Cientista diz que encontrou prova da existência outros universos

Por , em 31.10.2015

Em um novo estudo apresentado ao “Astrophysical Journal”, o astrônomo e astrofísico Ranga Chary afirma ter encontrado evidências de interações entre o nosso e outros universos ao analisar a radiação cósmica de fundo em micro-ondas (CMB, do inglês cosmic microwave background). A versão de pré-impressão do estudo, que ainda não foi revisado por pares, está disponível no ArXiv.

O cientista teria descoberto uma anomalia associada a algumas regiões da CMB que ele acredita ser uma evidência para a existência de universos alternativos. Segundo o portal IFLS, o autor escreveu que os dados observados poderiam “possivelmente ser devido à colisão do nosso universo com um universo alternativo cuja proporção do bárion para o fóton é um fator aproximadamente 65 vezes maior que a nossa”.

A CMB é a primeira luz que brilhou no universo. Foi emitida 370 mil anos depois do Big Bang, quando o Universo era frio o suficiente para o hidrogênio se formar e os fótons originais estavam livres para se mover sem serem absorvidos pela matéria primordial.

Embora seja muito uniforme, existem diferenças pequenas, mas detectáveis, ​​na CMB, que correspondem a regiões de densidades ligeiramente diferentes: as áreas ligeiramente mais densas são as sementes em que as galáxias e as estrelas eventualmente se formaram.

A descoberta de outros universos

A CMB não é a única emissão de microondas no céu. Poeira quente e campos magnéticos são responsáveis ​​pela produção de microondas também. Quando a CMB foi mapeada, todas essas emissões foram cuidadosamente modeladas e eliminadas – isso foi para ter certeza de que o sinal observado era composto exclusivamente dos fótons CMB.

Usando esses mapas, Chary, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, teria detectado uma emissão anômala associada com cinco pontos frios da CMB (as áreas azuis no mapa acima), áreas que eram um pouco mais densas após o Big Bang. O pesquisador afirma que essas emissões são consistentes com uma colisão com universos alternativos.

Obviamente, esta é apenas uma possível explicação e uma teoria bastante inverificável no momento. O artigo também sugere uma explicação mais comum e talvez mais realista já que, em 30% dos casos, a emissão é consistente com fontes de primeiro plano, que não foram exatamente levadas em consideração no mapa.

Balela?

Também não é a primeira vez que pesquisadores fizeram afirmações excepcionais sobre a CMB. O matemático Roger Penrose, por exemplo, afirmou ter detectado anomalias concêntricas que eram consistentes com a sua ideia de que o universo se repete por ciclos infinitos.

Outros afirmaram que, como a CMB tem a mesma aparência em todas as regiões do universo, ela seria o lugar perfeito para alienígenas ou seres divinos deixarem uma mensagem. Se fosse esse o caso, provavelmente poderíamos esperar alguma coisa parecida com o que Douglas Adams sugere na série “O Guia do Mochileiro das Galáxias”, em que a mensagem final de Deus para sua criação é: “Pedimos desculpas pelo inconveniente”. [IFLS]

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