A morte do controle remoto

Por , em 10.01.2012

Há décadas o controle remoto tem servido fielmente aos preguiçosos que adoram passar horas em frente à televisão sem fazer muito esforço. Mas essa útil tecnologia pode desaparecer no futuro, sendo substituído por métodos de controle mais simples. O controle remoto que conhecemos esta sob ataque no Consumer Electronics Show (CES) deste ano, em Las Vegas.

Controles que reconhecem movimentos e voz – semelhantes ao sistema Kinect, do Xbox – é esperado como o grande tema do CES, que começou ontem, dia 9.

“Estou esperando para ver outras empresas incorporando o controle de movimento”, disse Shawn Dubravac, economista chefe do Consumer Electronics Association e organizador do CES. “Você vai ver o controle de movimento integrado em dispositivos como nunca antes. Assim, você será capaz de controlar a sua televisão apenas com um aceno de sua mão.”

Especialistas em interfaces acreditam que essa é uma oportunidade para melhorar os tradicionais controles remotos, que já não são tão eficientes quanto os usuários desejam antes mesmo que a internet fosse introduzida na televisão.

A tendência, com todos os aparelhos eletrônicos atuais, é a criação de interfaces que duplicam ações naturais, ao invés de exigir que os usuários aprendam novos. Por exemplo, na realidade virtual, se você quiser ver a imagem a sua direita, você não terá que pressionar alt-control-seta para a direita, mas apenas virar sua cabeça. Os movimentos de controle de televisão só terão êxito se seguirem esse critério, de acordo com especialistas.

Mas nem todos acreditam que o controle remoto será abandonado tão cedo. Ben Shneiderman, professor de ciência da computação na Universidade de Maryland (EUA), é cético. O controle de voz, por exemplo, apresenta muitos problemas e incapacidade de distinguir conversação natural de comandos, o que limita sua eficácia.

Shneiderman – cuja equipe ajudou a desenvolver a tecnologia de touchscreen por trás do iPhone – também acredita que interfaces de TV precisam de simplificação. Um passo importante pode ser criar smartphones que permitam o controle. “Movimentos e voz sempre tiveram uma forte atração, mas eles nem sempre funcionam como as pessoas gostariam”, diz. [NewScientist]

9 comentários

  • Sampaio:

    “Por exemplo, na realidade virtual, se você quiser ver a imagem a sua direita, você não terá que pressionar alt-control-seta para a direita, mas apenas virar sua cabeça.”

    Atualmente, e como descrito na matéria, é impraticável. Imagina discordar do que é mostrado na tela, balançar a cabeça negativamente, e o controle de gestos mudar a imagem automaticamente. ¬¬

  • Renato:

    Desculpem mas essa tecnologia nao vai servir para um deficiente “mudo” entao deviam inventar um outro controle diferente para que todos possam usar , eu nao uso nem controle remoto , é sempre otimo apertar o bom e velho botao .

  • Suely de oliveira rodrigues:

    Amigos,
    Nem pensar nesta substituição.
    O clube da melhor idade ja nao aguenta mais as propagandas
    com nao sei quantos decibeis e a quantidade des mesmas.
    Nossa defesa e o controle remoto Pensem Bem. Prefiro ficar sem ver TV a perder o controle remoto.

  • rafael:

    duvido que seja o fim do controle remoto atual. Ele ainda é muito mais prático do que ter que movimentar o corpo igual no kinect. O controle remoto basta movimentar o braço na direção do aparelho e mover os dedos. O que poderia melhorar seria o sistema de transmissão. Ao invés de infravermelho seria melhor rádio-frequência ou pelo menos aumentar o ângulo de abertura do receptor no IR.

  • Rodrigo:

    O meu controle é igual ao da foto 🙂

  • eduardo:

    O futuro é agora….
    E acredito que mais brevemente utilizaremos nossas ondas cerebrais pra controlar todo e qualquer equipamento eletrônico na casa…. e até mesmo dirigir um carro com o pensamento… pq não?

  • Jessé:

    Bem legal…

    • Гарсия Монтана:

      Muito profundo

    • César:

      hahahahaha…

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