Nosso cérebro é resultado de um erro de duplicação?

Por , em 8.05.2012

A primatóloga inglesa Jane Goodall, que fez época estudando chimpanzés na Tanzânia desde 1960, fornece-nos provas contundentes de que somos mais parecidos com esses primatas do que imaginávamos. Basta ler alguns de seus artigos ou assistir qualquer uma de suas palestras, que pipocam na internet. Recomendo esta. Quem não dominar o inglês, basta selecionar a legenda disponível no idioma desejado.

E se observarmos as diferenças genéticas entre seres humanos e chimpanzés, a proximidade é ainda mais chocante. Segundo reportagem da revista National Geographic, 96% de nosso DNA é similar ao material genético dos grandes primatas. Ou seja, uma diferença de apenas 4% nos distancia desses seres.

E uma dessas diferenças pode ter sido causada por um erro de duplicação do nosso DNA, como sugere nova pesquisa do Instituto de Pesquisa Scripps, em La Jolla, Califórnia, Estados Unidos.

Segundo o estudo, esses erros teriam sido os responsáveis pelo desenvolvimento de características importantes de nosso cérebro, que hoje nos distinguem dos primatas.

Quem disse que um erro é sempre ruim?

Os cientistas norte-americanos testaram as evidências em camundongos e descobriram que esse erro genético fez com que as células nervosas funcionassem mais rapidamente e criassem mais conexões entre si, o que aumentou a organização do cérebro.

A equipe do centro estadunidense vasculhou nosso genoma por essas duplicações e descobriu que muitas delas tiveram, da fato, papéis fundamentais para o desenvolvimento do cérebro. Segundo o biólogo Franck Polleux, um dos responsáveis pelo estudo, existem cerca de 30 genes que foram duplicados em humanos.

É interessante notar que o erro parece ter acontecido em algum momento quando o Australopithecus foi extinto, dando lugar ao gênero Homo, que, por sua vez, deu lugar aos humanos modernos. Aí é que os cérebros de nossos ancestrais começaram a se expandir, e mudanças dramáticas nas habilidades cognitivas começaram a emergir.[LiveScience/TED/NationalGeographic/ScienceDaily]

28 comentários

  • Marcos Eilert:

    “A máscara caiu.”

    ?!?!?!?!?!?

    Como assim máscara? Devo supor que vc está brincando ou com mania de perseguição?

  • Marcos Eilert:

    Surpreso?

    • Marcos Eilert:

      Então eu ainda não entendi o motivo de tanto alarde.

      Foram duas postagens suas exclusivamente para “alertar” sobre o fato de eu ter trocado o sobrenome e a foto… como se isso fosse motivo de alarde….

  • GusC:

    Gostem ou não, não existe teoria melhor que a da evolução. Não existe outra com tantas evidências. E ela não é complicada como parece, crianças já aprendem na escol.a Por isso fico admiradod e ver adultos barbados não conseguindo compreendê-la.

  • magoado:

    É complicado quando as pessoas não sabem o que tem dentro da cabeça….se, o que tem lá é certo ou errado..??

  • Marcos Eilert:

    JHR,

    Eu sou estatístico, portanto posso não entender muito de coisa alguma, mas para falar de aleatoriedade e probabilidade eu posso dizer que estou habilitado =)

    Mas não sei se entendi o seu ponto de vista, poderia ser mais claro? usar exemplos e citações minhas? Pelo pouco que entendi, o seu problema não é de ordem técnica e sim de interpretação sobre o que eu escrevi anteriormente. Mas para responder melhor preciso que vc seja mais didático.

    Sobre “Certamente eventos altamente improváveis ocorrem”…

    Você não entendeu. TUDO é altamente improvável. A probabilidade de você e todos os seus átomos estarem exatamente na posição que estão agora é infinitesimalmente pequena. A realidade como um todo é um evento de probabilidade virtualmente nula.

    Você e a sua vida só existem da forma que existem porque TODOS os eventos do passado colaboraram para que você estivesse aí agora lendo esse texto.

    Um exemplinho bem básico. Se o macaco que era seu tatata……taravô tivesse espetado o dedo em um espinho de roseira no dia em que conheceu a sua tata…taravó talvez eles não acabassem copulando e gerando a linhagem de ancestrais que originou você.

