EM Drive: propulsor “impossível” da NASA é cada vez mais real
A NASA tem mantido um certo sigilo sobre o desenvolvimento de seus projetos. Mas, finalmente, um dos engenheiros que trabalha no controverso propulsor EM Drive falou sobre o atual estado do projeto, no que foi a primeira atualização direta que temos EM MESES. #crueldade
Um dos principais engenheiros que trabalham no controverso propulsor EM Drive da NASA no Laboratório Eagleworks no Centro Espacial Johnson, no Texas, falou publicamente sobre o estado atual do projeto. Esta é a primeira atualização direta em meses, já que a NASA está mantendo os desenvolvimentos em total sigilo.
As últimas notícias sobre a EM Drive, que produz um impulso aparentemente do nada, vem de Paul March, um dos principais engenheiros da NASA que trabalha no Laboratório Eagleworks no Centro Espacial Johnson, no Texas. Ele colou algumas cartas na mesa em um post que foi publicado no fórum NASA Spaceflight.
Esta publicação foi feita em resposta a um artigo não publicado que afirma que o impulso do dispositivo é gerado pela força de Lorentz que existe entre a EM Drive e o campo magnético da Terra, algo que seus testes provam não ser verdade.
O que ele tem a dizer em legítima defesa?
De acordo com o engenheiro pesquisador, a equipe construiu primeiro e instalou um segundo gerador que reduziu os campos magnéticos na câmara de vácuo em pelo menos uma ordem de grandeza e qualquer força Lorentz de interação que poderia ter sido produzida. E ainda assim os sinais de impulso anômalos permaneceram.
Paul March também afirmou na mesma publicação que nos últimos desenvolvimentos, a expansão térmica do propulsor tem sido levada em conta para reduzir todas as fontes possíveis de erro. Mas o impulso anômalo ainda está sendo observado, indicando uma causa ainda inexplicável para ele.
Uma vez que os testes no laboratório Eagleworks forem completados, eles serão submetidos a verificação e validação no Centro de Pesquisa Glenn, da Universidade Johns Hopkins, Estados Unidos, e no Jet Propulsion Laboratory (JLP) – um centro de tecnologia localizado na California.
O propulsor EM Drive
O propulsor EM Drive é um propulsor hipotético que utiliza NENHUM combustível. Por isso tanta euforia em torno de sua concepção. Para funcionar, ele utiliza um magnetron – um tubo de vácuo de alta potência em que a interação entre um campo magnético e elétrons gera microondas.
O magnetron envia estas microondas a uma estrutura que, de acordo com os defensores desta tecnologia, é o que acaba gerando o impulso misterioso.
Por que esta tecnologia é dita como “controversa”?
O propulsor EM Drive é controverso porque viola as leis de conservação do momento linear de Newton, já que não aplica qualquer força conhecida na extremidade menor do seu cone, de modo que o propulsor não deveria se mover.
O suposto impulso é pequeno, na ordem de um micronewton (o peso de um mosquito na Terra), de modo que os fenômenos desaparecidos poderiam ser igualmente pequenos (e por isso nós podemos simplesmente não estar vendo eles acontecerem).
Uma força tão pequena quanto esta não parece ser útil para uma viagem espacial, por exemplo, mas seria significativa quando ampliadas em uma nave espacial. Se o EM Drive se tornar uma realidade, alguns dizem que poderia ser usado para alcançar a borda do Sistema Solar em meses – não em décadas, como a tecnologia atual nos permite.[iflscience]
7 comentários
Existe um erro no momento que voces explicam o que é o EMDrive, ele utiliza combustível sim, ele usa energia elétrica que gerá um Campo Mag.
Energia elétrica não é combustível. O método de produção de energia elétrica pode ou não usar combustível (um painel solar não usa combustível, mas um gerador atômico usa combustível nuclear).
Considerando que foi tradução literal para “a very close lid” eu sugiro “está mantendo grande sigilo”
“…como a NASA está mantendo uma tampa muito apertado sobre os desenvolvimentos.”
a NASA ignorou esse motor por anos, estão correndo agora porque chineses testaram e publicaram trabalho
a NASA não inventou ele
Fontes?
Nem chineses inventaram. Na verdade o experimento é do engenheiro inglês Roger Shawyer e outros grupos de pesquisa estão replicando.