Será que você consome o suficiente em vitamina D?
A Vitamina D, para quem tem um conhecimento mínimo sobre biologia, representa aquela vitamina que ajuda o corpo a absorver o cálcio e sem a qual há risco de deficiência na formação de ossos e dentes. Mas as suas funções e os problemas de sua ausência vão muito além do sistema ósseo, e pesquisas recentes mostram que a esmagadora maioria da população não consome a quantidade de Vitamina D que deveria. Por essa razão, esta deve ser a vitamina mais debatida no meio científico nos próximos anos.
O mais interessante sobre a Vitamina D, talvez, seja o fato de que as fontes alimentícias para obtê-la são mínimas. Apenas o leite, o ovo, o fígado e algumas espécies de peixe fornecem Vitamina D ao corpo, e em quantidades muito baixas. A produção de Vitamina D no corpo, essencialmente, é oriunda da exposição da pele ao sol, hábito que quase deixou de existir para algumas pessoas nos dias de hoje. Alguns dos malefícios de não tomar sol, que se ouvem por aí, são exclusivamente devido à ausência de vitamina D no corpo, com por exemplo, o raquitismo.
Mas ter pouca Vitamina D no organismo acarreta muitas outras consequências negativas: pressão alta, problemas cardíacos, artrite nos ossos e uma variedade de doenças auto-imunes (quando há mau funcionamento de algumas células do próprio corpo, que passam a atacar suas “companheiras”). Devido a essa carência, a indústria alimentícia está sendo incentivada a colocar reforço de vitamina D em alguns alimentos, como o leite.
Pode-se mesmo dizer que a carência de Vitamina D na população mundial é mesmo um sintoma dos tempos modernos. Como explicam pesquisadores da Universidade de Harvard, a humanidade tem passado cada vez menos tempo exposta ao sol. Os primeiros ancestrais do homo sapiens surgiram perto da linha do equador, onde a exposição ao sol era abundante. Até não muito tempo atrás, a maioria dos trabalhos eram braçais, e as pessoas passavam a maior parte de todos os dias ao ar livre. Como hoje em dia algumas pessoas quase nunca tomam sol, suas fontes de Vitamina D são mínimas.
Os médicos recomendam que é necessário, para evitar problemas de saúde, que haja no sangue um mínimo de 40 nano gramas de Vitamina D por ml de sangue. Eles explicam ainda que o ideal, na verdade, seriam 50 nano gramas, o que era facilmente atingido por todas as pessoas até o início do século XX, mas que com 40 nano gramas ainda é possível ter uma saúde adequada.
E a cor da pele da pessoa, nesse caso, não tem absolutamente nada a ver com a quantidade de Vitamina D absorvida pelos raios solares. Uma pesquisa médica nos Estados Unidos indicou que, em média, caucasianos têm entre 18 e 22 nano gramas por ml (lembramos que a linha mínima para evitar problemas é de 40 nano gramas), e os afro-americanos têm apenas entre 13 e 15. O nível de melanina na pele, portanto, não faz diferença alguma, interessa apenas o quanto de sol o indivíduo toma.
Os médicos esclarecem que você não deve se torrar no sol por causa disso. No verão, basta ficar entre cinco e dez minutos diários exposto ao sol no horário de pico (entre 10 da manhã e 3 da tarde), com um protetor solar não superior ao fator FPS 30. O que se busca, nesse caso, é um equilíbrio: não se pode tomar sol demais, nem de menos. Um protetor solar muito forte realmente diminui a quantidade de Vitamina D, mas os doutores afirmam que o fator 30 é suficiente para qualquer pessoa evitar queimaduras e câncer de pele, não é necessário comprar um com fator mais alto.
Além disso, a Vitamina D que se absorve é “cumulativa”: se você absorver as quantidades recomendadas durante o verão, como indicam os médicos, terá uma reserva de Vitamina D para o inverno, quando inevitavelmente vai estar menos exposto ao sol. [The New York Times]
4 comentários
Gostaria de corrigir algumas coisas:
1° As fontes de vítamina D por meio de alimentos não são mínimas,elas são ESCASSAS!A vítamina D presente no leite,ovos e outros alimentos é a vítamina D2,ao passo que a vítamina que precisamos é a D3,exta se obtém apenas da exposição solar.
2°O uso de protetor solar tem de ser controlado por especialista.Os raios solares que promovem cancer são os UVB(fator pps)e os que promovem vitamina D no nosso corpo são os UVA(fator fps).Boa parte dos protetores solares têm apenas o fator fps,que têm como único benefício impedir o envelhecimento da derme mas faz isso por um preço muito alto:ele bloqueia a absorvição de vítamina D por parte do corpo.O protetor precisa ser contra os raios UVB!!!Protetores esses que custam caro!
3°A pele é um fator que interfere sim!A melanina é uma proteção natural da pele aos raios UVA e UVB,a desvantagem disso é que quanto mais escura a pele,mais tempo de exposição solar ela precisa para absorver suas necessidades de vítamina D.Países frios como Noruegua,Suécia,entre outros,é comum encontrar pessoas de pele branca pelo simples fato de não haver muito sol lá,logo,a pele não precisa de proteção e ao mesmo tempo facilita a absorvição de vítamina D.Um negro num país nórdico teria problemas em manter suas necessidades da vítamina pelo simples fato de sua pele protege-lo constantemente dos poucos raios UVA e UVB presentes nessas regiões.
A cor da pele é uma adaptação ao ambiente em que a pessoa é expostas.Qualquer geração de negros se tornariam completamente brancos ao passar dos séculos se mantidos em regiões com poucos raios solares.O oposto ocorreria a uma geração de brancos também.Trata-se de Adaptação.
Everton, nao seja radical, ali falam de 5 a 10 min. apenas, e isso nao vai lhe trazer nenhum mal, e ainda tem o protetor solar pra ajudar, o que nao pode e ficar muito tempo nesses horarios, entao relaxa e vai curtir um solzinho… abraço.
Pelo amor de Deus, isso está errado. Pergunte a qualquer dermatologista. Devemos evitar os raios do sol entre 10 horas da manhã e 4 horas da tarde.
O último parágrafo achei mto interessante , num sabia q era “acumulativo” como o texto citou!