Nebulosa brilhante esconde mistério de sua origem
A nebulosa Sharpless 2-71, ou Sh2-71, que aparece na foto, é uma nebulosa planetária, e como tal, é o resultado da expansão da camada externa de uma estrela, quando termina o combustível de hidrogênio dela. A camada expande e esfria, formando uma nuvem em torno dos restos da estrela original, mas então as poderosas emissões de radiação ultravioleta da estrela fazem com que a nebulosa brilhe.
Olhando para a foto, a gente vê uma estrela brilhante bem próxima do centro da nebulosa. A princípio, acreditava-se que esta estrela era a estrela que originou a nebulosa, mas alguns especialistas estão questionando esta ideia.
Se você olhar para a foto, há uma estrela azulada, mais fraquinha, um pouco para a direita e abaixo da estrela central. Pois bem, alguns especialistas acreditam que esta seja a estrela mãe da nebulosa. Um dos motivos é que a estrela mais brilhante, que faz parte de um sistema binário, parece não emitir radiação suficiente de ultra-violeta energético para produzir o brilho intenso da nebulosa, ao mesmo tempo que a estrela azul parece que sim.
Além disso, considerando a distância em que se encontra do material da nebulosa, a estrela azul tem o tamanho certo para ser o que sobrou da estrela que originou a nebulosa, diz David Frew, da Univesidade Macquarie, em Sydney, Austrália. Frew faz parte de uma equipe de pesquisadores que está estudando a estrela azul para compreender melhor sua natureza.
Por outro lado, os pesquisadores apontam que a natureza binária da estrela central explicaria a forma assimétrica da nebulosa. Mas a estrela companheira da estrela central ainda não foi vista, e não se sabe se ela é quente o suficiente para causar o brilho da nebulosa, ou se a estrela mais azul é por sua vez parte de um outro sistema binário.
É possível ainda, segundo Frew, que a estrela binária central e a estrela azul tenham um papel na evolução da nebulosa. Então teriam pelo menos três estrelas neste sistema.
Por enquanto, os cientistas continuam tentando entender o mecanismo caótico que gerou uma nebulosa tão irregular. A bela imagem foi feita pelo telescópio Gemini Norte, no Havaí, a cerca de 3.260 anos-luz de nós, na constelação Aquila ou Águia.
[LiveScience]
3 comentários
Os comentários apresentados até agora são condizentes com a situação. Pode ser ainda que a estrela que originou esta nebulosa tenha desaparecido da nossa visão. Tudo é possível. O interessante é que não existe um padrão de explosões de estrelas. São todas difentes umas da outras. Acho que o nosso sol sofreu uma explosão por raios gama, nos primórdios e lençou um anel de matéria no espaço ao seu redor e disto se originou todos os planetas em sua órbita. Opinião minha, é claro.
Acho que essa energia deve estar vindo da Anã Branca talvez por uma acresção de matéria, de tempos em tempos, sua alta gravidade sugaria massas das estrelas vizinhas, um processo que irradia intensa energia, o que excitaria as nuvens até essa luminescência.
A irregularidade desta nebulosa é muito interessante, mas o que eu acho incrível mesmo é uma galáxia manter o formato retângular!