Pirâmide microscópica é uma jaula celular
Pesquisadores da Universidade de Twente, na Holanda, criaram essa “jaula celular” em forma de pirâmide para poder estudar células vivas da maneira como elas agem em seu ambiente natural 3D.
Geralmente, células são estudadas em placas de Petri, que são planas. Como nosso corpo é tridimensional, os pesquisadores acharam que criar um ambiente 3D para estudar as células ajudaria os cientistas a observar como elas interagem normalmente no nosso organismo.
Para criar essa pirâmide microscópica com furos nos lados, eles depositaram nitretos sobre poços de silício, e depois retiraram a maior parte do material, deixando apenas uma pequena quantidade nos cantos para criar a estrutura.
Esse método é chamado de litografia de canto, e explora a deposição e o condicionamento de uma película fina em um modelo 3D de silício. A técnica deixa um resíduo de película fina em cantos cortantes côncavos, que pode ser utilizado como material estrutural.
O que os pesquisadores criaram foi um novo dispositivo de captura de célula usando estruturas de nanofios. Essas matrizes de nanofios foram usadas não só para “aprisionar” células, como para observá-las ao longo do tempo, mantendo-as em um microambiente 3D.
“Porque as pirâmides são muito abertas, as células podem facilmente fazer ligações com o exterior”, disse Aart van Apeldoorn, um dos pesquisadores do estudo. “A superfície 3D imita mais ou menos como as células agem em tecidos reais. Tudo em nosso corpo é tridimensional”.
Veja o estudo completo (em inglês), publicado no período Small, aqui.[NewScientist, OnlineLibrary]