    Repita essa idéia para todas as milhoes de gerações que antecederam a sua pessoa e não só para espinhos de rosas mas como para qualquer coisa que tenha acontecido exatamente como aconteceu e que se ocorresse diferente você não existisse. Se fizer isso verá que a probabilidade de você estar aqui é quase inexistente.

    Sim, isso é teoria do CAOS.

    Ora, mas se TUDO fosse diferente, você não existiria, OK. Mas outra pessoa que não existe hoje, iria existir, certo?

    O que quero dizer com isso é que, dado que o universo existe, então ALGO sempre precisa acontecer, e por mais infinitamente improvável que seja estarmos aqui, algo ou alquem precisaria estar. Não somos especiais, somos o acaso que aconteceu pois algo precisaria acontecer. Não fossemos nós, seria outro e o universo seguiria em frente da mesma forma sem problemas ou traumas.

    Novamente o exemplo da Megasena. A pessoa que vence, se sente especial, mas ela não é. Milhares de pessoas jogam todos os dias milhares de numeros e toda semana um conjunto é sorteado. Ora, é óbvio que ALGUEM cedo ou tarde vai vencer… isso é uma lei da probabilidade chamada “LEI DOS GRANDES NUMEROS”.

    Se você jogar 30 dados ao acaso pra cima um grande numero de vezes cedo ou tarde vão todos os 30 cair com o 6 virado pra cima… e obviamente não existe Deus ou Ets manipulando o meu lançamento de dados. O resultado não é “especial”, mas vai acontecer isso é um fato. E se por acaso alguem apostou neste resultado (e também de acordo com a lei dos grandes numeros, se muitas pessoas sempre apostam, quase sempre terá alquem que vai apostar nessa sequencia) naquele momento, vai vencer, simples assim.

    Logo as pessoas que vencem na megassena (ou quem existe em detrimento de quem não existe, ou no caso das mutações que nos fizeram ser como somos) não são especiais, só o que houve foi que todos os eventos por acaso aconteceram da forma como aconteceram…

    Assim como no caso dos dados não é preciso Deus ou Ets interferindo. É basicamente a mesma idéia, só que em proporções maiores.

    • JHR:

      Marcos
      Fico feliz que seja estatístico…pelo menos nisto você poderá me convencer..rsrsr. A questão não é querer ser especial como você insiste em afirmar, mas apenas discordar no ponto inflexão que existe entre a ciência convencional e a ciência não convencional. É neste ponto que as coisas começam ficar nebulosas e explicações cientificas não são melhores que as ciências ditas exotéricas. Como estatístico, você deve conhecer o princípio da falseabilidade Popper … nem todos os cisnes são brancos…!

    • Marcos Eilert:

      JHR,

      Claro que conheço o principio da falseabilidade, mas este princípio não é um tema “estatístico” na verdade.

      A falseabilidade está intimamente ligada ao conceito de método cientifico, uma vez que de acordo com este, qualquer teoria que não possa ser falseável não pode ser considerada ciencia propriamente dita.

      Mas não entendi onde a falseabilidade (ou falta de) se aplica aos meus argumentos anteriores.

      A equiprobabilidade das mutações (cerne do nosso debate) é perfeitamente falseável.

      Mutações não são nada mais do que erros de cópia em moléculas de DNA que resultam em mudanças fenotípicas nos indivíduos.

      Portanto, se trata de algo físico e perfeitamente mensurável com a tecnologia atual.

      Sendo assim, caso você ou algum cientista desconfie que a mutação que originou a inteligencia é um erro de cópia mais ou menos provável que outros, bastaria bolar um experimento para testar essa hipótese. Novamente, perfeitamente falseável.

      A questão é que ao meu ver não existe NENHUMA razão para se pensar que essa mutação é mais ou menos provável do que outras quaisquer. Se você discorda disso, eu gostaria muito de saber o motivo e os seus argumentos.

  • Elias:

    Já dizia o ditado: “É errando que se aprende!!” rsrs

  • Marcos Eilert:

    JHR,

    Obviamente, não posso calcular a probabilidade de nenhum dos dois eventos que você citou… Ninguem pode. Mas não é essa a questão que se propõe.

