5 histórias verdadeiras (e insanas) de reféns que escaparam de seus captores

Por , em 13.09.2014

Chega de tragédias, histórias dramáticas com fins tristérrimos, ou listas sombrias. O artigo de hoje deve servir como guia para os todos os malvados e criminosos desse mundo lembrarem que eles não são os mais espertos de todos. É melhor que eles tenham medo de raptar as pessoas, porque elas podem acabam os fazendo de idiotas.

Confira histórias verdadeiras e malucas sobre reféns que escaparam de seus captores:

5. O ator Benedict Cumberbatch atuou para ser liberado de um sequestro

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O Oscar do ator britânico Benedict Cumberbatch deveria ir para a vez que ele atuou para convencer sequestradores a libertá-lo.
Em 2005, Cumberbatch estava na África do Sul filmando uma minissérie de TV. Uma noite, depois de um dia cansativo, ele e seus amigos ficaram parados na estrada quando seu pneu furou.

Para pegar o pneu de reposição, eles precisaram tirar toda sua bagagem do porta-malas e empilhá-la na beira da estrada, o que chamou a atenção de criminosos locais. Uma gangue de seis sul-africanos deteve o grupo com uma arma e exigiu dinheiro, armas e drogas. Com pouco dinheiro, menos maconha ainda e nenhuma arma mortal, Cumberbatch e seus colegas foram amarrados.

Daí começou a atuação: Cumberbatch reclamou que ser amarrado interferia com a sua circulação, de modo a quadrilha parou o carro e ameaçou colocá-lo no porta-malas. O ator, então, começou a contar inúmeros problemas que ele tinha, inclusive no coração, e basicamente disse que ia morrer se ficasse trancado dentro do porta-malas. Um inglês morto no carro certamente seria um problema para a gangue. Sem contar que o valor de revenda do veículo iria por água abaixo.

Cumberbatch contou um monte de lorotas (ou, como é chamado quando pessoas bonitas fazem isso, “atuou”), mas funcionou. Os sequestradores liberaram todo mundo, graças ao poder de convencimento do britânico.

4. O jornalista japonês Kosuke Tsuneoka tuitou seu próprio sequestro

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Em abril de 2010, Kosuke, um correspondente de guerra, estava trabalhando na cidade de Kunduz, no Afeganistão, que era controlada pelo Taliban. Ele acabou preso pelo grupo insurgente Hezbi Islami. Kosuke foi alimentado e bem tratado pelos sequestradores, exceto pela parte na qual eles ameaçaram matá-lo se o governo japonês não enviasse grandes quantidades de dinheiro para o grupo.

Após cinco meses de cativeiro, o jornalista estava ficando desesperado. Em seguida, veio a salvação, em uma caixa Nokia. Um dos sequestradores ganhou um novo telefone Nokia N70 e não sabia como configurá-lo, mas assumiu que Kosuke, um japonês, saberia.

Kosuke conversou com o soldado sobre essa coisa maravilhosa chamada internet, que o soldado nunca tinha visto antes. Na promessa de que eles poderiam ver transmissões da Al Jazeera, os sequestradores permitiram que o repórter pedisse, através de um telefonema para o serviço ao cliente, uma conexão web. Os sequestradores também deixaram Kosuke baixar o Twitter, mas ao invés de criar uma conta para eles, Kosuke acessou sua própria conta e contou ao mundo que ainda estava vivo. Sete minutos depois, também tuitou sua localização e o nome de seu sequestrador.

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Kosuke foi liberado no dia seguinte. Seus sequestradores alegaram que ele foi solto devido ao fato de ter se convertido à religião islâmica, mas provavelmente foi porque seus planos foram completamente revelados. Ou talvez eles estavam apenas gratos a Kosuke por ele ter aberto seus olhos para um novo mundo de pornografia e memes de gato.

3. O mochileiro inglês Matthew Scott pulou em um penhasco para fugir de um sequestro

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Em 2003, Matthew Scott, um inglês de 19 anos, estava fazendo uma caminhada como parte de um grupo de 15 mochileiros pelas montanhas colombianas Sierra Nevada de Santa Marta. De repente, o Exército de Libertação Nacional da Colômbia, afirmando ser paramilitares, interceptou o grupo e disse que iam levá-lo por um caminho mais seguro. No entanto, só escolheram oito dos turistas, abandonando aqueles que eram “fisicamente inaptos ou não tinham sapatos de caminhada resistentes”. Infelizmente para Scott, ele estava entre o grupo de elite. Um pouco mais tarde, a caminhada se revelou na verdade um sequestro.

