Novo teste pode prever complicação na gravidez

Por , em 14.09.2010

Uma equipe internacional de pesquisadores criou um teste que pode dizer quais mulheres irão desenvolver uma perigosa complicação de gravidez, chamada pré-eclâmpsia, semanas antes de aparecerem os primeiros sintomas.

Há consequências para tal condição, se as mães e seus bebês sobrevivem. Mais tarde, as mulheres desenvolvem um maior risco de pressão alta, doença cardíaca, derrame e diabetes. Os bebês geralmente nascem prematuros e sofrem complicações durante toda a vida.

Um teste preditivo permitiria que mulheres identificadas com alto risco para pré-eclâmpsia procurassem cuidados obstétricos especializados e fossem monitoradas mais atentamente.

É importante que as mulheres sejam educadas sobre os sinais da complicação, e não sejam pegas de surpresa nos estágios finais de uma crise de pré-eclâmpsia.

O teste é baseado em uma série de 45 compostos diferentes ligados ao metabolismo que são diferentes entre as mulheres destinadas a desenvolver a condição e as que não desenvolveram a complicação.

Até então não havia maneira de prever quais mulheres desenvolveriam pré-eclâmpsia, que é marcada pela pressão arterial alta e níveis elevados de proteína na urina.
Os pesquisadores fizeram um estudo simples, testando o sangue de 60 mulheres que desenvolveram pré-eclâmpsia na gravidez e 60 mulheres que não desenvolveram.

O teste foi feito com cerca de 15 semanas de gestação. Eles identificaram 40 moléculas orgânicas significativamente elevadas, e 5 que foram reduzidas no plasma em 14 a 16 semanas de gestação. A partir desta série de compostos, eles reduziram a lista a 14 açúcares, gorduras e aminoácidos que são diferentes nas mulheres que desenvolveram a condição.

Eles detectaram corretamente cerca de 90% dos casos, com uma taxa de falso positivo de cerca de 24% (o que significa que 24% das mulheres sinalizaram riscos nos testes, mas nunca desenvolveram a condição).

Segundo os pesquisadores, as taxas de mortalidade materna nos países subdesenvolvidos são altas – 75.000 mulheres morrem de pré-eclâmpsia a cada ano – e o teste, por ser capaz de determinar quais mulheres estão em maior risco de desenvolver a complicação, tem potencial para salvar milhares de vidas. [Reuters]

1 comentário

  • Alice:

    Poxa,se no futuro quase ninguém vai ter filhos (e logo mais ninguém) essas pesquisas não vão ajudar por um longo tempo.

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