    O Fato é que “essa” mutação que você comentou e que é objeto da matéria é apenas mais uma entre todas as mutações que existiram em todos os seres vivos desde a célula primordial…. Essa não seria a única mutação exclusiva dos humanos… na verdade absolutamente TUDO que temos de diferente das outras espécies foi causado por uma mutação exclusivamente nossa, não só o cérebro maior, mas o fato de sermos bípedes, de termos polegares oposiores, de não termos o corpo coberto de pelos e etc..etc..etc…. das mais importantes às mais insignificantes…

    Todas essas mutações TAMBÉM são exclusivas dos humanos… além disso, existem também as mutações que deram guelras aos peixes, que deram asas às aves, que deram casco às tartarugas e todas as outras que causaram diferenciações nas espécies… Eu posso não saber calcular a probabilidade de acontecimento de cada uma destas diferenciações, mas eu não preciso saber… O que eu preciso saber é que não há absolutamente nenhuma justificativa para se pressupor que a mutação humana é mais difícil ou mais improvável de acontecer do que TODAS as outras… isso basta para justificar meu ponto de vista.

    Afinal, se TODAS as outras diferenciações genéticas, nossas e de outras espécies puderam acontecer ao natural, se puderam acontecer ao “acaso”, porquê JUSTAMENTE a mutação que nos deu inteligencia precisa ser fruto de obra extra-terrestre? Repito, à prióri ela não é mais nem menos provável do que nenhuma das outras grandes mutações… Portanto não existe evidencia alguma em favor da sua teoria… ela não faz sentido, não tem lógica, não se justifica e não se sustenta.

    Só o que acontece é que você, como acontece com a maioria das pessoas, é que vc tem necessidade de se sentir especial, diferente, você não consegue entender como algo “maravilhoso” como a inteligencia humana aconteceria por acaso, sem planejamento… não consegue entrar na sua cabeça a idéia de não existir um motivo pelo qual estamos aqui…

    A diferença é que como vc não deve ter tido uma criação religiosa, você não recorre a Deus como uma válvula de escape, então você usa ETs… mas a origem do seu desconforto mental e a falta de lógica é exatamente a mesma dos religiosos.

  • Alberto Campos:

    Tudo existe por causa das mutações. Desde os primórdios que isto vem acontecendo. Graças a isto foi possível o inicio do universo, dos seres vivos e da inteligencia (três enigmas da natureza). Mutações são mudanças que surgem do trivial, isto é: erros que tornam possível as modificações para o bem e para o mal. Através da seleção natural, as más mutações, vão sendo eliminadas e as boas vão sobrevivendo e repassando para as futuras gerações.

    • D. R.:

      Será mesmo?

      É tanta gente, cada cientista falando um coisa, que eu já não sei mais no que acreditar!

      Por exemplo, o famoso cientista evolucionista (não darwinista) James Shapiro (biólogo molecular da Universidade de Chicago) tem divulgado algumas idéias interessantes em seu livro “Evolution: A View from the 21st Century” e em seu blog.

      “… O conhecimento convencional diz que as mudanças genéticas subjacentes à evolução são acidentes aleatórios, cada um tendo uma pequena chance de fazer melhoras incrementais na aptidão. Essas ideias surgiram antes de nós conhecermos sobre o DNA. Agora que nós temos quase que 60 anos de genética molecular baseada no DNA e sequenciamento de genoma nos apoiando, surgiu um quadro diferente.

      Neste pequeno ensaio, Shapiro prossegue citando novas pesquisas destacando a natureza conservada —daí funcional— de uma grande porcentagem de regiões de DNA não codificantes em uma variedade de mamíferos. Em seguida, ele destaca que muitas dessas regiões são elementos móveis reguladores que antes tinham sido erroneamente considerados pelos darwinistas como “lixo.” Depois ele explica como tais pesquisas vindicam mais as ideias de Barbara McClintock, laureada com o prêmio Nobel – sobre a importância dos elementos genéticos móveis — trabalho pioneiro que por muito tempo foi ridicularizado pelo consenso darwinista.

      Finalmente, Shapiro salienta que tudo isso é somente a ponta do iceberg. Nas muitas postagens seguintes que ele escreveu na primavera passada, ele persegue cada um desses tópicos de modo mais aprofundado, bem como outros. Seus dois ensaios sobre McClintock (à direita) —que foi mentora e bem amiga de Shapiro— são especialmente interessantes: ”Barbara McClintock, X-Rays, and Self-Aware, Self-Healing Células” (3/8/2012), e ”Barbara McClintock, Genoma Self-Repair and Cell Cognition: A Revolutionary Vision for the Future of Biology” (3/9/2012).

