Os animais mais antigos do mundo presos em âmbar

Por , em 29.08.2012

Quem assistiu Jurassic Park sabe que o âmbar – substância que provém de árvores antigas, de milhões de anos atrás, que elaboravam uma matéria viscosa – é um elemento essencial para se preservar uma espécie intacta. Pelo menos, no filme, foi assim que cientistas conseguiram reproduzir um dinossauro, graças a um inseto que havia se alimentado de um.

Claro que isso é pura ficção. Bom, nem tanto. De fato, existem insetos presos em âmbar que foram perfeitamente preservados por milhões de anos, mas não anos suficientes para alcançar o período Jurássico, que ocorreu entre 200 e 145 milhões de anos atrás.

Até onde os paleontólogos sabem, os insetos só ficaram presos na resina pegajosa até cerca de 130 milhões de anos atrás, quando as árvores começaram a produzir o suficiente para arredá-los.

Agora, dois carrapatos microscópicos e uma mosca chegaram para desafiar essa conclusão.

Isso porque os insetos, de 230 milhões de anos, foram encontrados presos em âmbar. O estudo recente foi publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences.

Os pesquisadores descobriram as criaturas enquanto faziam um levantamento das formas de vida envoltas em 70.000 gotículas do material, cada uma com apenas milímetros de diâmetro.

O âmbar analisado vem da Formação Heiligkreuz no nordeste da Itália, e contém uma abundância de micro-organismos, tais como bactérias e algas, que, segundo os cientistas, tornam claro que as gotículas se formaram durante o período Triássico, 250 a 200 milhões de anos atrás.

Dentro de três peças de âmbar, os pesquisadores* encontraram três pequenas criaturas: uma mosca da sub-ordem Nematocera, de insetos dípteros, que inclui os mosquitos, caracterizada por antenas longas, e dois ácaros eriofiídeos, os ancestrais dos parasitas de plantas modernas.

Além de ajudar a esclarecer a evolução de insetos e ácaros, os exemplares antigos também podem lançar luz no desenvolvimento da resina. Se árvores de 230 milhões de anos podiam produzir resina o suficiente para capturar estes insetos, isso significa que outras árvores do Triássico tinham essa capacidade? (E que podemos reproduzir dinossauros? Brincadeira).

Não necessariamente. De acordo com os especialistas, os insetos só foram encontrados no âmbar de um único local, então é mais provável que uma mudança incomum – como mudança climática, infestação de ácaros, etc – nessa região tenha estimulado essas árvores em particular a fazer resina extra. [DiscoverMagazine, InfoEscola, IG, io9]

*Participaram do estudo os pesquisadores Alexander R. Schmidta, Saskia Janckeb, Evert E. Lindquistc, Eugenio Ragazzid, Guido Roghie, Paul C. Nascimbenef, Kerstin Schmidtg, Torsten Wapplerh e David A. Grimaldif.

7 comentários

  • Andre carolino da silva Andre:

    como podemos questionar a verdade a prova esta ai e a cada dia nos surpreendemos com novas descobertas e vemos que estamos mais ligados ao passado do que pensavamos

  • Rone100theone:

    Eu assisti o filme 5 vezes no cinema. Kk… O período Jurassico é mais ” novinho” 65 milhões de anos atrás é que os Dinossauros desapareceram. Outra coisa eu vou negar aqui a teoria da Evolução! Ora: moscas, parasitas acaros que evoluíram ao longo do tempo? Que capacidade ” alienígena” é está de alguns cientistas de avaliar estes fósseis com os atuais e dizer que evoluíram! 200 milhões de anos para evoluir? Respeito quem acredita. Mas eu não acredito.

    • Andre carolino da silva Andre:

      Se um ser vivo consegui sobreviver a seus predadores, a climas estremos sem precisar mudar suas características físicas e seu comportamento então pra que evoluir! Mudanças de evolução só vem quando são nessesarias

  • Thiago Kozusko:

    Não é dessa vez que vou poder ver um Velociraptor vivo kkkkkk.

  • Felix:

    Acredito que o site deve comecar a dar uma atencao um pouquinho maior à divulgacao das noticias, à confiabilidade das fontes, e à coerencia das mesmas. Outro dia foi sobre àquela esplicacao do equilibrio de uma dublê que passava de um caminhao ao outro, atraves de uma corda esticada entre eles, e estes em movimento. Foi divulgado que a velocidade que trafegavam era de 129km/h, quando na verdade era de 80km/h. Agora, afirmando que a Formacao Heiligkreuz é no nordeste da Italia. Esses foram dois exemplos que me recordo que percebi. Podem haver outros? Atencao, para nao se perder a credibilidade. Obrigado.

    • Cesar Crash:

      E aqui tá dando a entender que ácaros e carrapatos são INSETOS!
      Aff…

    • Felix:

      Desculpem… Passou despercebida a “explicacao” com “S”. Tilt cerebrale, magari…

Deixe seu comentário!