Depois de 100 anos de extinção, espécie de búfalo europeu está prestes a voltar para a natureza
O bisão europeu (Bison bonasus), uma espécie de búfalo que habitava a Europa, foi extinto da natureza em 1927, há cerca de 100 anos. Apesar de serem considerados os maiores herbívoros da Europa, esses animais perderam espaço na vida selvagem principalmente por conta da caça excessiva. Nos Estados Unidos, a história se repetiu de maneira muito semelhante. Dezenas de milhões de animais costumavam habitar a região das Grandes Planícies, mas, no início de 1900, o número já tinha diminuído para menos de 1.100 indivíduos.
Graças aos esforços de preservação das pequenas populações que foram mantidas em jardins zoológicos, a espécie está aos poucos sendo reintroduzida em seu habitat natural. O primeiro bisão criado em cativeiro foi solto na natureza em 1952. Com um acompanhamento bem próximo e análise contínua de todo o processo de readaptação ao ambiente, a população selvagem total atingiu mais de 3.000 até 2012. No entanto, a espécie ainda é considerada “vulnerável” pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês).
Agora, para que a volta do bisão à natureza seja definitiva, 7 fêmeas criadas em cativeiro nas Ilhas Britânicas serão soltas em uma floresta da Romênia, segundo anuncio dos funcionários da Sociedade Zoológica Real da Escócia (Royal Zoological Society of Scotland). Os animais chegaram ao Vanatori Neamt Nature Park, na Romênia, no dia 25 de abril e, de acordo com o planejado, vão passar as próximas semanas em um grande recinto que reproduz a natureza selvagem para se acostumarem com sua nova casa antes de serem 100% liberados.
Um dos bisões, uma fêmea chamada Glen Rosa, nasceu em julho de 2012 e foi criada no Highland Wildlife Park, na Escócia – que é operado pela Sociedade Zoológica Real da Escócia. Segundo Douglas Richardson, um dos diretores de Highland Wildlife Park, “Glen Rosa e o outro bisão vão participar de uma manada já estabelecida no Vanatori Neamt Nature Park (Romênia) para ajudar a aumentar os números e diversidade genética dentro do grupo”.
“Este é um excelente exemplo de como os jardins zoológicos estão ajudando a salvar espécies da extinção”, completou. [LiveScience]