      Por toda esta série excepcional de ensaios no Huff Post, Shapiro destaca a importância de um conceito importante para a compreensão da obra da vida e da evolução —”ENGENHARIA GENÉTICA NATURAL.” Enquanto os detalhes técnicos deste fenômeno possam ser proibitivos, a ideia básica é bastante simples. Em poucas palavras, a frase “engenharia genética natural” se refere à capacidade das células de “reprogramar” seus genomas quando necessário —isto quer dizer, INTENCIONALMENTE— a fim de satisfazer as condições ambientais alteradas…

      A sua vida depende de mudanças intencionais e direcionadas ao DNA celular. Embora o pensamento convencional afirme que as mudanças direcionadas no DNA são impossíveis, a verdade é que você não poderia sobreviver sem elas. Seu sistema imunológico precisa projetar corretamente certas sequências de DNA a fim de funcionar adequadamente…

      Como que as células com o DNA finito, e uma finita capacidade de codificação, produzam virtualmente uma infinita variedade de anticorpos? A resposta é que certas células do sistema imunológico (células B) se tornam fábricas de evolução rápida. Elas geram anticorpos com efetivamente diversidade ilimitada enquanto preservando as estruturas moleculares necessárias para interagir com outras partes do sistema imunológico.

      As células do sistema imunológico realizam tanto a diversidade e regularidade nas estruturas de anticorpos. Elas realizam isso por um processo direcionado, mas flexível de engenharia genética natural: elas cortam e emendam o DNA…

      Três coisas impressionantes sobre [tipos particulares de engenharia genética natural] são excluídas explicitamente da dominante filosofia de mudança genética. Primeira, elas são mudanças adaptativas e intencionais do genoma. Segunda, elas são funcionalmente direcionadas. Terceira, para CSR [Class switch recombination], o direcionar envolve sinais intercelulares que dependem de como outras células no sistema imunológico percebem uma infecção em particular.

      Se as células do sistema imunológico podem fazer tudo acima, há alguma razão científica que nós devemos assumir que outras células não fazer o mesmo? A reestruturação de acoplamento do DNA para a transcrição é de grande importância. Todas as células podem direcionar a transcrição para lugares funcionalmente relevantes no genoma. Dado que o sistema imunológico é como que a evolução evoluiu a evolução rápida das proteínas, nós não deveríamos considerá-lo na busca de pistas sobre os processos evolucionários básicos?…

      Recentes postagens provocaram muitas questões sobre a minha aplicação do termo “cognitivo” para os processos celulares reguladores. Eu baseio este uso na noção de que as ações cognitivas são baseadas em conhecimento e envolvem decisões apropriadas para informação adquirida. É comum hoje para os biólogos moleculares, de células e do desenvolvimento falar de células “conhecendo” e “escolhendo” o que fazer sob diversas condições. Embora a maioria dos cientistas usando esses termos insistiria dizer que elas são apenas metáforas úteis, eu argumento aqui que nós devemos considerar essas palavras instintivas mais literalmente. A cognição celular pode muito bem revelar-se um conceito científico muito fecundo…

      Este é o ponto crucial com o qual Shapiro começa o seu livro:

      A inovação, não a seleção, é a questão crítica na mudança evolucionária. Sem a variação e novidade, a seleção não tem nada sobre o que agir. Assim, este livro é dedicado a considerar as muitas maneiras que os organismos vivos mudam ativamente a si mesmos… A teoria evolucionária convencional fez da pressuposição simplificada que a novidade herdada era o resultado do acaso ou acidente…

      A necessidade percebida de rejeitar a intervenção sobrenatural, infelizmente levou os pioneiros da teoria evolucionária levantar uma distinção filosófica a priori entre os processos “cegos” de variação hereditária e todas as demais funções adaptativas. Mas a capacidade de mudar é, em si mesma, adaptativa… A capacidade de organismos vivos alterar sua própria hereditária é inegável. Nossas ideias atuais sobre a evolução têm de incorporar este fato básico da vida…

      Apesar de generalizados preconceitos filosóficos, hoje as células são racionalmente consideradas como funcionando teleologicamente: seus objetivos são sobrevivência, crescimento, e reprodução…”.

