Mais antiga forma de vida na Terra pode ter sido encontrada
Cientistas desenterraram fósseis microscópicos de micróbios que se mantinham com enxofre, ao invés de oxigênio, quase 3,5 bilhões de anos atrás. A descoberta revela que havia vida na Terra mesmo antes de haver muito oxigênio em nosso planeta.
Nessa época, a Terra era um local quente e violento, sem plantas ou algas que produzissem oxigênio através da fotossíntese. O céu era escuro, aprisionando o calor próximo da superfície terrestre, e os oceanos eram como um grande caldeirão fervente.
Nenhuma espécie de vida parece concebível nesse espaço, mas agora existem evidências sólidas de que sim, já existia vida há mais de 3,4 bilhões de anos. Os pesquisadores acreditam que agora é mais plausível imaginar que existe vida fora da Terra em nosso próprio sistema solar, como espécies microscópicas semelhantes que também vivem sem oxigênio.
Bactérias que vivem de enxofre ainda existem hoje, e são encontradas em fontes hidrotermais, nascentes de água quente, solos e em outros ambientes extremos em que não existe muito oxigênio. Os fósseis recém-descobertos foram encontrados em algumas das mais antigas rochas sedimentares da Terra, em uma parte remota da Austrália.
Determinar que as formações microscópicas que se parecem com fósseis são realmente de origem biológica não é fácil. Mas os pesquisadores afirmam que a descoberta se enquadra nos três testes cruciais: tem boa conservação, mostrando as células com estruturas de tamanho similar ao esperado; os fósseis são semelhantes a microfósseis conhecidos e mais recentes e não tem formato estranho ou irregular.
Além disso, as células estão aglutinadas em grupos, e são encontradas associadas a grãos de areia – todos os marcadores de comportamento biológico. A composição química dos fósseis sugere metabolismo biológico, já que foram encontrados subprodutos do enxofre que são liberados por organismos desse tipo.
Anteriormente, foi relatada a existência de microfósseis de mais de 3,5 bilhões de anos, o que significaria que a nova descoberta não seria o exemplar mais antigo de vida na Terra.
Em 1993, J. William Schopf, um paleobiólogo afirmou ter encontrado estes fósseis antigos perto do local onde os novos fósseis foram encontrados. Mas a equipe que fez a nova descoberta discorda que os fósseis de Schopf sejam um sinal de vida, pois argumentam que as estruturas encontradas são um subproduto da mineração. [LiveScience]
19 comentários
Agora fico pensando, se eles podem viver com enxofre em lugares extremamente quentes, por que não levamos eles para Vênus? Seria dificil, eu sei, mas eles poderiam viver e evoluir lá. LEMBRANDO que não estou falando dos organismos da imagem, e sim os citados no texto.
Sempre achei que a forma de vida mais antiga seria uma “coisa” tão primitiva, tão na fronteira entre o animado e o inanimado, que suscitaria dúvidas e debates intermináveis se é realmente algo vivo ou não. Esta bactéria com metabolismo, a meu ver, não é primitiva o suficiente…
Mas se a matéria for sobre “a forma de vida mais antiga já encontrada” (uma mudança sutil na ordem das palavras que dá uma mudança enorme no significado da frase)…
E qual mecanismo teria permitido essa forma de vida tão simples que gera dúvida se é realmente viva a se reproduzir?
Seriam esses organismos, na sua concepção, semelhantes aos vírus (que nem vêm a ser organismos) ou ainda mais simples?
O que mais impressiona nessa descoberta é saber que a vida se “fez” em pouco tempo. Se a terra tem 4,56 bilhões de anos, a vida começou logo depois. Se nós somos resultado dessa evolução, é deprimente saber que mesmo após 3,5bilhões de anos, quase nada aprendemos. Nos tornamos uma raça predadora, inconsequente, egosita, vil,
Dentre todas as espécies do mundo, a humana é a mais irracional. Acumulamos bens que nunca vamos usar. Matamos sem razão. Destruimos nosso habitat conscientemente (mesmo sabendo das consequencias). E ainda temos a ousadia de nos proclamarmos FILHOS DE DEUS.
