Cura da AIDS: Conferência fala sobre como erradicar a doença
Essa semana, um dos maiores eventos sobre Aids está acontecendo nos EUA: a 19ª Conferência Internacional da Aids, em Washigton. Mais de 25.000 médicos, cientistas, ativistas, políticos, filantropos, representantes de empresas farmacêuticas e pessoas vivendo com o vírus HIV estarão debatendo o assunto que, pela primeira vez, terá na sua pauta um tema importantíssimo: a cura da doença.
Outros tópicos da conferência incluem pesquisa sobre como prevenir a infecção pelo HIV, tratamento e prevenção da condição.
Rumo a uma cura da AIDS
O grande tema da conferência é o lançamento do “Rumo a uma cura do HIV”, uma estratégia científica global de um grupo internacional de 300 pesquisadores que estão delineando as prioridades para encontrar uma cura para a doença.
O objetivo é descobrir por que o vírus HIV vive indefinidamente em certas células, em quais tecidos ele vive, como fazer o sistema imunológico matá-lo e que tipo de drogas poderiam matá-lo.
O paciente de Berlim
A Aids já reivindicou cerca de 30 milhões de vidas em todo o mundo. Há pouco tempo, falar sobre a cura da doença seria impossível. Hoje, graças ao paciente de Berlim, a esperança volta a fazer parte da casa dos doentes.
Em 2007, um americano chamado Timothy Brown, que estava morando na Alemanha, recebeu um transplante de medula óssea como tratamento para leucemia mieloide aguda (um tipo de câncer de sangue) e acabou sendo curado do vírus HIV, doença que ele também possuía.
Em 2010, depois de três anos sem nenhum sintoma da Aids, Timothy foi confirmado como a primeira pessoa no globo a ser curada da Aids. Isso aconteceu porque a medula que ele recebeu era de um doador com uma mutação rara que torna algumas pessoas imunes ao HIV.
Só que o seu caso é raro. O procedimento pelo qual Timothy passou é extremamente perigoso, porque o sistema imunológico de um paciente tem de ser “exterminado” a fim de aceitar o transplante de medula óssea.
Além disso, apenas 1% dos caucasianos (principalmente europeus do Norte) e nenhum afro-americano ou asiático têm essa mutação em particular que torna as pessoas resistentes ao vírus.
Ou seja, a “cura” ainda não podia ser bradada em todos os cantos, já que usar um transplante de medula óssea de um doador resistente não é um tratamento viável para a Aids.
Mas o conhecimento lançou luz em outras pesquisas, como a possibilidade de estudar células-tronco de doadores resistentes ou desenvolver uma vacina a partir do estudo dos mecanismos vistos nas pessoas resistentes ao vírus.
Ainda assim, os pesquisadores são realistas.
“Estamos tentando inspirar as pessoas sobre a possibilidade de que a cura poderia acontecer algum dia”, disse o Dr. Steven Deeks, da Universidade da Califórnia, em San Francisco (EUA). “A maioria das pessoas razoáveis diria que temos 50%-50% de chances de obter uma cura, por isso, não é bom ficar muito entusiasmado. Achamos que é possível, e que vale a pena investir nisso, mas não espere nada em um futuro próximo”.
Como seria a cura do HIV?
Timothy apresentou, no mês passado, pela primeira vez desde 2007, traços do vírus HIV no seu sangue. Isso não significa que ele não está mais curado. O paciente de Berlim não tem sintomas, seus testes para HIV dão negativo, e ele não precisa de medicamento nenhum. Os médicos garantem: Timothy não tem Aids.
Cada vez mais os pesquisadores aceitam uma definição de “cura funcional”, na qual o vírus é controlado, e a transmissão não ocorre. Uma outra corrente de pensamento prefere a cura por “esterilização”, que eliminaria o vírus do organismo completamente.
Avanços nas curas funcionais
O Dr. David Margolis, pesquisador da Universidade da Carolina do Norte (EUA), vai apresentar os resultados de seu pequeno estudo com oito pacientes tratados com Vorinostat na conferência. Vorinostat é um remédio usado no tratamento do linfoma, um câncer dos gânglios linfáticos e da corrente sanguínea.
Pesquisadores franceses que estão estudando 12 pessoas HIV-positivas chamadas de pacientes Visconti também vão falar sobre seus avanços. Esses pacientes foram tratados imediatamente após terem sido expostos ao vírus HIV e têm sido capazes de controlá-lo naturalmente. Após receberem, desde cedo, o tratamento clássico antirretroviral durante a fase aguda da infecção, os doentes se tornaram capazes de controlar as infecções sem nenhum tratamento, além de não transmitir a doença aos outros, o que também entra no tópico da prevenção.
Além disso, um estudo com um grupo de homens e mulheres infectados com o vírus chamados de controladores de elite também é promissor: eles são totalmente capazes de controlar naturalmente sua infecção, pois nunca receberam nenhum tratamento antirretroviral, e têm uma carga viral indetectável.
