Nebulosa “Bola de Futebol” pode ajudar a entender mistérios da morte de estrelas
Um astrônomo amador fez uma descoberta que pode ser muito útil aos cientistas: uma nebulosa planetária em forma de bola de futebol, que foi nomeada Kronberger 61, ou Kn 61.
A nebulosa está localizada em um pequeno pedaço do céu que está sendo monitorado de perto pelo Telescópio Espacial Kepler.
A Kn 61 é nomeada em homenagem a seu descobridor, o austríaco Matthias Kronberger, um astrônomo amador que encontrou o objeto usando dados fornecidos pela Digital Sky Survey (maior levantamento astronômico que existe hoje).
Kronberger e outros observadores amadores do céu são encorajados pelos astrônomos profissionais a analisar especificamente a parte do universo que o Kepler cobre. Os cientistas explicam que, sem essa colaboração dos amadores, essa descoberta provavelmente não teria sido feita antes do fim da missão de Kepler.
Segundo os pesquisadores, a Kn 61 pode ajudá-los a entender melhor estas estruturas únicas, que são criadas pelos últimos suspiros de estrelas morrendo.
Observações de acompanhamento do Kepler podem responder questões fundamentais sobre nebulosas planetárias, por exemplo, se a sua formação pode ser influenciada por companheiros, sejam eles outras estrelas ou exoplanetas.
Nebulosas planetárias se formam quando estrelas como o nosso sol esgotam seu hidrogênio. As camadas externas da estrela se expandem e resfriam, criando um envelope enorme de poeira e gás. A radiação decorrente da estrela moribunda ioniza este envelope, fazendo-a brilhar.
Ao contrário do seu nome, nebulosas planetárias não têm nada a ver com planetas. Em vez disso, o termo se refere à sua semelhança superficial com planetas gigantes, quando observadas através de telescópios.
Agora, os pesquisadores estão pressionando o olhar atento de Kepler para procurar objetos próximos a nebulosas planetárias. Eles esperam entender melhor como elas evoluem, e o que molda suas formas muitas vezes complexas.
“As nebulosas planetárias apresentam um profundo mistério”, disse o cientista Orsola De Marco. “Algumas teorias recentes sugerem que as nebulosas planetárias se formam somente em sistemas binários de estrelas ou mesmo sistemas planetários. Por outro lado, a explicação convencional é que a maioria das estrelas, mesmo estrelas solitárias como nosso sol, terão o mesmo destino”, explica.
Os astrônomos já descobriram mais de 3.000 nebulosas planetárias em nossa parte da galáxia Via Láctea. Até o momento, apenas cerca de 20% delas foram encontradas com companheiros.
No entanto, os cientistas afirmam que esse percentual baixo pode simplesmente resultar da dificuldade de encontrar esses companheiros, muitos dos quais podem ser muito pequenos ou escuros para serem detectados por telescópios terrestres.
A parceria profissionais e amadores, usando instrumentos como o Kepler, pode ajudar os astrônomos a chegar a uma conclusão fundamentada. Até agora, seis nebulosas planetárias têm sido encontrados no campo varrido por Kepler, incluindo a Kn 61.[Space]
4 comentários
Sim, nebulosas são sempre bonitas de se ver !
Podem sim correr supernovas em estrelas pequenas. Um tipo em especial são as que ocorrem em Anãs Brancas. A estrela anã branca é um astro compacto que tem uma massa em média entre 0,5 e 3 vezes a massa solar num volume como o da Terra. Logo, são superdensas. Elas são o núcleo remanescente de uma estrela depois que suas camadas externas foram embora para o espaa forma de uma nebulosa planetária. Quando a anã branca tem uma companheira, geralmente uma gigante vermelha, sua supergravidade começa a sugar massa da estrela vizinha, mas ela não aumenta de tamanho, por isso vai ficando mais e mais compacta. O núcleo eventualmente colapsa em menos de um segundo explodindo numa supernova espetacular e brilhante, classificada como 1A. Essas supernovas são importantes para os astrônomos porque são independentes de massa da estrela e sempre têm o mesmo brilho, e servem como referências precisas de distâncias e tempos no Universo. Não sou dominante no assunto, mas acredito que isso ocorra porque o ponto crítico de densidade para que a anã branca exploda seja o mesmo para todas as anãs brancas, ao contrário das supernovas clássicas que brilham mais ou menos dependendo da massa da estrela gigante que explodiu. Já foi citadas as hipernovas, mas não sei dizer se já foram observadas. A candidata mais conhecida a uma explosão monumental dessas seria a hipergigante Eta-Carinae, a 9.000 anos luz. Já candidatos a supernovas de anã branca não sei dizer co certeza, mas aqui, bem perto, tem Sírius e Prócion, com anãs brancas como companheiras.
Sabe-se muito pouco sobre supernovas. As estrelas não tem energia suficiente para isto. Admite-se que são causadas pelos neutrinos, devido sua detecção em 1987, quando foi detectado a explosão da nebulosa 1987 A. Isto pode ser apenas uma coincidencia, já que parece suspeito devido a impossibilidades. Estudos mais recentes admite que pode ser por motivos sonoros (revista Scientific American -Especial- Via Láctea, out.nov. de 2010, pag. 36). Já outra, que eu acho muito lógica, suspeita que pode ser devido uma estrela ou outro corpo celeste ser atingido por uma descarga de raios gama, vindo dos confins o universo. Não existe ainda uma teoria que explique este acontecimento. Não são só extrelas velhas e supermassivas que explodem. Existe estrelas bem velhas que não explodiram e estrelas jovens que já explodiram. Ha a possibilidade e planetas tambem explodirem e formarem uma nebulosa bem suja como a IC4406. Acredito que nebulosas limpas como esta bola de futebol, apresenta aqui, seja uma estrela bem jovem.
Linda essa nebulosa bola de futebol transparente, bola murcha, parece, hehehehe. As nebulosas planetárias apresentam um jogo de formas e cores exuberantes. Algumas, como a Olhos-de-Gato, são tão distorcidas que parecem mesmo perturbadas gravitacionalmente por estrelas vizinhas, provavelmente velhas e pouco brilhantes, porisso é difícil encontralas. É possível até que fiquem dentro da nebulosa porque essas nuvens ocupam grande espaço, a nebulosa Hélice deve ter até um ano luz de diâmetro, não me lembro bem. Nebulosas planetárias são o fim de estrelas de pouca massa depois de passarem pela fase de Gigante Vermelha – uma estrela menos quente, avermelhada e muito grande, expandida. A gigante vermelha vai se expandindo, até se tornar nebulosa planetária. A agonia segue por dezenas de milênios até que as camadas exeternas se perdem no espaço, deixando pra tráz o núcleo morto da estrela, uma anã-branca, super compacta, quente e de pouco brilho. As estrelas que formam nebulosas planetárias duram muito mais tempo que as estrelas de grande massas (as de grande massa explodem em supernovas) e porisso as nebulosas planetárias vêem de astros muito, muito antigos mesmo. Elas não contam só a história da estrela, mas também tem indícios de como era o passado da galáxia e do Universo.