A fascinante história da Nebulosa do Caranguejo

Por , em 26.08.2023

O objeto celeste conhecido como Nebulosa do Caranguejo, também identificado por sua designação no catálogo Messier M1, destaca-se como um dos restos mais luminosos de uma supernova na esfera celeste.

Conforme sugerido pelo termo “remanescente de supernova”, ele constitui o material residual remanescente da explosiva morte de uma estrela massiva. Quando uma estrela imensa esgota seu combustível, as camadas externas perdem o suporte do calor e pressão originados no núcleo da estrela. Essas camadas colapsam em direção ao núcleo da estrela e subsequentemente rebotam em uma explosão imensa conhecida como supernova.

A manifestação atualmente reconhecida como a Nebulosa do Caranguejo engloba todo o gás expelido, principalmente hidrogênio, lançado de dentro daquela estrela moribunda.

Uma indagação pode surgir quanto à nomenclatura associando-a tanto a uma nebulosa quanto a um remanescente de supernova – um remanescente de supernova pode essencialmente ser categorizado como um tipo de nebulosa, e uma nebulosa funciona como uma classificação mais abrangente que engloba regiões de gás e partículas que emitem luz no céu.

A Nebulosa do Caranguejo consiste predominantemente de gás. No entanto, um elemento intrigante reside em seu núcleo: o núcleo residual da estrela falecida, identificado como um pulsar. Os pulsares denotam uma forma específica de estrela de nêutrons densa com um campo magnético potente. Girando a uma velocidade extremamente rápida, variando de várias centenas a centenas de rotações por segundo, essas estrelas emitem correntes de matéria que se projetam para fora e varrem a Terra de maneira semelhante a um farol. Isso gera os sinais pulsantes que detectamos, atribuindo assim o termo “pulsar” a essas estrelas reanimadas. O pulsar dentro da Nebulosa do Caranguejo gira a uma taxa de 30 vezes por segundo, contribuindo para a luminosidade perceptível no centro das imagens da nebulosa.

Dimensões da Nebulosa do Caranguejo

Com uma extensão de aproximadamente 10 anos-luz, correspondendo a cerca de 10 trilhões de milhas, a Nebulosa do Caranguejo é uma entidade em constante expansão, conforme constatado pela NASA. O gás que compõe a Nebulosa do Caranguejo se estende pelo espaço a uma velocidade impressionante de mais de 600 milhas por segundo.

Momento da explosão e da descoberta

A estrela responsável pela formação da Nebulosa do Caranguejo explodiu em 1054, um evento registrado por astrônomos chineses como uma “estrela convidada” no reino celestial. Mesmo pessoas não familiarizadas com a astronomia provavelmente observaram sua emergência, considerando o brilho da supernova, comparável à lua cheia e seis vezes mais brilhante que Vênus. Sua luminosidade foi substancial o suficiente para ser visível durante o dia inteiro por um mês. Embora algumas teorias já tenham sugerido que os nativos americanos documentaram esse evento em pinturas rupestres, tais afirmações foram recentemente refutadas.

Astrônomos europeus só perceberam a presença nebulosa mais fraca vários séculos após a explosão inicial. O astrônomo inglês John Bevis a observou através de um telescópio em 1731. Posteriormente, em 1758, Charles Messier incorporou a Nebulosa do Caranguejo como a primeira entrada em seu renomado Catálogo Messier. A nebulosa recebeu seu nome assemelhado a um crustáceo do Lord Rosse em 1844 devido à semelhança de suas filamentos com pernas de caranguejo.

Localização

Observável tanto no Hemisfério Norte quanto no Hemisfério Sul, a Nebulosa do Caranguejo reside na constelação de Touro em diversos momentos do ano. Para observadores do Hemisfério Norte, janeiro oferece a oportunidade de visualização ideal, enquanto no Hemisfério Sul é possível avistá-la durante os meses de verão. Embora binóculos possam capturar sua presença, um pequeno telescópio proporciona uma experiência de visualização mais satisfatória. Apesar de sua luminosidade significativa (aproximadamente 8ª magnitude), a Nebulosa do Caranguejo está a uma distância de 6.500 anos-luz da Terra.

Percepções de especialistas

Rebecca Lin, uma estudante de pós-graduação em astronomia na Universidade de Toronto, aborda várias perguntas comuns sobre a Nebulosa do Caranguejo.

O que diferencia a Nebulosa do Caranguejo? Essa entidade celeste se destaca como uma das fontes de rádio mais intensas no firmamento, exibindo um pulsar excecionalmente radiante e dinâmico em seu núcleo. As emissões do pulsar abrangem todo o espectro eletromagnético, desde ondas de rádio até raios gama. O pulsar gera um vento robusto que interage com a nebulosa em expansão, gerando filamentos intrincados e deslumbrantes observáveis em imagens capturadas pelo Telescópio Espacial Hubble.

O que provocou a explosão da Nebulosa do Caranguejo?

A formação da Nebulosa do Caranguejo resulta de um evento de supernova que ocorreu no ano 1054 d.C., um acontecimento documentado por registros históricos de astrônomos chineses. [Space]

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