Não importa se você é uma pessoa “seletiva” ou “eclética”: praticamente todo mundo gosta de pelo menos um gênero musical. Curiosamente, mesmo que a música faça parte da história da humanidade há dezenas de milhares de anos, a ciência ainda não descobriu exatamente por que gostamos dela.
Além de evocar memórias e diminuir o estresse, uma boa música pode reduzir dores físicas e aumentar o ritmo cardíaco – mas isso depende, é claro, da relação que você tem com ela. “É o ouvinte que dá vida às emoções na música”, explica o biólogo e musicólogo Oliver Grewe. Assim, uma música que deixa você feliz pode deixar outra pessoa triste, e vice-versa.
Para descobrir o que estaria por trás do nosso apreço pela música, muitos pesquisadores focam nas reações desencadeadas no cérebro. Em 2001, um estudo feito por cientistas da Universidade McGill (Canadá) mostrou que as regiões cerebrais ativadas por músicas marcantes são as mesmas vinculadas a outros estímulos intensos, como comida, sexo e drogas. Além disso, elas também interferem em áreas relacionadas a recompensa e emoção.
Do ponto de vista evolutivo, faz sentido que sintamos prazer com alimentação e sexo. Mas e com a música? Teria ela alguma relação com nossa sobrevivência? Ainda é um mistério.[Life’s Little Mysteries, LiveScience, foto]