      Fonte do Artigo Completo:
      http://www.thebestschools.org/bestschoolsblog/2012/05/03/darwin-ii-james-a-shapiro/

  • john dragon:

    ainda bem que esse error aconteceu,
    viu gente a prova que errar e humano kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

  • Jonatas:

    Provavelmente pode ter sido. Erros de duplicação genética não são eventos incomuns e nem sempre dão errado, o cérebro é a chave de todo o desenvolvimento físico, é só observar o que caracteriza a morfologia e o comportamento dos animais mais inteligentes da natureza, símios, cefalópodes e delfinídeos.
    Anteriormente eu imaginava que mudanças físicas em nossos cérebros, decorrentes do modo de vida, mudanças ambientais e cruzamentos com outras espécies e subespécies, teriam alavancado o seu desenvolvimento. Mas pelo jeito o desenvolvimento do cérebro é que alavancou essas mudanças físicas.
    Ideólogos e religiosos sempre tiveram várias certezas sobre a nossa origem, mas cientificamente e logicamente sabemos que talvez nunca teremos uma certeza definitiva de como e onde ocorrera a alvorada da humanidade. Pra mim, foi todo um conjunto de fatores como os que citei e outros que nos ascendeu como seres pensantes, mas na forma de um passe de mágica súbito como tantos insistem em acreditar, mas sim um processo tão lento e gradual quanto uma alvorada…
    Pelo que vi nos comentários, as pessoas focam mais das dúvidas da ciência do que de suas próprias convicções, e isso acontece porque se colocarem em suas convicções o mesmo questionamento, poderão perde-las. Isso é praticamente uma autodefesa ideológica, infelizmente não tão diferente da pregação religiosa, embora bem mais sofisticada.
    A pergunta geralmente usada pelos defensores da dúvida é: porque humanos e não outro animal? Eu responderia: E porque não? na verdade, creio que a maioria dos planetas do Universo que desenvolverem vida complexa serão mundos selvagens porque a nossa presença na Terra é um segundo da sua história. Somos uma novidade, uma raridade, para a Terra é muito mais comum dinossauros, tubarões e artrópodes do que nós.
    Podemos ser uma raça condicionada, isto é, evoluída por manipulação externa de outros seres? teriam eles feito testes e experiências genéticas conosco análogo ao que fazemos com ratos num laboratório?
    Eu acho que não, mas não é impossível. Mas na verdade, seria mais fácil descobrir nossa alvorada se fôssemos condicionados do que se fôssemos naturais, porque entendemos muito melhor o que se faz em laboratórios do que o que acontece na natureza em milhões de anos.
    Em qualquer um dos cenários ainda não temos o caminho exato da certeza. Embora uns sempre achem e vão achar que têm. 😉

  • Glauco Ramalho:

    Só um bobão prá acreditar que erros aleatórios da natureza criariam uma máquina tão incrível quanto o cérebro humano.

    • Elias:

      Se tem algo que a evolução tem é tempo!!!

  • arturfreddy:

    O erro, tanto para a evolução das espécies como para a nossa vida, é tremendamente importante, sem ele não haveria, no caso da genética, a possibilidade de surgirem as mutações, as quais por sua vez são os meios para que as espécies se adaptem melhor às condições necessárias para a sobrevivência, e no nosso dia a dia, podem ser tanto para se descobrir acidentalmente soluções para o nosso dia a dia, por exemplo, laicra, aplicações para as microondas, como para ser um aprendizado sobre como não se deve fazer algo.

  • JHR:

    Erro de duplicação ou manipulação por uma fonte externa?
    Não temos, que eu saiba, outro caso semelhante na natureza…

    • Eduardo:

      Sim, acho provável que tenhamos sido manipulados por alienígenas. Fatos históricos, estudos, e evidências sugerem que isso pode realmente ter acontecido e ainda acontece hoje.