Muitas mentes científicas, juntas, numa colaboração de esforços, podem chegar a resultados incríveis. Eu sei que não devemos apostar todas as esperanças na cura, mas hoje ela parece mais real do que nunca.[CNN]
12 comentários
Bom dia
destruir qualquer portador? comentario no minimo idiota pois existem muitas doenças infectocontagiosas até mais letais do que a aids no mundo ,mas conhecimento não se vende em farmacia nem boteco ,de tempos em tempos surgem possiveis curas e acho que logo haverá alguma de fato ,acho que certas pessoas deveriam se instruir anres de fazer comentarios sem nexo ou procedencia .
Cientistas anunciaram ter conseguido expulsar o vírus da Aids dormente em glóbulos brancos usando um medicamento destinado ao tratamento de câncer. A capacidade do código genético do HIV de se esconder em células e despertar anos mais tarde é um dos principais obstáculos para se chegar a uma cura.
A nova pesquisa, publicada na edição desta quinta-feira (26) da “Nature”, abre a perspectiva de a ciência dominar uma maneira de tirar o HIV de seu “esconderijo” para eliminá-lo. Usando a droga quimioterápica Vorinostat, os pesquisadores americanos conseguiram despertar e “desmascarar” o vírus latente em glóbulos brancos CD4+T de oito pacientes. Com a droga, eles saíam dos glóbulos brancos, ficando momentaneamente sem poder voltar. O HIV é um retrovírus, o que significa que injeta seu DNA em células hospedeiras, que viram fábricas de vírus.
“Após uma única dose da droga, pelo menos por um momento, o Vorinostat faz com que o vírus saia do seu esconderijo”, disse David Margolis, um dos autores estudo. Sem uma célula hospedeira, em teoria, ele morre em questão de minutos. “Esta é uma prova do conceito de que o vírus pode ser alvejado especificamente dentro de um paciente por uma droga e, essencialmente, abre o caminho para que esta classe de fármacos seja estudada para o uso desta maneira”.
O medicamento tem como alvo uma enzima que permite ao vírus ficar latente. Os autores ressalvaram que o efeito observado no Vorinostat é apenas um indicativo de que uma cura pode ser alcançada por esse caminho, mas que ele ainda precisa ser mais explorado.
“Há uma possibilidade de que isso possa funcionar. Mas, se é apenas 99% verdade e 1% dos vírus escapar, não haverá sucesso. É por isso que temos que ter cuidado com o nosso trabalho e o que afirmamos a respeito dele“, disse Margolis à agência AFP.
curar a AIDS do mundo é relativamente simples (mas longe de ser fácil), basta destruir qualquer portador da doença e manter um controle rígido nas áreas onde os humanos tem contato com outros primatas de grande porte. Mas ai considerar isso moralmente e/ou eticamente aceitável é outra historia.
O problema é o Vaticano deixar o avanço nas pesquisas…
que um dia essa doença, seja erradicada, a malaria ,as hepatites, a tuberculose, e o câncer também em todas suas formas e tipos de cancros.
Boa noite.Acredito que todos os cientistas unidos sem fronteiras,abrirá novos horizontes para a cura da aids.Na minha visão o desafio é vencer o virus inativo, que transtorna o organismo quando atinge o sistema imunologico.Dedico doze anos em alimentos levedados e fermentados,estes alimentos são considerados funcionais, alguns chegam a conservar até um ano e outros um mês,a natureza é sábia, transforma cada alimento com o seu próprio micro organismo benéfico que equilibram o organismo.No futuro estes alimentos “in nature ” podem ser considerados vacinas coméstiveis, contribuindo para melhorar a qualidade de vida.
Grata
andomary
Boa noite,acredito que todos os cientistas unidos sem fronteiras , estarão abertos novos horizontes para a cura, na minha visão a maior batalha é vencer um virus morto,que não tem vida,que após atingir a defesa do organismo debilita o ser humano.Dedico doze anos em alimentos levedados e fermentados processados artesanalmente,considerados alimentos funcionais,cada alimento possui um tipo de bactérias benéficas que equilibram o organismo, pois cada alimentos de grãos, frutas, especialmente os pães levedados e fermentados tem seu próprio mistério de microorganismos, que a natureza o produz. São alimentos in nature, que alguns conseguem conservar até um ano e a maioria em torno de um mês.
Estes alimentos podem ser considerados vacinas comestiveis. no futuro, será um grande aliado para combater as bactérias maléficas.
Grata.
andomary
e bem provável que depois de curarem ou erradicarem a aids, uma doença pior apareça.
Daniel, não se deve pensar, com os avanços na medicina destes estudos, representa uma luz no fundo do túnel…
Devemos ter esperança e dar crédito que um dia essa bendita cura possa ser encontrada… por outro lado há a questão comercial!!!!
que um dia, essa doença seja enrradicada
Além da doença, temos que “enrradicar” os erros de gramática.
Ai meus ovos!!!