5 filmes com histórias absurdas que… já aconteceram na vida real

Por , em 27.05.2014

Às vezes a verdade é mais estranha que a ficção. Ou então, exatamente tão estranha quanto a ficção. Confira histórias bizarras verdadeiras que vão fazer você querer mudar de canal:

5. Homem recebe coração transplantado de vítima de suicídio e comete suicídio por causa da mesma mulher

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Fora da ficção (especialmente nos filmes de terror), creio que ninguém tem medo de receber um órgão doado e adotar de repente os costumes da outra pessoa. A não ser quem viu “Body Bags”. Neste filme, Mark Hamill é um jogador de beisebol que recebe um transplante de olho de um cara que matava mulheres e fazia sexo com os cadáveres. Naturalmente, ele começou a fazer exatamente a mesma coisa.

Aparentemente, Sonny Graham nunca viu esses filmes. Aos 50 e poucos, na Carolina do Sul (EUA), o empresário recebeu um transplante de coração não de um serial killer, mas de um doador que havia cometido suicídio. O órgão veio de Terry Cottle, um homem de 33 anos de idade que deu um tiro em sua cabeça depois que sua esposa o abandonou porque ele não estava ganhando dinheiro suficiente. Uma década mais tarde, Graham acabou fazendo a mesma coisa, usando o mesmo método, e por causa da mesma mulher. Juro.

Sonny e Cheryl

Sonny e Cheryl

Depois de se recuperar do transplante em 1995, Graham escreveu uma carta de agradecimento para a viúva do doador, Cheryl Cottle. Uma coisa levou a outra, e alguns anos mais tarde Sonny e Cheryl se casaram. O casal parecia muito feliz até que, em 2008, em meio a graves problemas financeiros e românticos, Graham colocou uma arma em sua garganta e se matou. Espero que seu coração não tenha ido para mais ninguém.

4. Presos têm chance de reduzir sua pena ganhando lutas

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Pessoas forçadas a lutar para diversão de seus captores a fim de ganhar sua liberdade é um assunto recorrente em Hollywood, abrangendo filmes com Arnold Schwarzenegger até Jennifer Lawrence.

“Felon”, estrelado por Val Kilmer, é um filme baseado numa história verdadeira que ocorreu na Prisão Estadual da Califórnia, onde os guardas forçavam os presos a lutar para seu entretenimento, fazendo apostas sobre os vencedores. Também, ano passado, guardas de uma prisão na Pensilvânia (EUA) foram presos por fazer detentos lutarem por comida. Enquanto isso, em Oklahoma (EUA), um centro de detenção mantinha clubes de luta.

Esses exemplos, no entanto, são de atos desonestos feitos por agentes penitenciários entediados e mal pagos. Logicamente, essa não é uma política nos EUA, embora muitas tramas mostrem confrontos entre prisioneiros que são de alguma forma oficiais ou obrigatórios.

Nesse casso, eles podem estar retratando a Tailândia. Em um programa de apoio público, presos tailandeses podem realmente reduzir seu tempo na prisão se treinarem e depois lutarem em disputas especiais de muay thai. Um detento sentenciado a 50 anos por porte de drogas diz já ter diminuído 10 anos de cadeia com lutas. Provavelmente é exatamente isso que um criminoso precisa: além de já ser traficante, se tornar uma verdadeira máquina de matar.

3. Um educador desenvolve câncer e se torna um traficante

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Muitos já conhecem a famosa trama do seriado americano de enorme sucesso, “Breaking Bad”. Um professor de química, Walter White, é diagnosticado com câncer terminal e passa a cozinhar metanfetamina para deixar dinheiro para sua família.

Um drogado da vida real chamado Walter White foi preso há pouco tempo por vender metanfetamina. Apesar de isso ser estranho, é apenas uma coincidência – esse é um nome bastante comum nos EUA e certamente alguns Walter são chegados no cristal.

Entra Stephen Doran. Esse educador estava lutando contra o câncer e em tratamento, mas ainda assim todos pensavam que os problemas mais difíceis enfrentados por ele eram de natureza algébrica. Isso até um quilo de metanfetamina vinda do seu “bico” como um traficante de drogas ser acidentalmente enviado para o mesmo prédio onde ele ajudava a moldar as mentes das crianças do futuro.

Stephen

Stephen

A semelhança com a ficção termina aí. Enquanto Walter White teria se salvado no último minuto com alguma ideia maluca e altamente questionável, Doran foi pego. Os policiais encontraram mais de US$ 50.000 (R$ 100 mil) em metanfetamina escondida em sua casa. A escola destacou que ele não era um professor, mas sim “apenas” um tutor.