    • Khajiit:

      ??????????? Como assim? Significa que nao existe erros na natureza, nao existem falhas geneticas, evolucionais, ou descobertas que aconteceram sem querer. Por exemplo, Horace Wall (acho que era “Wall”) que foi o pai da anestesia, mas em uma operacao teve um pequeno erro, entao quer diser que o erro foi feito por alguem? E outra, que tipo de aliens sao esses, que viagam anos luz, vem pra um planeta com uns 3 bilhoes de anos, mudam o codigo genetico de alguma especie, E DEPOIS VAI EMBORA?!?!?!? E ainda por cima, NUNA MAIS VOLTA??? Serio, para ai, pleaseee

    • JHR:

      Me refiro a erros que tornaram outra espécie animal com capacidade cognitiva semelhante a espécie humana.

    • Marcos Eilert:

      Incrivel como as pessoas em geral possuem dificuldade para entender os processos aleatórios e probabilisticos que fazem parte da evolução….

      Quando não atribuem essa falta de entendimento à Deus ou a alguma outra divindade… sobra para os ETs… tsc tsc…

    • JHR:

      Ok, baseado em sua teoria, demonstre a probabilidade de tais mutações ou erros mencionados no texto acorrerem somente em nossa espécie, bem como demonstre a probabilidade de nossos genes terem sido manipulados por ET’s.

    • Marcos Eilert:

      JHR,

      Obviamente, não posso calcular a probabilidade de nenhum dos dois eventos que você citou… Ninguem pode. Mas não é essa a questão que se propõe.

      O Fato é que “essa” mutação que você comentou e que é objeto da matéria é apenas mais uma entre todas as mutações que existiram em todos os seres vivos desde a célula primordial…. Essa não seria a única mutação exclusiva dos humanos… na verdade absolutamente TUDO que temos de diferente das outras espécies foi causado por uma mutação exclusivamente nossa, não só o cérebro maior, mas o fato de sermos bípedes, de termos polegares oposiores, de não termos o corpo coberto de pelos e etc..etc..etc…. das mais importantes às mais insignificantes…

      Todas essas mutações TAMBÉM são exclusivas dos humanos… além disso, existem também as mutações que deram guelras aos peixes, que deram asas às aves, que deram casco às tartarugas e todas as outras que causaram diferenciações nas espécies… Eu posso não saber calcular a probabilidade de acontecimento de cada uma destas diferenciações, mas eu não preciso saber… O que eu preciso saber é que não há absolutamente nenhuma justificativa para se pressupor que a mutação humana é mais difícil ou mais improvável de acontecer do que TODAS as outras… isso basta para justificar meu ponto de vista.

      Afinal, se TODAS as outras diferenciações genéticas, nossas e de outras espécies puderam acontecer ao natural, se puderam acontecer ao “acaso”, porquê JUSTAMENTE a mutação que nos deu inteligencia precisa ser fruto de obra extra-terrestre? Repito, à prióri ela não é mais nem menos provável do que nenhuma das outras grandes mutações… Portanto não existe evidencia alguma em favor da sua teoria… ela não faz sentido, não tem lógica, não se justifica e não se sustenta.

      Só o que acontece é que você, como acontece com a maioria das pessoas, é que vc tem necessidade de se sentir especial, diferente, você não consegue entender como algo “maravilhoso” como a inteligencia humana aconteceria por acaso, sem planejamento… não consegue entrar na sua cabeça a idéia de não existir um motivo pelo qual estamos aqui…

      A diferença é que como vc não deve ter tido uma criação religiosa, você não recorre a Deus como uma válvula de escape, então você usa ETs… mas a origem do seu desconforto mental e a falta de lógica é exatamente a mesma dos religiosos.

    • JHR:

      Concordo em alguns aspectos de sua retórica e seria inútil extender esta discusão. A questão dos ET´s foi figurativa e obviamente tenho outro ponto de vista a respeito. A ciência convencional está baseada na matéria e o estabelishment renega as questões da vida, da mente e da consciência a meros epifenomenos. No entanto, é de seu conhecimento, que nenhum paradigma materialista conseguiu desenvolver modelos satisfatórios para para compreensão do surgimento da vida, bem como para a mente e a consciência.
      Com efeito, prefiro manter a minha mente aberta e havendo a hipotese alternativa, vou considera-la até que seja refutada.
      Alguém aqui já citou isto antes mas vale a pena lembrar:
      O conhecimento só avança quando existe a dúvida e não a certeza.

