Veja como esta lua faz a maior bagunça nos anéis de Saturno

Por , em 23.01.2017

A sonda Cassini está produzindo algumas das mais belas e inspiradoras vistas de Saturno até agora.

Finalmente, foi possível dar uma boa olhada nos processos em pequena escala que estão em ação nos anéis do planeta. Como essa observação, quase surreal, da lua minúscula Dafne (ou Daphnis).

Keeler Gap

Orbitando o sistema de Saturno desde 2004, a missão Cassini da NASA nos forneceu incríveis imagens do seu anel aparentemente plano.

Além da resolução da câmera da sonda robótica, no entanto, existem ondulações que são inevitavelmente causadas pela gravidade das pequenas luas embutidas nas muitas lacunas do anel.

Por exemplo, em uma lacuna de 40 quilômetros de largura, chamada de Keeler Gap, uma lua de 8 quilômetros de largura vaga e tem um efeito bastante dramático sobre as partículas minúsculas nas bordas.

Enganosa

O ângulo de visão oblíquo da foto acima é um pouco enganador; nós não estamos olhando diretamente para baixo no plano do anel, mas sim estamos olhando a lua de lado.

As ondas estão, portanto, se movimentando para cima e para baixo conforme a lua faz sua órbita.

A lacuna, ou seja, esse “buraco” no anel, também parece mais estreita do que sua largura de 40 km, um efeito óptico conhecido como escorço.

Cassini estava a cerca de 27.000 quilômetros de Dafne quando fez esta imagem, em 16 de janeiro.

Detalhes

Anteriormente, em 2009, Cassini já tinha sido capaz de detectar essas ondas nos anéis de Saturno, embora de longe, quando o gigante de gás estava passando por seu equinócio.

Neste momento, o plano do anel era paralelo à direção da luz solar, permitindo que qualquer estrutura vertical lançasse uma sombra longa:

Visualizar Dafne tão de perto significa que detalhes anteriormente não vistos agora são aparentes – em particular, o estreito cume ao redor do equador da lua e a camada lisa que cobre sua superfície, traços compartilhados por outras luas que ficam no anel do planeta, Atlas e Pan.

Estas características são provavelmente um acúmulo de partículas que colidiram com a lua durante sua órbita. Além disso, pequenas crateras são evidentes, provando que mesmo a menor das luas não está imune a impactos.

Vem mais aí

Embora a missão da Cassini acabe em setembro, há muitas surpresas esperando pelos cientistas ainda, enquanto a sonda se prepara para uma sequência de órbitas polares que a levará a atravessar o plano do anel – um feito que nunca antes foi tentado. [Seeker]

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