Quase 12 anos se passaram desde o ataque ao World Trade Center em 2001 e até hoje o tema inspira discussões fervorosas na internet, especialmente entre pessoas que acreditam na “versão oficial” da história e as que defendem “versões alternativas”.
Para retratar a retórica usada pelos defensores dos dois “fronts”, pesquisadores da Universidade de Kent (Reino Unido) analisaram as seções de comentários de mais de 2 mil notícias divulgadas online sobre o 11 de Setembro. Por um lado, quem defendia a versão oficial, de que teria sido um ataque externo, normalmente apresenta uma atitude mais hostil ao tentar convencer os outros. Já aqueles que defendiam explicações extra-oficiais (de que o ataque foi premeditado pelo governo dos Estados Unidos, por exemplo) tinham mais propensão a se referir a outras “teorias conspiratórias” não diretamente relacionadas com o tema – como aquelas a respeito das mortes de John F. Kennedy e da Lady Di.
“Teorias da conspiração normalmente dizem mais respeito a desacreditar a história oficial do que a acreditar em uma alternativa, e isso se reflete em como muitas dessas discussões online ocorrem”, explica o psicólogo Michael Wood, um dos responsáveis pela análise.
Os resultados da pesquisa foram publicadas no periódico Frontiers in Psychology.[Medical Xpress, Frontiers in Psychology]