10 espécies descobertas em 2015

Por , em 21.05.2015

Uma comissão internacional de taxonomistas selecionou o top 10 de espécies descobertas em 2015, entre as cerca de 18.000 novas espécies nomeadas durante o ano anterior.

A lista foi liberada para coincidir (mais ou menos) com o aniversário de Carolus Linnaeus (23/05), considerado o pai da taxonomia moderna. Seu trabalho, desenvolvido em meados do século 18, foi o ponto de partida para a “moderna” nomeação e classificação de plantas e animais.

10. Dinossauro emplumado (Anzu wyliei)

espécies descobertas em 2015

Uma mistura de pássaro e dinossauro, Anzu wyliei pertence ao grupo que viveu na América do Norte. Contemporâneo do famoso T. Rex e do Tricerátopos, esta espécie fazia ninhos e sentava-se sobre os ovos até que eles se chocassem. Entre as suas características de pássaro estavam coisas como penas, ossos ocos e um focinho curto com um bico de papagaio. Estes onívoros parecem ter vivido em várzeas comendo vegetação, animais pequenos e possivelmente ovos também. Três esqueletos parciais bem preservados foram descobertos nos Estados Unidos. Como se parece com uma galinha gigante, este novo dinossauro foi apelidado de “galinha do inferno” – uma galinha com 1,5 m de altura e pesando algo em torno de 300 kg.

9. Coral Flora (Balanophora coralliformis)

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Esta planta parasita tem uma ramificação incrível e textura áspera em seus tubérculos que ficam acima do solo. Esses tubérculos dão a este parasita uma aparência de coral.

Plantas parasitas não contêm clorofila e são incapazes de fazer fotossíntese, assim elas têm que tirar sua nutrição de outras plantas vivas. Esta espécie é, até agora, conhecida a partir de menos de 50 plantas, todas encontradas entre 1.465 m e 1.735 m de altitude na encosta sudoeste da montanha Mingan, em áreas de florestas cobertas de musgo. Como tão poucas plantas são conhecidas em áreas tão hostis, os cientistas acreditam que a espécie corre sérios perigos de extinção.

8. A aranha ginasta (Cebrennus rechenbergi)

espécieis descobertas em 2015

Este aracnídeo ágil do deserto usa um truque de ginasta para escapar de situações ameaçadoras: dá cambalhotas charmosas. Quando o perigo se aproxima, a aranha assume uma postura ameaçadora primeiro, para tentar afastá-lo. Se o perigo persiste, a aranha corre e, em seguida, dá um show de ginástica olímpica. E o terreno não é um desafio: a aranha pode girar em espaços planos, bem como subindo e descendo colinas.

7. O X-Phyla (Enigmatica dendrogramma)

espécie descoberta em 2015

Essa é uma espécie de animal multicelular que se parece um pouco com cogumelos, com uma boca em uma extremidade, e a outra extremidade em forma de um disco achatado.

6. Deuteragenia ossarium

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Este inseto, que chega a até cerca de 15 milímetros, tem uma forma única de proteger sua prole. Constrói ninhos com várias células, cada uma separada por uma micro barreira. Então, mata aranhas e coloca uma em cada célula, para fornecer alimento para o desenvolvimento de seus filhotinhos. Uma vez que seu ovo é colocado, ela preenche o ninho com até 13 corpos de aranhas mortas, criando assim uma barreira química para o ninho. Este é o primeiro animal conhecido por ter esta abordagem para garantir a sobrevivência do ninho. A espécie, encontrada no leste da China, tem taxas de parasitismo significativamente mais baixas do que outras vespas semelhantes.

5. Sapo indonésio (Limnonectes larvaepartus)

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Toda regra tem uma exceção. Ao contrário de outras rãs, a Limnonectes larvaepartus, da ilha de Sulawesi, na Indonésia, dá à luz girinos que são depositados em piscinas de água. Em uma ocasião, inclusive, uma fêmea deu à luz um girino na mão de um cientista no momento em que foi capturado. Menos de uma dúzia de 6.455 espécies de sapos do mundo têm fecundação interna. Essa espécie tem cerca de 40 mm e é encontrada na península setentrional da ilha na borda ocidental do Núcleo Central. A região não foi totalmente explorada para saber mais sobre esses animais, de modo que a extensão da gama desta espécie ainda não é conhecida. Os sapos vivem em habitats florestais naturais e degradados, muitas vezes em áreas ocupadas por outras espécies do mesmo gênero. São encontrados em vegetação gramínea ou em substratos rochosos.

4. Bengala (Phryganistria tamdaoensis)

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Apesar de não ser o mais longo do mundo, esse inseto pertence a uma família conhecida como “paus gigantes”. Pega mal falar assim, mas, cá entre nos: impressiona. O Phryganistria tamdaeoensis deu provas convincentes de que, apesar de seu tamanho, a descoberta dessas varas gigantes mestres da camuflagem ainda está longe de terminar.

3. Lesma do mar (Phyllodesmium acanthorhinum)

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Para esta lesma do mar, a competição Top 10 foi mais do que um concurso de beleza. Ela representa um “elo perdido” entre lesmas do mar que se alimentam de hidras e as especializadas em corais. Esta nova espécie também contribuiu para uma melhor compreensão da origem de uma simbiose incomum em outras espécies do gênero.

2. Bromélia (Tillandsia religiosa)

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Tillandsia religiosa podem ser encontradas crescendo a até 1,5 m de altura em habitats rochosos em regiões do norte de Morelos, no México.

1. Novo baiacu (Torquigener albomaculosus)

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Esse novo peixe foi encontrado no fundo do oceano ao largo da costa de Amami-Oshima Island, e era tão estranho e inexplicável que deixou todo mundo de boca aberta.

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Esses animais vivem dentro de círculos minuciosamente cavados, e são na verdade uma nova espécie de baiacu, chamada de Torquigener albomaculosus. Os machos constroem círculos como ninhos de desova e se contorcem na areia do fundo do mar. Os ninhos, usados apenas uma vez, são feitos para atrair as fêmeas. Eles têm bordas duplas e depressões que irradiam em uma geometria curiosa. Os cientistas também descobriram que as cristas e ranhuras desses círculos servem para minimizar a corrente oceânica no centro do ninho.

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Isso protege os ovos das águas turbulentas e, possivelmente, de predadores também. Yoji Okata, um fotógrafo subaquático, foi o primeiro a observar esse comportamento artístico. Posteriormente, uma equipe de televisão realizou uma expedição para registrar o fenômeno. [esfreuterssciencedaily]

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