda de outros cientistas da comunidade internacional. É importante destacar, a princípio, que existe uma diferença básica entre as famosas células tronco e as células sintéticas que se pretende obter.

No caso das células tronco, uma unidade inicial tem o poder de se dividir ou se transformar, e passa a ser outra célula. No caso das células sintéticas, a ideia é que exista uma base fixa, capaz de mudar suas funções por um número ilimitado de vezes, conforme a necessidade.

Para facilitar o entendimento, os pesquisadores fazem uma analogia com um computador. O organismo, como um todo, seria uma “unidade de hardware”, imutável. Com os procedimentos celulares atuais, não há um “software” (no caso, uma célula) que possa ser modificado sem causar alterações no hardware. Quando os cientistas querem alterar alguma célula, precisam começar do zero na fase embrionária, ou seja, “reinstalar” o software.

Caso a pesquisa seja bem sucedida, teremos uma célula que pode programar o seu próprio “software” sempre que for preciso. Passando para termos práticos, aconteceria algo semelhante ao seguinte: uma célula que atua no intestino, por exemplo, poderia ser programada para atuar no estômago caso houvesse uma doença nesse órgão, e depois ser transferida para outra função ou voltar para a anterior, sem se prejudicar.

Os testes, na primeira fase da pesquisa, serão feitos com a bactéria Escherichia Coli, que é unicelular. A ideia é tornar o organismo da bactéria (ou seja, sua célula) capaz de desempenhar tarefas não naturais, previamente manipuladas por processos químicos. As pesquisas, contudo, estão em sua fase inicial, e não há prazo para a divulgação dos primeiros resultados concretos. [PopSci]

2 comentários

  • José Calasans:

    Isso é possível sim,isso,e muito mais.

  • pura viagem:

    pura viagem isso que eles querem fazer, é muito dificil e o que eles falam e mt dificil de se fazer

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