Uma equipe internacional de pesquisadores identificou os 20 exoplanetas com maior probabilidade de serem semelhantes à Terra, entre mais de 4.000 candidatos a mundos alienígenas descobertos pelo telescópio espacial Kepler, da NASA, até o momento.
O estudo foi aceito para publicação na revista científica The Astrophysical Journal. Você pode lê-lo gratuitamente (em inglês) no site da ArXiv.org.
Candidatos abundantes
De acordo com o principal autor do estudo, Stephen Kane, professor associado de física e astronomia da Universidade Estadual de São Francisco, nos EUA, sua equipe vasculhou 216 zonas habitáveis ao redor de estrelas como o nosso sol, para classificar os candidatos mais parecidos com nosso planeta até agora.
Um “candidato a planeta” é um exoplaneta que ainda tem de ser confirmado por observações ou análises de acompanhamento. Kepler encontrou cerca de 4.700 candidatos a planetas até à data, sendo que mais de 2.300 já foram confirmados.
Os cientistas da missão Kepler estimam que cerca de 90% de todos os candidatos serão, eventualmente, confirmados como planetas reais.
Top 20
Todas as 20 potenciais “segundas Terras” estão dentro das zonas habitáveis de suas estrelas – o que significa que devem ser capazes de abrigar água líquida em sua superfície – e são provavelmente rochosas.
As Terras 2.0 precisam orbitar com segurança a zona habitável. Se um planeta está muito perto da borda interna, pode experimentar um efeito estufa, como o que ocorre em Vênus. Se está muito perto da borda externa, pode acabar um mundo frígido como Marte.
Além de classificar os planetas pelo seu lugar na zona habitável, Kane e sua equipe também os ordenaram por tamanho, descartando planetas que eram grandes o suficiente para ser gasosos.
Há cinco planetas confirmados no top 20: Kepler-186F, Kepler-62f, Kepler-283c, Kepler-296f e Kepler-442b. Os outros 15 são candidatos a planetas ainda não ratificados por observações de acompanhamento.
Esperanças
Categorizações como esta sugerem que o universo está repleto de planetas que poderiam abrigar vida.
“É emocionante ver a enorme quantidade de planetas que estão lá fora”, disse uma das coautoras do estudo, Michelle Hill, uma estudante australiana da Universidade Estadual de São Francisco, em um comunicado. “Faz você pensar que não há nenhuma chance de não haver outro lugar onde a vida poderia ser encontrada”. [Space]