O telescópio espacial NuSTAR, da NASA, fez sua primeira grande descoberta recentemente: ele encontrou 10 buracos negros monstruosos, escondidos no coração de galáxias distantes.
Segundo os astrônomos, as descobertas foram feitas “por acaso”, enquanto eles revisavam informações coletadas pelo poderoso telescópio de raios-X, projetado especificamente para caçar buracos negros.
“Nós estávamos olhando para alvos conhecidos e vimos os buracos negros no fundo das imagens”, explica David Alexander, professor no departamento de física da Universidade de Durham (Inglaterra).
Em seguida, a equipe confirmou o que viu com observações do observatório de raios-X Chandra, da NASA, e do satélite XMM-Newton, da Agência Espacial Europeia. O resultado foi publicado no Astrophysical Journal.
Os cientistas dizem que esses 10 buracos negros são apenas o começo de centenas de descobertas esperadas. Depois que cada buraco negro supermassivo for catalogado, eles esperam entender melhor a população desses objetos espaciais.
Encontrando buracos negros
Em 1962, astrônomos encontraram um brilho de raios-X no fundo do universo, e não sabiam de onde ele vinha. Hoje, os cientistas sabem que o brilho (também chamado de fundo cósmico de raios- X) vem de buracos negros supermassivos muito distantes – alguns dos quais chegam a ter 17 bilhões de vezes mais massa do que o sol. Mas como estes buracos negros se formam ainda é um mistério. O novo estudo deve ajudar a esclarecer algumas questões.
Enquanto NuSTAR pode detectar esses grandes buracos negros, outras medidas (como massa) vêm de outros observatórios da NASA, como o WISE (Wide-field Infrared Survey Explorer) e o Telescópio Espacial Spitzer. [LiveScience]