    • Marcos Eilert:

      Só para dar continuidade ao raciocínio:

      Porque eu digo que as probabilidades serem equiprováveis é o suficiente para descartar ETs ou Divindades?

      Porquê pessoas como vocês recorrem a estas respostas “transcendentais” quando se deparam com eventos improváveis que não sabem explicar.

      Semelhante a quando alguem diz que ganhou na loteria por designio divino, ou quando se salvou de um acidente por ter voltado para buscar as chaves da casa.

      Em comum, todos são eventos que aparentemente possuem baixa probabilidade. São eventos aparentemente improváveis que em geral não aconteceriam normalmente e que acabam dando algo BOM para a pessoa.

      O problema é que quem não entende de probabilidade, também não entende que tais eventos não são mais improváveis que outros que aparentemente são corriqueiros e portanto não tem nada de especial em tais eventos.

      Exemplo: A probabilidade de sair 01,02,03,04,05 e 06 na megassena é para a maioria das pessoas muito mais improvável do que sair qualquer outro conjunto de números qualquer sorteado ao acaso, mas não é.

      A chance é EXATAMENTE a mesma de sair por exemplo 27, 35, 14, 36, 03 e 44 ou qualquer outro conjunto de números sorteados ao acaso. A sequencia inicial só parece mais improvável porque é um numero que chama a atenção.

      Se sair a sequencia inicial, certamente muitas pessoas vão achar que houve manipulação e etc… vão pensar que tem algo “a mais” por trás do sorteio que não o acaso, coisa que não fariam se saísse qualquer outra sequencia.

      Esse fato ilustra bem o que quero dizer.

      Da mesma forma, escapar do acidente, ganhar na megasena, a mutação da inteligencia, a aparente “beleza e perfeição da natureza” também parecerem pouco provaveis para serem acaso e é por isso que as pessoas tendem a achar que são coisas “especiais” que devem ter um “algo a mais” que as explique.

      Mas o fato é que só parecem especiais, é apenas uma ilusão que é bem comum para quem não entende de probabilidades.

      Se entendesse, saberia que eventos raros e aleatórios (acaso) acontecem sempre com todas as pessoas o tempo todo no mundo… só que a imensa maioria destes eventos passam batidos (assim como a sequencia de numeros aleatorios na megasena), porém uma pequena parte faz com que escapemos de acidentes ou ganhemos na loteria, ou surja inteligencia em humanos, ou cria a aparente beleza da natureza… ou seja uma sequencia inicial de numeros da megassena (01,02,03,04,05,06) eventos que nos chamam a atenção e nos fazem pensar que existe um “algo a mais” que os explique… mas tal algo a mais que não existe.

      Para mostrar que a sequencia inicial da megassena não EXIGE manipulação (que não é especial) basta que eu prove que a sequencia inicial é tão provável quanto qualquer outra sequencia que já saiu na megassena anteriormente.

      Não tenho a pretensão de que alguem vá sequer LER tudo isso, quanto mais entender, mas serviu para colocar minhas idéias n lugar ^^ e se alguem ler e entender melhor…

    • Khajiit:

      De novo, por causa disso que o nome é “erro,”
      poderia ter aconteçido com qualquer outra espécie, (de animais, descontando poríferos, medusas, moluscos, e alguns outros) mas aconteçeu com a nossa. Agora voe vai perguntar, “mas porque com a nossa??” Se tivesse aconteçico com alguma outra, entao eu garanto que voce não iria se importar. Um exemplo de que pode ter sido uma mutação é só “olhar” para os vírus. Eles se mutam dentro de curtos períodos de tempo, o que já é conçiderado algo normal, pela rapidez. Enfim, os vírus se mutam, nos nos mutamos também, e uma “grande mutação” foi o duplicamento que aconteçeu. Agora, chances de ETs virem até aqui, mudarem nosso codigo genético, e irem embora, sao praticamente nulas, sério. Isso é preguiça de tentar entender as coisas.

    • arturfreddy:

      Rapazes, o que é isso? Ninguém pode dar de fato uma conclusão fantástica e definitiva quanto a essa e outras diversas questões.
      Como dizia Carl Sagan, sem provas cabais sobre se sim ou não, o melhor é não escolher nenhum dos dois, mas admitir que possa ser um deles sem excluir em definitivo o outro.

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