A imagem chocante e triste acima foi feita pela artista Kerstin Langenberger em Svalbard, um território ártico norueguês.
Langenberger postou a fotografia em sua página no Facebook, ao lado de um relato que questiona a realidade da mudança climática.
Embora os cientistas locais afirmem que a população de ursos de Svalbard é estável, Langenberger afirma ver regularmente fêmeas magras ou morrendo de fome. Ela disse o seguinte na rede social:
“Eu vejo as geleiras partindo, recuando dezenas a centenas de metros a cada ano. Eu vejo blocos de gelo desaparecendo em velocidade recorde. Sim, eu vi ursos em boa forma – mas também tenho visto ursos polares mortos e morrendo de fome. Ursos andando nas margens, à procura de comida, ursos tentando caçar renas, comendo ovos de aves, musgo e algas. E eu percebi que os ursos gordos são quase exclusivamente machos que permanecem no bloco de gelo durante todo o ano. As fêmeas, por outro lado, que se aventuram em terra para dar à luz seus filhotes, muitas vezes são magras. Com o bloco de gelo recuando mais e mais ao norte a cada ano, elas tendem a ficar presas na terra onde não há muita comida”.
E aí?
Os ursos polares são atualmente considerados vulneráveis pela União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN). Acredita-se que houve uma redução de mais de 30% da população nas últimas três gerações (45 anos), principalmente devido à perda de habitat, como resultado do derretimento de geleiras nos mares.
O futuro não parece melhor. Estudos preveem reduções dramáticas na cobertura de gelo no mar ao longo dos próximos 50 a 100 anos. “A mudança climática global possui uma ameaça substancial para o habitat de ursos polares”, reforça a IUCN.
Disso a gente sabia. O que ninguém parece entender é que algo precisa ser feito, para ontem. [IFLS]