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Você deve jogar os alimentos fora quando ultrapassam a data de validade?

Pouca gente pensa duas vezes antes de jogar fora um alimento que passou do prazo de validade – afinal, por que se arriscar? O problema é que, embora seja uma informação útil para o consumidor, o prazo nem sempre é devidamente interpretado: normalmente, ele indica a data a partir da qual o produto começa a perder qualidade, o que pode nos dar uma “margem de segurança” – dependendo do produto.

Recentemente, um estudo feito em parceria por pesquisadores da Harvard Law School’s Food Law and Policy Clinic e do Natural Resources Defense Council (NRDC) dos Estados Unidos mostrou que mais de 90% dos estadunidenses jogam comida fora prematuramente – um cenário que não deve ser muito diferente do que acontece no Brasil, já que a confusão a respeito de datas de validade não é exclusiva de um país.

A inclusão do prazo de validade (junto com outras informações) em embalagens começou a ganhar força nos Estados Unidos na década de 1970 e serve para indicar até quando o produto está o mais fresco e com melhor qualidade possível. “Não há problema em indicar isso, contanto que o prazo seja comunicado de forma clara aos consumidores, e que eles saibam seu significado”, destaca a pesquisadora Emily Brad Leib, de Harvard. “Deveria haver um padrão quanto às datas e às palavras usadas [como ‘expira em’, ‘consumir antes de’ ou ‘consumir preferencialmente até’]. Trata-se de qualidade, não de segurança. Você pode decidir por si mesmo se um alimento continua com qualidade aceitável”.

Vale dizer, contudo, que há controvérsia em relação a essa última frase, pois nem sempre o cheiro, a aparência ou o sabor são indicadores suficientes para saber se um alimento está próprio para ser consumido.

Outra sugestão apontada pelos pesquisadores é a de não incluir prazo de validade de forma indiscriminada, mas de acordo com o tipo de produto. “Algumas vezes um produto precisa de prazo de validade, outras vezes, não. Às vezes um produto não pode ser vendido depois de certa data. Ou pode não haver qualquer pré-requisito”, explica Dana Gunders, do NRDC. [CNN; NRDC]

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