6 grupos isolados que não sabiam que a civilização existia

Por , em 24.02.2015

Você pode lutar contra a sociedade moderna e toda a sua tecnologia, ficando de fora das redes sociais ou até mesmo tomando medidas mais extremas como não ter conta em banco ou usar telefones celulares.

Mesmo assim, você não vai ganhar dos seis grupos abaixo, que viveram ou vivem em isolamento total sem perceber que existe qualquer civilização diferente no mundo.

6. Sentineleses ou Sentinelas

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A tribo dos Sentineleses (ou Sentinelas) vive na Ilha Sentinela do Norte, na Índia. Sua denominação vem da ilha, porque ninguém realmente sabe como eles chamam a si mesmos. Na verdade, de um modo geral, não sabemos quase nada sobre eles. Depois que sobreviveram ao tsunami de 2004 que varreu a região (outra coisa que não sabemos: como eles conseguiram fazer isso), alguns helicópteros sobrevoaram o local para fotografá-los e garantir que ainda estavam vivos – de resto, não temos nenhuma outra informação.

Em 2006, dois pescadores cujo barco caiu em águas rasas perto da ilha foram mortos pelos Sentineleses e enterrados em covas rasas. Helicópteros localizaram seu local de sepultamento, mas não foram capazes de pousar porque o pessoal da tribo imediatamente começou a atirar flechas contra eles (apesar do fato de que tinham, basicamente, nenhuma ideia do que um helicóptero era). