Um blog mexicano chamado Noti-blog postou várias imagens de uma médica residente dormindo atrás de uma mesa de um hospital em Monterrey, no México, criticando-a por não fazer o seu trabalho.
O blogueiro afirmou que as fotos foram tiradas às 3 da manhã, e atacou a jovem dizendo que havia “dezenas de pacientes necessitando de cuidados”.
A reação a tal postagem, no entanto, provavelmente não foi a esperada. Ao invés de uma enxurrada de comentários concordando com sua posição, o que o blog viu foi médicos de todo o mundo saltando em defesa da residente, e postando fotos de si mesmos apanhados desprevenidos durante seus turnos mais esgotantes.
As imagens foram compartilhadas com a hashtag que se tornou viral #YoTambienMeDormi (“Eu também caí no sono”, em espanhol).
No Brasil, a lei prevê que os profissionais de saúde trabalhem no máximo 60 horas por semana. O objetivo desse teto é preservar a qualidade do serviço público prestado e garantir a saúde física e mental dos servidores. Apesar disso, ainda existem médicos que trabalham mais.
Uma tendência parecida é vista nos EUA. Na década de 1980, um caso de grande repercussão envolvendo a morte de uma garota chamada Libby Zion em um hospital composto por médicos exaustos levou à elaboração da Lei Libby Zion, que limita as horas de trabalho semanais dos profissionais a 80.
Isso claramente demostra o quão sobrecarregados alguns dos nossos médicos são, no mundo todo. Não há dúvida de que eles precisam ser responsáveis no seu trabalho, mas eles não são máquinas; são seres humanos que também precisam de descanso e merecem nossa compaixão. [BoredPanda, G1]