O grupo estava sendo levado por um caminho estreito na montanha, quando começou a chover torrencialmente. Scott viu nisso a oportunidade perfeita para abandonar o expresso do sequestro. Ele ouviu o som de água corrente à sua direita e simplesmente pulou de um penhasco para o rio abaixo. Foi por pura sorte que ele não fraturou seus braços, pernas ou crânio.

Depois de ser levado pela corrente por um tempo, Scott chegou em terra. Mas ele não estava fora de perigo ainda – estava em uma selva, para ser mais exata. Ele vagou por entre a vegetação sozinho por mais 12 dias, sobrevivendo apenas com água e força de vontade. Eventualmente, se deparou com uma tribo local que lhe deu comida e o enviou para o exército.

Scott foi salvo. Os outros mochileiros foram libertados três meses depois, mas Scott tem uma história mais legal para contar em bares.

2. Menina de 7 anos chamada escapa de sequestro mesmo estando amarrada e presa em porão

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No ano de 2002, na Filadélfia, EUA, James Burns e Edward Johnson ouviram dizer que seus vizinhos, a família Pratt, tinham tragicamente perdido um tio. Os dois cidadãos preocupados decidiram consolá-la, raptando um dos seus membros para resgate em troca do seguro de vida do tio.

E assim eles sequestraram Erica, de 7 anos. Dois problemas: pode nunca ter havido qualquer dinheiro de seguro, e Erica era na verdade uma espécie de Chuck Norris preso no corpo de uma menina.

Depois de ser capturada em uma calçada perto de sua casa, suas mãos foram amarradas com fita adesiva e seus olhos vendados. A garota foi jogada em um porão escuro, enquanto os sequestradores lidavam com as negociações. Enquanto a maioria das crianças teria passado a noite chorando (ao contrário dos adultos, que teriam chorado E se borrado), Erica decidiu fazer algo produtivo com seu tempo e, lentamente, mordeu a fita adesiva.

Ao amanhecer, ela já tinha conseguido se livrar da fita, e depois de liberar suas pernas, Erica sentiu ao redor do porão escuro como breu até a porta… que estava trancada. A menina não se abateu – começou a chutar a porta em vez disso. Na sala ao lado, Erica socou a janela e gritou por socorro, alertando moradores e autoridades. Dentro de uma hora, estava segura.

Burns e Johnson foram pegos pela polícia no dia seguinte. É provavelmente uma boa coisa que eles não estavam em casa quando Erica escapou, ou este texto poderia ser diferente (pior para eles, provavelmente).

1. Hassan Khalil consegue destruir os piratas que sequestraram seus navios

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Hassan Khalil era proprietário de dois barcos de pesca egípcios apreendidos por piratas ao largo da costa da Somália, em abril de 2009. Os piratas exigiram milhões de dólares em resgate dos navios e tripulantes.

Após quatro meses, Khalil conseguiu convencê-los a abaixar esse valor para US$ 800.000 (cerca de R$ 1,8 milhões) e a deixá-lo ficar a bordo do navio para que pudesse ver como sua tripulação estava.

Ele embarcou esperando que os piratas honrassem o acordo e não o machucassem, pelo menos não antes que ele pudesse sinalizar sua tripulação para distraí-los a fim de que eles não notassem a enxurrada de balas vindo em sua direção.

Os piratas estavam tão cegos por dinheiro que não notaram a milícia somali contratada por Khalil se aproximando. Um tiroteio se seguiu. Até a tripulação sequestrada juntou-se à briga, atacando seus captores com facas, ferramentas e basicamente qualquer outra coisa que conseguissem colocar suas mãos. Os piratas perderam a batalha: dois morreram e um foi esfaqueado e jogado ao mar. O restante está incapacitado até hoje.

Os piratas vivos foram levados cativos pela tripulação até o Egito para serem julgados por seus crimes. Khalil foi homenageado com o título “O Batedor de Piratas”. Justo, não? Embora eticamente questionável. [Cracked]

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