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Tecnologia na escola: ajuda ou atrapalha?

Dispositivos móveis estão cada vez mais se tornando ferramentas de ensino, da pré-escola até a pós-graduação.

Uma recente pesquisa do Pew Research Center, nos EUA, descobriu que 58% dos professores norte-americanos possuem smartphones – 10% a mais que a média nacional para adultos. Os professores estão abraçando políticas do tipo “traga seu próprio dispositivo” nas classes e pedindo que as escolas possuam e ofereçam tablets para seus alunos.

Mas o que esses dispositivos móveis realmente acrescentam às aulas? Essa tendência tecnológica vai além de conquistar a atenção dos alunos ou é apenas uma maneira chamativa de alcançar os mesmos objetivos possíveis com a instrução analógica?

Os benefícios da tecnologia móvel

A pesquisa do Pew Research Center pediu a um grupo de professores que analisasse o impacto educacional da tecnologia na sala de aula. Eles descobriram que:

Outras pesquisas também viram vantagens. A empresa PBS Kids, em parceria com o Departamento de Educação dos Estados Unidos, descobriu que o vocabulário das crianças com idades entre 3 e 7 anos que usavam o aplicativo “Martha Speaks” melhorou até 31%.

A Universidade Cristã Abilene realizou uma pesquisa na mesma época em que concluiu que estudantes de matemática que usaram o app “Estatísticas 1” viram melhora em suas notas finais. Eles também se sentiram mais motivados em terminar aulas em dispositivos móveis do que através de livros didáticos tradicionais.

Além disso, mais um estudo descobriu que 35% dos alunos do 8º ano se sentiam mais interessados em suas aulas ou atividades quando usavam tablet, e no geral excederam as expectativas acadêmicas dos professores ao usar os dispositivos. 54% dos alunos ainda disseram se envolver mais nas aulas que utilizam tecnologia e 55% disseram que gostariam que seus professores usassem mais jogos educativos ou simulações para ensinar lições.

Desvantagens

Ao lado dos benefícios, os dispositivos móveis certamente vêm com a sua quota de complicações. A autoridade do professor, por exemplo, é uma área que pode ser facilmente posta em causa quando a tecnologia móvel é permitida em salas de aula.

Existe também a questão do custo. É claro que há um preço associado com a tecnologia. E, mesmo que as crianças possam trazer seus próprios dispositivos, ainda vai haver o problema da disparidade – com certeza, alguns alunos são mais privilegiados do que outros, o que pode causar várias dificuldades.

Políticas de tecnologia também são mais difíceis de implementar em aparelhos eletrônicos pessoais do que em dispositivos de propriedade da escola – esses últimos podem vir com programas pré-instalados certos e não permitir qualquer atividade que não tenha a ver com o aprendizado. Um dispositivo que vai para casa com o estudante, no entanto, não pode ter as mesmas regras.

Há ainda questões de privacidade a se considerar. Será que queremos terceiros seguindo nossos alunos nos seus percursos de aprendizagem? E os professores devem ter acesso ao que os alunos fazem em seus dispositivos móveis quando fora da sala de aula?

Tecnologia móvel nas salas de aula: o que funciona?

Apenas a tecnologia móvel na sala de aula não garante um aumento da compreensão ou mesmo da atenção dos alunos. Então, quais tipos de uso da tecnologia móvel fazem mais sentido para o aprendizado?

Em resumo:

 

Conclusão

A aprendizagem móvel pode de fato fazer uma diferença positiva na forma como os alunos instruem-se. Quando usada da maneira correta, tem o potencial de ajudar os alunos a aprender e se engajar mais.

Mas os dispositivos não são a salvação. Professores competentes são tão necessários quanto a tecnologia na Era da Informação, para equilibrar as vantagens educacionais móveis com interação saudável a fim de maximizar o valor de ambos. [Gizmodo]

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