Lesma ciborgue é transformada em bateria viva
Até recentemente, a forma mais eficiente de gerar energia a partir de um organismo vivo era colocar um hamster para correr em uma roda. Mas pesquisadores da Universidade Clarkson (em Potsdam, no estado de Nova Iorque), nos Estados Unidos, estão conseguindo transformar lesmas vivas em “baterias”, se utilizando do açúcar do sangue do animal.
O método para isso é relativamente simples. Os químicos desenvolveram pequenos eletrodos de carbono, dotados de nanotubos que têm a função de conduzir eletricidade. Para gerá-la, tais eletrodos são combinados com determinadas enzimas para compor células de bio energia. Estas células se apropriam da glicose e do oxigênio do sangue dos animais e produzem eletricidade na transferência para o eletrodo.
Este sistema não causa danos aos moluscos. Depois de a “bateria” funcionar perfeitamente por algumas horas, basta que as lesmas se alimentem normalmente e descansem para que o sangue retorne a níveis saudáveis de seus componentes. Mesmo enquanto os eletrodos estão acoplados, elas podem viver e se movimentar sem problemas.
É claro que uma lesma nestas condições ainda produz muito menos energia do que uma pilha palito. Os cientistas afirmam que já estão desenvolvendo estratégias para aumentar o “aproveitamento energético” das lesmas, e que o mesmo procedimento também pode ser utilizado em outros animais, como minhocas e outros insetos. Além disso, é possível que haja outras substâncias nestes organismos que também possam alimentar os eletrodos.
A questão impressionante, no entanto, nem chega a ser a quantidade energética. O exército dos EUA já apresentou a ideia de que estas “lesmas energéticas” podem ser transformadas em pontos eletrônicos, que podem servir como sensores. Seria o primeiro exemplo de “sensor vivo” da história, integrado ao meio natural como nenhum outro aparato eletrônico jamais conseguiu. Algo como… uma lesma ciborgue. [LiveScience]
12 comentários
Como gerador de energia, da mesma forma que no filme “Matrix”, não vale a pena: o custo energético de alimentar o bicho é maior que a energia obtida dele (e este é um dos problemas com a trilogia “Matrix”).
Agora, fazer a lesma funcionar como unidade de energia e de transporte de um sensor parece legal. Mas o que acontece se um passarinho resolve almoçar a lesma?
Os otimistas vão dizer: “Ohh, lá se foram milhares de dólares dentro da barriga daquele passárinho…”
Os pessimistas diriam: “Fu*&#!!! PEGUEM AQUELE PÁSSARO!!!”
(piadinhas sem graça LTDA)
Esta é uma ótima invenção, porque descobriram uma utilidade para os milhares de caramujos africanos que se reproduzem desenfreadamente no Brasil. Só os caramujos que vivem aqui na cidade onde moro, já seriam suficientes para economizar uns 10% de energia gasta na cidade.
Isso, esses mesmos, são enormes. Vi um que devia ter pelo menos uns 15 cm!!
Podem vir aqui em casa e levarem quantas quiserem, vão ter energia de sobra. Aqui só incomodam e comem tudo, das folhas das nossas parreiras até a ração dos cachorros. Comprei um veneno, elas comeram e adiantou de nada, parece até que gostaram.
Veneno? É só espalhar sal grosso pelo jardim…
Essa é velha, mas a única solução que resolve um pouco. Mas a área é enorme e o Sal não os segura por muito tempo, logo eles voltam.
Fora a contaminação pelo cloreto de sódio no solo (salinização). Vai dificultar a jardinagem nos locais onde for colocado o sal.
Não me parece uma lesma na imagem. Acho que esse bicho se chama caracol 🙂
Já vi isso em matrix…
Pois é… daki a pouco vão implantar um mundo virtual na cabeça desses caracóis pra eles acharem que estão livres…
Vão até aprender mandarim… rsrs