Se o céu existe, gostaria muito (se eu merecer) que quando chegar lá, não encontrar um Deus-Homem. Prefiro um Deus-Cachorro.
opa, amigo, não viage na maionese. A vida na terra a que o artigo se refere é vida em seu aspecto mais básico, ou seja, células que se replicam. bilhões de anos ainda antes de vida complexa e multicelular.
Não querendo ser chato, mas pode-se ver daí que o seu comentário é meio esquisito, parecendo não ter nada a ver com a reportagem.
Prezado Amigo,
agradeço o seu comentário e expresso minhas sinceras desculpas se interpretei mal o objetivo deste forum. Pensei que seria importante uma análise dialética das reportagens; e dispensáveis os comentários “lugar comum”.
Tenho certeza que todos os senhores são sabedores do curso da árvore filogenética da nossa espécie.
Discorrer que foi há aproximadamente 5 milhões de anos, nas selvas africanas, que ocorreu a primeira grande secção dos primatas; e que há 3 e 2 milhões milhões anos surgiram os Australopithecus Afarensis e o Homo habilis, respectivamente, que tudo isso ocorreu antes da migração da Africa para a Europa e parte da China e, ainda, que o Homo Erectus apareceu apenas há 1,8 milhões de anos, já no velho mundo e, finalmente, que o nosso imediato Homo Sapiens só surgiu há 120 mil anos, segundo novos estudos, penso que tudo isso seria uma afronta desnecessária à erudição dos amigos do HypeScience.
Quando fiz o comentário em epígrafe, fi-lo sob premissa irrefutável de que a carga genética primitiva faz-se determinante em todo o curso biológico.
Não compartilho do entendimento dogmático segundo o qual houve um momento/corte na evolução e que, como diz o poeta, “o que era antes, hoje já não é mais”.
Há, gosto de maionesse. Principalmente em pizza.
Juntando seu comentário de cima com este aqui, será que somos mesmo daqui? Pelo pouco que conheço da evolução das espécies, principalmente entre a época dos dinossauros e o surgimento dos mamíferos,a Terra foi um grande laboratório, onde se adequou tudo para o atual equilíbrio, o qual desequilibramos. E ainda não encontraram o elo entre o homem e seu antecessor nessa evolução. O que sei é que em determinado momento vários desses hominídeos dividiram o mesmo espaço. Tenho a impressão que talvez não sejamos daqui, viemos de outro lugar, de outra experiência.
Oxalá fosse verdade, meu amigo Roberto.
Permita-me uma brincadeira. Tenho uma teoria sobre o homem:
“Nós realmente devemos ser obra de Deus. Somos instrumentos nas mão de Deus. Não sei o que O irritou tanto entre as criaturas do mundo (antes do surgimento do homem), mas sei que Ele resolveu criar a ARMA DE DESTRUIÇÃO PERFEITA – O HOMEM.
Somos,assim como Átila – Rei dos Hunos, o Flagelo de Deus; e “a grama não volta a crescer, onde pisa meu cavalo”.
Só que não tem nada mais “lugar comum” que dizer que nada aprendemos e que somos os mais irracionais.
CONCORDO. PARABÉNS…
Só para provocar (rsrs)… “assim como nada é mais estéril do que refutar sem mais nada dizer”
Acho que não entendi. Nada a dizer além da própria refutação?
Só falta pedir pra eu provar que não somos os mais irracionais e que estamos longe de sê-lo. Funciona muito bem e é até bonito em filosofia, mas em ciência não procede muito não.
“Nos tornamos uma raça predadora, inconsequente, egosita, vil”
A natureza toda é predadora e egoísta, ou então não tem observado direito. Inconsequente, o homem, admito. Vil, admito também. Mas consigo suportar isso, não fui afetado pela onda EMO.
Hahahaha… muito divertido os vossos comentários (amei). Ciência também é diversão, mas diversão a parte, essa descoberta equivale a milhões de dólares gastos pela NASA em envios de Naves… eis ai uma prova clara-e-evidente que a terra não esperou pelo oxigeneo para gerar a vida, a vida já cá está desde a era do enxofre… fixe!!!
eles sempre aparecem com estas historias mas é so pra chamarem a atenção…
“Micróbio pode ser a mais antiga forma de vida na Terra”
Jura?
O micróbio encontrado, yô.
E você, jura que leu a matéria?
Nosso antepassados