A internet mais rápida do mundo
Pesquisadores da Universidade de Surrey, na Inglaterra, atingiram velocidades 5G de 1 terabit por segundo (Tbps) por mais de 100 metros no laboratório – de longe, a conexão sem fio mais rápida já registrada.
O 5G, ou quinta geração, rede móvel que irá substituir nossa atual tecnologia 4G com as suas velocidades comparativamente irrisórias de cerca de 15 Mbps, vai revolucionar a forma como usamos dispositivos móveis. Tinha sido previamente estimado que as velocidades de 50 Gbps poderiam ser alcançadas na rede 5G, mas agora o Centro de Inovação 5G da Universidade de Surrey (5GIC) ultrapassou e destruiu essas expectativas.
“Nós desenvolvemos mais de 10 tecnologias inovadoras e uma delas significa que podemos ultrapassar 1Tbps sem fio. Esta é a mesma capacidade da fibra ótica, mas estamos fazendo isso sem fio”, celebra o professor Rahim Tafazolli, diretor do 5GIC.
Para colocar em perspectiva, um provedor de internet dos EUA no ano passado lançou a internet residencial mais rápida de todos os tempos na cidade de Minnesotan, que atinge velocidades de 10 Gbps. O teste do 5GIC seria 100 vezes mais rápido – o que significa que você poderia baixar cerca de 100 filmes de longa metragem em menos de um segundo e transmitir vários programas de TV ao mesmo tempo – tudo a partir de seu telefone.
No entanto, ainda estamos muito longe de ter essas velocidades no mundo real. Os testes foram realizados em condições de laboratório a uma distância de 100 metros, utilizando transmissores e receptores criados na universidade. A equipe agora está esperando testar a conexão sem fio do lado de fora do laboratório e no campus da universidade ao longo dos próximos dois anos. Se tudo correr como planejado, eles querem abrir a tecnologia ao público em 2018.
Mas mesmo que os pesquisadores tenham conseguido tais velocidades impressionantes, seu foco agora está em melhorar a latência, o tempo que leva para que a informação viaje à sua localização, bem como a confiança do sistema.
“Um aspecto importante do 5G é como ele vai suportar aplicações no futuro. Nós não sabemos quais aplicações estarão em uso até 2020, ou 2030 ou 2040, mas sabemos que elas vão ser altamente sensíveis à latência”, prevê Tafazolli.
“Precisamos fazer com que a latência, de ponta a ponta, tome menos de um milésimo de segundo, para que ela possa habilitar novas tecnologias e aplicações que simplesmente não seriam possíveis com o 4G”. O futuro vai ser rápido. [Science Alert]