Ser ignorado no Facebook é tão ruim quanto na vida real

Por , em 4.04.2012

Se você acha que é mais fácil negar um pedido de amizade online do que evitar uma pessoa cara-a-cara, você não está sendo tão “misericordiosa” assim: esse tipo de exclusão dói tanto quanto o outro.

Segundo um novo estudo, pessoas que são excluídas por outras online, como nas redes sociais como o Facebook, podem sentir-se tão mal como se tivessem sido excluídas em uma interação normal, cara a cara.

“O Facebook, com seus cerca de 800 milhões de usuários, serve como um lugar para forjar ligações sociais. No entanto, é muitas vezes uma maneira de excluir terceiros, sem o constrangimento de uma interação cara-a-cara. Porém, ser ignorado ou rejeitado por meio de uma fonte remota como a internet faz tão mal quanto ser rejeitado em pessoa; as pessoas podem experimentar reações psicológicas semelhantes à exclusão na vida real”, disse um dos autores do estudo, Joshua Smyth, professor de saúde biocomportamental e de medicina, que conduziu experimentos com Kelly Filipkowski, professora de psicologia.

No primeiro estudo, a equipe pediu que mais de 275 estudantes universitários dissessem como se sentiriam em um cenário de exclusão hipotético, no qual eles seriam ignorados durante uma conversa.

Os participantes responderam que achavam que se sentiriam um pouco angustiados e que sua autoestima cairia, independentemente da rejeição ocorrer em uma sala de chat online ou pessoalmente. No entanto, eles esperavam que a exclusão pessoalmente os fizesse sentir-se pior.

No segundo estudo, os pesquisadores configuraram dois cenários em que 77 estudantes universitários (sem saber do que se tratava a pesquisa) foram ignorados durante uma encenação de conversa. Metade dos participantes foi excluída em pessoa, enquanto a outra metade foi excluída online.

Os alunos achavam que estavam participando de uma interação com outros dois alunos para discutir a formação de impressões em ambientes informais. Eles precisavam, depois da conversa, fornecer aos pesquisadores suas impressões sobre si e sobre os outros.

A equipe descobriu que os participantes de ambos os cenários responderam de forma semelhante ao ato de ser excluído. “Ao contrário de nossa expectativa, e da expectativa que os próprios alunos tinham antecipado, a resposta dos alunos a rejeição não foi primariamente caracterizada por angústia, mas sim por entorpecimento e distanciamento ou retirada”, disse Smyth.

“O que achei interessante é que a grande maioria dos participantes atribuiu sua exclusão aos outros indivíduos na sala. Em outras palavras, as pessoas queriam dizer que não era culpa delas, e sim dos outros. Isso pode ser um mecanismo de proteção para o humor e a autoestima”, disse Filipkowski.

Outra conclusão do estudo é que nossa cultura pode não diferenciar as interações pessoais e online tanto quanto nós pensávamos.

Mas isso pode ser positivo também. Interações online expressivas significam que o indivíduo pode melhorar seu bem estar físico e psicológico tendo mais acesso a oportunidades e relações no meio da internet.

No entanto, os pesquisadores advertem que estes resultados podem estar relacionados com os tipos de indivíduos que participaram de seu estudo. “As pesquisas foram realizadas com estudantes universitários que cresceram com a internet e tecnologias relacionadas”, disse Filipkowski. “Os resultados podem não se aplicar a pessoas que têm menos experiência com a tecnologia e comunicação remota”.[ScienceDaily]

13 comentários

  • Marc F.B.:

    Então eu sou um monstro destruidor de vidas XD , pois apesar de ter facebook, ignoro 90% das conversas que começam comigo.

    Mas a culpa também é delas. A maioria destas estudam no mesmo colégio que eu, mas nunca vieram falar comigo pessoalmente… Aí depois querem me gastar o eu tempo online? fala sério.

  • Lucas Adamis:

    Se vc é ignorado no Facebook tem uma maneira simples de resolver esse problema: Seja polemico 😉

  • Italo Da Silva Schettini:

    Acho que e ruim,mas a pessoa tem que saber superar isso,e desagradavel,so que tem coisas muito mais importantes pra se preocupar,do que em vez de perder tempo com bobagem,acho que facebook,orkut,twiter,myaspace,sao coisas pessoas,tem que adicionar nao pela quantidade,mas sim qualidade,tem selecionar as pessoas,de em vem de ta adiconando qualquer um,ja fui excluido,quando tamben ja excluir,e a vida,elas por elas,balacobaco,p segredo da vida e ser feliz,essas coisas e perca de tempo.

  • Weliton:

    Eu considero uma pesquisa desnecessária!

  • Sérgio C. Franca – Piracicaba/SP:

    Eu sou da opinião que tanto na vida real, quanto na virtualidade devemos manter contatos com pessoas, assuntos e comentários que nos são agradáveis ou de interesse comum…Acredito ser de grande hipocrisia aceitar a amizade de uma pessoa pelo simples fato de ser elegante; onde na realidade já não existe ou nunca existiu uma amizade suficientemente sólida para tal. Se minha negação ou desprezo vai gerar constrangimento, paciência…Antes ele(a) do que eu…

  • José Calasans:

    Não faço parte do facebook apesar dos convites,na vida real tenho poucos amigos os que valem apena ser chamado de amigo o resto são conhecidos.Concordo com o que foi citado acima,quem se preocupa com isso tem alguma carência afetiva.

  • @Giih_Liish:

    Pessoas que se importam muito com isso são fracas eu acho…

  • Neander Tao:

    Claro, ninguém escreve pedindo “Me ignore aí 😉 …”. (me ign aê… hehehe)

  • Victória:

    Claro que ninguém quer ser ignorado tanto na internet quanto na vida real,nos dois mundos você se pergunta”por acaso eles são melhores do que eu?”é só pensar.

  • telmo flores:

    tá, e qual o proveito desta m. de pesquisa?

    • Emerson Brito:

      Proveito financeiro para os pesquisadores ?

  • Lucia:

    Sou seletiva na vida real, passo na peneira pessoas que entram na minha residência… Nas redes sociais é diferente, aceito todos sem exceção, mas nem sempre respondo a todos…

  • Emerson Brito:

    Quem quiser me ignorar, que me ignore…

    Com certeza há muitos que ignoro também.

    Ninguém é obrigado a aceitar um pedido de amizade porque “fulano de tal” é amigo de um amigo meu. Se enviar uma mensagem dizendo algo que interesse fazer valer a pena aquela nova amizade, posso adicionar. Se não mandou nenhuma mensagem junto ao pedido de amizade, nego na hora.

    Adicionar uma pessoa só por adicionar, só para ter números, não é comigo.

    Prefiro qualidade à quantidade !

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