2. Germes do espaço infectam uma cidade remota

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O filme de ficção cientifica dos anos 70 “O Enigma de Andrômeda” mostra a queda de um satélite militar em uma pequena cidade ocidental, que infecta um monte de gente com um germe do espaço que faz o sangue coagular. Há ainda sugestões sinistras que isso pode ser trabalho do governo.

Bizarramente, em setembro de 2007, algo parecido aconteceu com as pessoas da cidade peruana de Carrancas. Um meteoro caiu lá, e as pessoas que visitavam o local ficaram doentes, queixando-se de dores de cabeça, vômitos e náuseas. A condição foi inicialmente atribuída à fumaça que o meteoro causou, mas a explicação oficial dada mais tarde foi a de que o acidente simplesmente “libertou” enxofre e arsênio do solo da cidade.

Como as pessoas de lá estavam vivendo em um bloco de veneno todo esse tempo sem consequências? Parece estranho, não?

Pior: em setembro de 2006, apenas um ano antes da “praga de Carrancas”, cientistas da NASA trouxeram alguns germes que tinham enviado ao espaço para testar se viagens espaciais tinham algum efeito sobre a salmonela. Quando eles analisaram as cepas em ratos, descobriram que os germes estavam 300% mais mortais do que suas contrapartes terrestres. De se pensar…

1. Cientista cria chimpanzé como um bebê humano e depois o abandona em uma gaiola

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Na comédia americana “Bedtime for Bonzo”, estrelando o ex-presidente dos EUA Ronald Reagan, um chimpanzé é amorosamente criado como um bebê humano, mas acaba sendo vendido pelo presidente da faculdade para estudos científicos, quando este fica sem dinheiro. Em “Planeta dos Macacos: A Origem”, há um gerente de abrigo de animais que deixa o inteligente César junto com outros macacos normais e o maltrata.

O que isso tem a ver com a realidade?

Na década de 1970, o psicólogo da Universidade de Columbia Herbert Terrace resolveu criar um chimpanzé bebê com uma família humana para ver se ele podia aprender a se comunicar através de linguagem gestual. Seu nome era Nim Chimpsky (em homenagem a Noam Chomsky).

Nim aprendeu mais de 120 sinais e os usava de uma forma que sugeria que realmente entendia a ideia da linguagem, ao invés de apenas imitá-la. Mesmo assim, quando ficou sem dinheiro para a pesquisa e Nim tornou-se agressivo (isso só aconteceu depois que o animal foi abandonado e se mudou várias vezes), Terrace declarou o experimento um fracasso e enviou Nim para um centro de pesquisa de primatas em Oklahoma.

Esse chimpanzé que só tinha vivido com seres humanos, podia se comunicar em linguagem humana, cresceu em uma casa humana e usava roupas humanas foi subitamente mantido em uma gaiola com outros chimpanzés. Como a realidade é ainda pior que o cinema, um ano depois, o centro foi fechado e Nim foi vendido para um laboratório da Universidade de Nova York que estava fazendo pesquisas com animais sobre a tuberculose.

Em Hollywood, Nim poderia ter se revoltado e escalado um arranha-céu. Felizmente, para manter nossa fé na humanidade, algumas pessoas caridosas conseguiram transferir Nim para um santuário animal, onde ele viveu por mais 19 anos. [Cracked]

4 comentários

  • Jhonata Ferreira:

    A Nasa, com seus experimentos com vírus pode ser um avanço ou uma “Umbrella Corporation” , pois se conseguissem combater o vírus até “300%” mais forte como o da Salmonela, assim qualquer vírus (Salmonela) mais fraco que 300% seriam facilmente tratados em pouco tempo. Agora, se um vírus Ebola ou Varíola “300%” mais fortes e acidentalmente saíssem dos laboratórios da Nasa por exemplo, começaria dai uma nova trama da vida real parecida como filme “Resident Evil”.

  • Monica Mazzoni:

    Nossa, essa do chimpanzé foi para matar um coração despedaçado! Como uma pessoa pode erguer um animal e abandoná-lo dessa forma? Pobrezinho. Ainda bem que o final não foi de todo infeliz.

  • tijolin:

    A ideia do detento participar de lutas para diminuir sua pena não é tão absurda assim. Porém melhor ainda seria se houvesse um regime de trabalho forçado. Afinal, manter esse povo lá dentro sem nenhuma atividade, somente com suas “cabecinhas criativas” pensando nas inúmeras formas de se vingar quando saírem, não é uma maneira muito eficaz de corrigi-los. Acredito que nem a metade dos que estão atrás das grades precisavam desse tipo de “correção”. Pelo menos não desse modelo atual brasileiro.

    • Dinho01:

      Mas transformá-los em armas de luta não parece uma decisão muito sábia.Que tal educá-los e fazê-los encarar os erros que cometeram?

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