As imagens de mais alta resolução já feitas do Sol estão aqui
Novas imagens do Sol, com a melhor resolução disponível até agora, vão ajudar os astrônomos a compreender melhor como existe e de que é composta a atmosfera do Sol.
As imagens foram analisadas por pesquisadores da University of Central Lancashire (UCLan) e da Nasa. Os registros mostram que a camada mais externa do Sol é composta de filamentos magnéticos muito finos de plasma extremamente quente.
Antes disso, algumas partes da atmosfera solar pareciam vazias ou escuras. Mas as novas imagens mostram filamentos com cerca de 500km de largura. Esses registros foram feitos pelo telescópio suborbital High-Resolution Coronal Imager (Hi-C). Ele consegue registrar estruturas na atmosfera do Sol com tamanho de 70km, aproximadamente 0,01% do tamanho do Sol.
Agora o debate científico deve focar no motivo de esses filamentos se formarem e como a presença deles pode ajudar na compreensão de erupções e tempestades solares e como podem afetar a vida na Terra.
Imagens do telescópio
Esse terceiro lançamento do telescópio foi realizado em maio de 2018 e outros estão planejados, o Hi-C foi levado ao espaço por um foguete pela primeira vez em 2012. As primeiras imagens obtidas revelaram atividade magnética nunca vista na coroa solar (camada atmosférica mais externa) e resultaram em diversas publicações.
O terceiro voo registrou imagens que permitem mais estudos da interface entre a coroa e as outras camada atmosféricas mais frias logo abaixo. Esse é o primeiro conjunto de dados obtidos simultaneamente da atmosfera solar inteira (fotosfera, cromosfera, regiões de transição e coroa).
Os pesquisadores pretendem comparar suas observações com aquelas sendo coletadas pela Parker Solar Probe da Nasa e o Solar Orbiter da ESA.
Para a principal pesquisadora do Hi-C no Marshall Space Flight Centre, da Nasa, Amy Winebarger, essas pesquisas fornecerão informações importantes sobre a dinâmica da camada mais externa do Sol.
Para o pesquisador da UCLan, Tom Williams, essas descobertas podem ajudar a compreender melhor os mecanismos do Sol e, eventualmente, como afetam a Terra. Isso é importante para prever o seu comportamento.
Como as erupções solares podem afetar comunicações de GPS e satélites, estudar essas estruturas do Sol pode ajudar a desenvolver tecnologia que diminua a interferência na vida cotidiana. [UCLan, Phys, NASA, Astrophysical Journal]