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A janela para evitar uma perigosa mudança climática já se fechou

As Ilhas Maldivas podem ser engolidas pelo mar

As Ilhas Maldivas podem ser engolidas pelo mar

O Acordo de Paris, assinado por 195 países em dezembro do ano passado na Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima, comprometia-se a limitar o aquecimento global causado pela humanidade a menos de 2 graus Celsius, com uma “meta de expansão” de impedir que o termostato do planeta aumentasse mais do que 1,5 graus.

Um grupo de especialistas, no entanto, não acredita que esses objetivos serão alcançados.

Um novo relatório publicado na prestigiada revista científica Nature afirma que, salvo alguma incrível nova tecnologia de captura de carbono apareça, a janela para limitar o aquecimento global a menos de 1,5 graus Celsius parece já ter se fechado.

Não estamos fazendo o bastante

O relatório considera que as promessas de reduções de carbono do acordo são ridiculamente inadequadas para manter nosso clima dentro de um limite seguro e estável.

Supostamente, os países concordaram em fazer cortes agressivos em combustíveis fósseis e mudar inteiramente suas fontes de energia para opções renováveis até ao final do século.

Mas, conforme cientistas climáticos e políticos bem informados vêm dizendo há meses, as emissões globais de carbono não estão sendo controladas o suficiente nem mesmo para atender a meta de 2 graus.

Consequências

A análise, conduzida por Joeri Rogelj do Instituto Internacional de Análise de Sistemas Aplicados, concluiu que “a janela para limitar o aquecimento a abaixo de 1,5 graus Celsius, com alta probabilidade e sem exceder temporariamente esse nível, parece já ter se fechado”.

Pior: os compromissos delineados no Acordo de Paris provavelmente farão as temperaturas globais subirem 2,6 a 3,1 graus Celsius até 2100.

Enquanto 3 graus pode parecer um aumento pequeno na temperatura global, ele poderia fazer o nível do mar subir até 6 metros ao longo dos próximos séculos, deixando centenas de milhões de pessoas sem lar.

Isso porque muitas regiões vulneráveis à elevação do nível do mar, como nações insulares e cidades cercadas por água – por exemplo, as Ilhas Maldivas, Veneza, Roterdã e Bangcoc – seriam inundadas. Algumas já estão buscando planos de relocação em preparação para o inevitável. [Gizmodo, Abril]

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