Como funcionariam estas 10 maneira de se livrar de um corpo usadas na ficção

Por , em 9.07.2018

O cinema e as séries nos fizeram acreditar que dar fim a um corpo humano é uma tarefa relativamente fácil e cheia de possibilidades. Mas será que os métodos usados por Hollywood para se livrar de um cadáver funcionariam na vida real? O site Listverse fez uma lista que mostra o que realmente aconteceria caso alguém tentasse utilizar os métodos mais icônicos do cinema e da TV para este tipo de expediente.

10. Dissolver um corpo com ácido


A primeira temporada da série Breaking Bad tem uma das cenas mais marcantes (e nojentas) que envolvem a tentativa de dissolver um corpo. De acordo com Walter White, tudo o que é preciso fazer para se livrar de um corpo é jogá-lo em um barril (de plástico, de preferência) e enchê-lo de ácido fluorídrico. Em breve, tudo o que restará será uma gosma escura.

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Na realidade, no entanto, não é bem assim. O ácido fluorídrico não é o ácido mais recomendável para isso. Ele é um ácido fraco e especialmente ineficaz na quebra de corpos.

Três assassinos na França tentaram a abordagem de Walter White, mas rapidamente descobriram que o máximo que o ácido realmente fazia era deixar o corpo da vítima com um mau cheiro insuportável. O efeito disso foi chamar a atenção da polícia, que encontrou a vítima em um tanque de ácido depois de 10 dias. Seu corpo ainda estava intacto.

Uma equipe de químicos alemães escreveu um artigo sobre a teoria de White e sugeriu que seria possível obter melhores resultados com produtos químicos diferentes. Mas quem tentasse ainda teria que lidar com um cheiro horrível e uma espera muito longa.

9. A abordagem ‘Um morto muito louco’


Acredite ou não, alguém tentou fazer o que fizeram no clássico filme dos anos 80 Weekend at Bernie’s (Um morto muito louco, na versão em português) na vida real. No filme, dois homens levam o corpo de seu chefe morto para um fim de semana de festa.

Robert Young e Mark Rubinson encontraram seu amigo morto em sua casa, então eles tomaram a decisão mais lógica: eles decidiram levá-lo para uma última noite na cidade às suas custas. Eles jogaram o amigo no banco de trás do carro, levaram seu corpo morto em três locais separados e fecharam a noite gastando 400 dólares do dinheiro de seu amigo morto em um clube de strip-tease.

Ao contrário do filme, porém, eles não arrastaram o corpo do amigo para dentro do clube. Eles o deixaram no banco de trás do carro durante toda a noite, então não está totalmente claro por que eles se incomodaram em arrastar seu cadáver com eles.

Quando a noite acabou, eles chamaram a polícia para relatar que seu amigo estava morto. Mas como a vida real não é um filme de comédia dos anos 80, a polícia não achou muita graça. Os dois acabaram presos.

8. Colocar um corpo em um triturador de madeira


Um dos momentos mais memoráveis do filme Fargo é quando o assassino de Steve Buscemi é pego colocando seu corpo em um triturador de madeira. Isso não apenas uma cena saída da imaginação dos irmãos Coen. O momento foi baseado no que fez na vida real Richard Crafts, um homem que matou sua esposa e tentou se livrar de seu corpo como no filme.

Os trituradores de madeira realmente são fortes o suficiente para pulverizar partes do corpo humano, incluindo ossos, e o plano de Crafts, neste sentido, funcionou muito bem. Ele conseguiu se livrar de evidências suficientes para que a maior parte do corpo de sua esposa não tenha sido encontrada.

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No entanto, a bagunça causada por sua abordagem foi enorme. Mesmo que nunca tenham encontrado o corpo inteiro, os investigadores encontraram fragmentos de cabelo, unhas, dentes e ossos espalhados pela cena do crime. O sangue também havia encharcado no tapete e os móveis.

Colocar um corpo em um destes aparelhos também não foi particularmente sutil. Seus vizinhos definitivamente notaram quando ele ligou um triturador de madeira maciça e começou a rodá-lo sem se preocupar em recolher qualquer madeira. Todo o barulho acabou ajudando a polícia a checar sua propriedade em primeiro lugar.

