Nova fase da matéria, alimentos cancerígenos e a forma como o cérebro apaga coisas sem importância: uma semana de descobertas interessantes
Tem sido uma semana interessante para a ciência. Novas descobertas são feitas a cada dia pelo mundo afora, mas as últimas horas foram particularmente inovadoras.
Por exemplo, uma equipe nos EUA descobriu uma nova fase da matéria, caracterizada por uma ordem incomum de elétrons que não se baseava em nenhuma previsão teórica.
Outra equipe da Universidade de Purdue, nos EUA, observou uma transição de fase que se pensava impossível: elétrons mudando de uma fase topologicamente ordenada para uma com simetria quebrada sob certas condições.
Quanto à física aplicada, um esforço colaborativo na Grã-Bretanha levou à invenção de feixes usados para levantar e mover objetos sem tocá-los.
O espaço também trouxe boas notícias. Uma equipe de pesquisadores vinculados a diversas instituições nos EUA anunciou que tinham resolvido alguns mistérios da viagem da sonda Voyager 1 – especificamente, por que a sonda observou um campo magnético que era inconsistente com outras observações de naves espaciais.
Além disso, a equipe que estuda a sonda Rosetta recebeu os dados para estudar o cometa 67P e informou que ela havia encontrado oxigênio molecular, uma grande surpresa.
Passando ao aquecimento global, uma equipe de pesquisadores marinhos e ambientais de várias organizações também dos EUA informou os resultados de um estudo no qual eles sugerem que as águas aquecidas são um fator importante no colapso do bacalhau da Nova Inglaterra no Golfo do Maine.
Essa foi a má notícia. A boa notícia é que um estudo realizado pela NASA mostrou que os ganhos de massa no manto de gelo da Antártica são maiores do que as perdas – a quantidade de neve está mais do que compensando os prejuízos devidos ao derretimento das geleiras.
No quesito manchetes internacionais muito circuladas, um relatório de uma agência da ONU balançou o mundo quando anunciou os resultados de uma revisão de cerca de 800 estudos que juntos revelaram que salsichas e presunto causam câncer. A carne vermelha “provavelmente” também.
Do lado mais otimista das coisas, uma equipe da Universidade de Cambridge disse ter criado um design para uma bateria incrível de lítio-oxigênio cujos testes indicam que é mais do que 90% eficiente. Ela pode ser carregada/recarregada mais 2.000 vezes.
E, finalmente, se você já suspeitava que seu cérebro às vezes se livra de coisas que você não precisa, saiba que pode mesmo estar certo. Uma equipe da Universidade de Lund, na Suécia, descobriu que o cérebro esquece certos dados às vezes a fim de economizar energia. Ou seja, ele simplesmente apaga algo que foi aprendido, e que está sendo considerado desnecessário, a fim de fazer o melhor uso possível da sua potência. [Phys]
1 comentário
Como a carne é produzida para consumo, sim!