Medo de pontes: você tem gefirofobia?

Por , em 19.07.2012

O Brasil tem mais de 80 pontes. Uma delas, a Ponte Rio – Niterói, que fica no Rio de Janeiro, é a maior em extensão da América do Sul: 13.290 metros. Construída para o tráfego de 50 mil veículos por dia, hoje recebe mais de 130 mil diariamente.

Outra ponte famosa no nosso país é a Octávio Frias, que fica em São Paulo, e tem duas pistas sustentadas por uma estrutura central 138 metros de altura, o equivalente a um edifício de 46 andares.

Ter medo de altura já seria suficiente para não querer passar por essas e qualquer outra ponte, agora imagina quem tem gefirofobia, ou fobia de pontes.

Fobia é o medo irracional de algo. No caso das pontes, o medo das pessoas não precisa ser exatamente de cair delas (como o medroso de altura poderia ter). Pode ser também de sofrer um acidente, ficar preso ou exposto em um engarrafamento ou explosão, etc. O problema nem sempre é a ponte colapsar, mas eles mesmos colapsarem, explica a assistente social Jean Ratner, que dirige um Centro de Ansiedade de Viagem para ajudar pessoas com fobias nos EUA.

Além da relação com o medo de altura, esse tipo de fobia específica pode ter a ver com algum evento traumático que o indivíduo passou em algum momento de sua vida, ou seja, alguma experiência negativa com pontes ou viadutos.

O que acontece é que ter que passar por uma ponte, dirigindo ou não, provoca um ataque de pânico nessas pessoas. Aliás, só o pensamento disso pode causar um desconforto ou crise. As reações mais comuns são pânico, terror, pavor, taquicardia, sudorese excessiva, tremedeira, falta de ar, boca seca e outros.

Ao se aproximar da ponte, os gefirófobos começam a suar frio, inclusive na palma das mãos, a ter dificuldade em respirar,
e podem temer perder o controle do carro em um ambiente sem acostamento.

Por conta disso, muitos que sofrem desse mal evitam passar por pontes, às vezes procurando caminhos alternativos bem mais longos, ou passam o volante a um amigo ou policial rodoviário para atravessá-las. Mesmo assim, de olhos fechados, a travessia pode ser bastante perturbadora ao gefirófobo.

O tratamento

Esse medo pode atingir qualquer um: motorista, passageiro, pedestre. Também pode surgir de repente, mesmo em pessoas que são boas motoristas, que nunca tiveram a fobia e já cruzaram pontes antes.

Embora menos comum que o medo de voar, por exemplo, Ratner diz que a gefirofobia tem tratamento, que leva cerca de 6 a 9 meses.

A psicoterapia é a forma mais eficaz de tratamento, com técnicas como autoajuda, controle de ansiedade e dessensibilização gradual. Primeiro, a pessoa aprende estratégias de relaxamento que visam anular os sintomas do pânico, como um padrão de respiração mais lento e olhar para a frente.

Depois, gradualmente, a pessoa começa a atravessar pontes, primeiro como passageira, depois dirigindo acompanhada, depois
dirigindo sozinha, mas escoltada por outro carro, para por último, ir sozinha.

Outras sugestões que têm dado certo são sessões de hipnose, e o uso, com indicação médica, de medicamentos contra a ansiedade.[MSN, InfoEscola, SkyCraperCity, VidaUniversitaria]

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