7. Fazer as vítimas cavarem suas próprias sepulturas


O clássico do Velho Oeste é apontar uma arma para a vítima e fazê-la cavar seu próprio túmulo, uma ótima maneira de evitar um pouco de trabalho árduo. Mas se você for fazer alguém cavar a própria cova, é melhor esperar sentado.

Não por que as pessoas não cavariam: na maioria dos relatos da vida real, as vítimas parecem se resignar a seus destinos e cavar, então esta parece ser uma tática que funciona. O problema é o tempo. Os coveiros profissionais precisam de uma hora para cavar uma cova com uma retroescavadeira. Caso façam isso com uma pá, levam boa parte de um dia. E isso está em condições ideais. Se o solo for duro e a pessoa que cavar não tiver muitos motivos para se motivar, cavar um túmulo de 1,8 metro pode levar dias.

O melhor que você vai conseguir em pouco tempo é uma cova rasa, e a polícia é especialista em encontrá-las. Eles têm cães farejadores especialmente treinados para farejar corpos enterrados, e eles sabem como identificar as sutis variações na superfície que acontecem onde um túmulo está escondido, então um corpo em uma cova rasa provavelmente não ficará escondido por muito tempo.

6. Fingir que a pessoa ainda está viva, como Norman Bates, em Psicose


Norman Bates, o assassino do clássico Psicose, não estava, tecnicamente, tentando se livrar de nenhum corpo. Pelo contrário: ele deixou o corpo de sua mãe exatamente onde estava, sentando em casa, e continuou agindo como se ela ainda estivesse viva. Na vida real, esta abordagem maluca funcionou melhor do que o esperado.

Timothy Fattig fez isso e se deu bem durante quase um ano. Quando a mãe de Fattig morreu de causas naturais, ele ficou muito perturbado para chamar a polícia. Em vez disso, deixou o corpo lentamente se decompor em sua casa e fingiu que ela ainda estava viva.

Quando amigos e familiares perguntavam onde ela estava, Fattig dizia que ela estava no hospital. Funcionou por um tempo surpreendentemente longo. Demorou cerca de um ano até que um policial finalmente fosse até a sua casa, tentando descobrir por que ninguém a havia visto durante todo esse tempo. Quando o policial disse que sabia que ela não estava no hospital, Fattig cedeu e disse a verdade.

A autópsia mostrou que Fattig não a matou, então ele foi liberado sem nenhuma acusação. O Norman Bates da vida real foi autorizado a retornar à sociedade – pelo menos por um tempo.Hoje, Fattig está preso por uma acusação de roubo.

5. Fazer sapatos de cimento


A Máfia não despeja concreto nos pés de suas vítimas e joga seus corpos no rio apesar do que você viu nos filmes. Por um lado, o concreto leva horas para secar, então eles precisavam fazer com que suas vítimas ficassem paradas durante a maior parte do dia. Além disso, não funciona muito bem, como uma gangue nos EUA acabou descobrindo.

Em 2016, Peter Martinez (na foto acima), membro da gangue “Crips”, recebeu um par de sapatos de cimento de seus antigos colegas e foi jogado em uma baía no Brooklyn, mas não ficou escondido por muito tempo. Bolhas de ar no concreto fizeram o corpo de Martinez flutuar de volta à superfície quase imediatamente. O fluxo da maré o levou até uma praia próxima, onde algumas famílias o encontraram.

4. Chamar uma Equipe de Limpeza


Nos filmes, os bandidos geralmente têm um profissional à disposição para limpar cenas de crime e deixá-las livres de pistas. Homens como The Wolf, em Pulp Fiction, estão sempre a apenas uma ligação de distância, prontos para usar seus conhecimentos para deixar a cena do crime impecável.

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Na realidade, este trabalho provavelmente não existe. Não há registros de pessoas que ganham a vida limpando cenas de crime antes que os policiais possam encontrá-las. Limpar a cena de uma morte leva em média de 9 a 12 horas. De acordo com o limpador de cenas de crime Scott Vogel (que trabalha para uma empresa especializada na limpeza de cenas assim, não para a máfia), este é um trabalho que requer muito mais do que luvas de borracha e produtos de limpeza. O sangue e os restos humanos penetram nos móveis, nos tapetes e até nas paredes. Limpadores de cenas de crime geralmente precisam praticamente destruir todo o interior de uma sala para recuperá-la.

Eles dizem que a parte mais difícil é se livrar do cheiro da morte que perdura no ar. Os profissionais têm máquinas grandes e produtos químicos especialmente formulados para esse fim. No entanto, mesmo com o equipamento, nem sempre conseguem se livrar do cheiro de sangue e tripas.

