Motor espacial “impossível” passa pelo teste da revisão por pares
Boas notícias para os entusiastas do motor impossível, ou EmDrive: um novo estudo da NASA que sugere que o mecanismo pode realmente funcionar passou pelo processo de revisão por pares.
Isso significa que vários cientistas analisaram a experiência, e a consideram válida.
No entanto, não devemos nos empolgar ainda – a nova pesquisa é apenas um teste de laboratório, e não prova que o EmDrive definitivamente funciona. Por exemplo, a NASA não pode descartar todas as fontes de erro experimental.
Dito isso, a publicação revisada por pares é a mais recente de uma série de etapas que indicam que a tecnologia pode ser mais do que apenas um sonho de ficção científica.
EmDrive
O desenvolvimento do EmDrive foi iniciado pelo cientista britânico Roger Shawyer há cerca de 15 anos. O motor trabalha colidindo micro-ondas dentro de uma câmara, e não requer nenhum propulsor. Logo, poderia inaugurar uma nova era de voos espaciais mais rápidos e eficientes.
O novo estudo foi conduzido pelo físico Harold “Sonny” White, do Centro Espacial Johnson, da NASA. Ele descobriu que o EmDrive gera pequenas quantidades de empuxo no laboratório.
O EmDrive foi apelidado de “motor impossível” porque não deveria funcionar, segundo a Terceira Lei de Newton – para cada ação, há uma reação igual e oposta. Como o EmDrive não requer propulsor (não “explode” nada de sua parte traseira), como ele produz empuxo (a reação igual e oposta) ainda é um mistério. [Space]
2 comentários
O motor iônico já é solução para viagens longas. Com o controle da fusão nuclear, tais motores serão a propulsão das naves do futuro.
Quem fez as contas disse que não dá para fazer viagens interestelares.