Hotel em Las Vegas cria acidentalmente um “raio da morte” que queima hóspede
Pelo menos uma pessoa tem um grande motivo para processar o hotel Vdara, em Las Vegas. O advogado Bill Pintas estava sentado na piscina quando sentiu seu cabelo e o topo da sua cabeça queimando. Parecia uma queimadura química.
Ele correu para um guarda-sol, mas foi incapaz de escapar à luz quente. Seu primeiro pensamento foi de que os seres humanos haviam destruído a camada de ozônio. Não era o caso, afinal nem todo mundo se queimou. Mas Bill provavelmente não foi a única vítima dessa situação.
Mais tarde, quando ele falou com os funcionários do hotel, percebeu que eles estavam cientes do problema. Os funcionários riram, e disseram que chamavam a ocorrência de raio da morte. Raio da morte?!
O “raio da morte” parece ser criado pela superfície de vidro do hotel, que funciona como uma antena parabólica de concentração, semelhante às usadas para ferver água em sistemas de energia solar. A antena concentra a luz em uma zona quente de 3,05 metros por 4,57 metros, e se move pela piscina.
Ou seja, devido ao formato côncavo do hotel, ele às vezes cria bolsões isolados de altas temperaturas. Bill Pintas viu seu saco de plástico literalmente começar a derreter. A bolsa, composta de polietileno, foi projetada para resistir a temperaturas de até 48,89 a 54,44 graus Celsius. E os empregados lembram de terem visto copos de plástico, que têm um ponto de fusão de 71,11 graus Celsius, derretendo.
A gerência do hotel também está ciente do problema, mas prefere não o chamar de “raio da morte”, e sim de “fenômeno de convergência solar”. No entanto, eles não conseguem encontrar uma forma de resolver a situação.
Inicialmente, quando construíram o edifício, os engenheiros anteciparam o problema e colocaram um revestimento sobre o vidro, que absorve 70% da luz solar. No entanto, isso não foi suficiente para reduzir os seus efeitos dolorosos. E o raio varre uma área ampla, tornando difícil proteger uma região específica. Segundo o gerente do hotel, é literalmente um desafio astronômico, pois eles estão lidando com um alvo em movimento.
O acidente na arquitetura não é tão gritante como alguns dos erros mais notáveis na história da engenharia, mas é realmente extraordinário. Serve como um lembrete de que, embora muita gente acredite que a ciência e a engenharia sejam brilhantes atualmente, tudo continua a ser um negócio complicado. [DailyTech]
17 comentários
a solução é levar pouco de carne e colocar pra assar e tudo certo.
imagina se eles não tivessem colocado o revestimento para absorver 70% da luz?
isso e interessante, desde que vc nao tenha sido atingido “pelo raio da morte”
se eles muadassem a piscina de lugar e a parte onde os “raios da morte” atuam colocassem paineis solares e como a Terra faz o movimento de rotação ai fazeria uma linha de painesi solares que o dia intero estarao recebendo luz
A ideia do Romero até que é boa: uma pequena alteração no ângulo de cada vidro acabaria com a estrutura que concentra a luz solar em um único ponto.
ADRIANO: Engenharia envolve todos os processos de construção o projeto arquitetônico e somente um deles.E Arquitetos estudam as mesmas materias,fisica emtre elas.
Pessoal, os “engenheiros” não projetaram esta fachada. Quem projetou esta fachada foram os arquitetos. Estes não tem noção de física.
É, realmente foi uma falha gritante de engenharia,a solução nesse caso será trocar a fachada inteira do prédio ou pinta-la, alterado a estética,pois pode ocorrer um acidente sério uou um incendio, sem falar em problemas de indenizçoes.
Oras, a solução óbvia é tornar a fachada opaca mas ninguém terá coragem de obrigar o tal hotel a fazê-lo por ferir a estética do edifício. A que ponto chegamos! O pior é a cara de pau do gerente, classificando o problema como “desafio astronômico”.
Em resposta ao Bruno: os engenheiros até poderiam instalar painéis solares no foco deste imenso “espelho” côncavo, na metade do centro de curvatura. Porém, o sol se movimenta e, dependendo do horário, a luz é projetada em outros pontos.
“A antena concentra a luz em uma zona quente de 3,05 metros por 4,57 metros, e se move pela piscina.”, diz o texto. Percebeu?
A solução ideal seria acrescentar um monumento, logo à frente da piscina, o qual tivesse um painel solar fotovoltaico de aproximadamente 5 metros.
A energia extra ficaria à cargo dos responsáveis do prédio.
Talvez a solução seja inclinar os vidros um pouco para cima ou para os lados de forma aleatória para evitar a focalização…
“Inicialmente, quando construíram o edifício, os engenheiros anteciparam o problema e colocaram um revestimento sobre o vidro, que absorve 70% da luz solar.”
Deve ser ai que nasceu”tapar o sol com a peneira”
Implosão neles!!!
Parece q isso virou uma máxima da engenharia moderna :p
Não só prédios mas vários produtos são lançados no mercado sabendo-se q eles tem problemas mas q se pretende resolver ou tentar resolver depois :p
Devido ao formato do hotel a superficie de vidro deve funcionar como um lente concava, concentrando os feixes de luz e amplificando seu poder. Interessante mas muito perigoso tambem. Algo identico acontece com lupas ou fundos de garrafas, provocando incendios não intencionais.
@Bruno
Isso ai pequeno prodígio, instalar painéis solares em toda fachada do hotel! Muito bem pensado.
Realmente só teriam que instalar um captador de temperatura para gerar energia para o procrio hotel
Seria mais fácil instalar uns painéis solares no foco da luz =D