Algumas pessoas aprenderam isso da maneira mais difícil. Por exemplo, Phyllis Simmons, uma mulher que havia esfaqueado um homem até a morte, passou vários dias tentando esfregar o chão para tentar se livrar da sujeira. Quando os policiais a pegaram, ainda havia evidências na cena do crime.

3. Dar o corpo aos porcos


De acordo com o filme Snatch – Porcos e Diamantes, não há melhor maneira de se livrar de um corpo do que jogá-lo aos porcos. “Eles vão passar por ossos como manteiga”, diz o personagem de Alan Ford no filme. “Eles vão acabar com um corpo que pesa 90 kg em cerca de oito minutos”, afirma o mafioso.

Teoricamente, isso deveria funcionar: os porcos realmente comem qualquer coisa. Eles nem precisam estar com tanta fome. Em 2012, um grupo de porcos comeu o agricultor que os possuía enquanto ele lhes dava comida. Não se sabe se eles o atacaram ou se ele sofreu um ataque cardíaco ou algo do tipo, mas o fato é que a família do homem encontrou seu corpo em várias pequenas partes, já que a maioria dele havia sido devorada.

Porém, apesar da ferocidade dos porcos famintos, eles não fazem corpos desaparecer. Na maioria dos casos assim, os porcos deixam ossos roídos ou partes do corpo dispersas para trás. Até mesmo o serial killer Robert Pickton, que fez da alimentação de suas vítimas aos porcos parte de seu procedimento, tinha uma riqueza de evidências contra si nos currais intocadas pelos porcos.

2. Queimar tudo


Uma maneira clássica de limpar uma cena de crime é livrar-se dela – de preferência com fogo. Em incontáveis ​​episódios de CSI e filmes de terror, as pessoas eliminam corpos apenas queimando completamente os lugares.

Na realidade, porém, incêndios domésticos não transformam os corpos nas cinzas não identificáveis ​​que vemos na TV. Os crematórios geralmente precisam elevar suas temperaturas de 1.100 a 1.500 graus Celsius para transformar um corpo em cinzas, muito mais quente que os 800 a 900 graus Celsius alcançados por um fogo de madeira. Mesmo assim, cremações geralmente deixam para trás pequenos fragmentos ósseos que precisam ser moídos à mão antes de poderem ser devolvidos à família.

Esses fragmentos seriam suficientes para prender alguém. Eles são difíceis de analisar, mas não impossíveis. Os investigadores também têm cães que podem farejar gasolina e outros sinais de que um incêndio foi proposital, o que pode levar à solução do caso.

Vários assassinos tentaram essa abordagem na vida real e geralmente foram presos por causa de fragmentos de ossos dos quais não conseguiam descobrir como se livrar.

1. Enterrar um corpo embaixo de um caixão


Essa é provavelmente a técnica fictícia para se livrar de um corpo que funcionou melhor na vida real. Em um episódio de Dexter, a série em que o personagem principal é um adorável assassino em série, o personagem principal dá a outro personagem uma dica sobre como esconder um corpo para que ele nunca seja encontrado: enterrando-o no túmulo de outra pessoa, embaixo do caixão da pessoa.

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Como nós vivemos em mundo muito estranho, essa ideia foi tentada na vida real – e funcionou. Na década de 1920, a família criminosa DeCavalcante usou uma agência funerária que eles possuíam para enterrar suas vítimas de assassinato sob o corpo de seus clientes.

Eles construíram “caixões de dois andares” com um compartimento secreto por baixo. Lá, eles escondiam o corpo morto de uma de suas vítimas debaixo do cadáver que estava sendo enterrado. Os carregadores de caixões notavam o peso incomum do caixão, mas ninguém nunca fez perguntas.

Ninguém descobriu o que a família DeCavalcante estava fazendo até 2003, quando alguém que estava os denunciando descreveu a técnica em um tribunal. [Listverse]

1 comentário

  • Guilherme Junqueira de Almeida:

    Gangsters e mafiosos estadunidenses usavam muito a técnica do “sapato de chumbo” e traficantes de drogas mexicanos usam, ainda, a técnica do ácido. Só que, pelo que eu sei, eles usam o ácido sulfúrico. Esse sim é o que é eficiente.

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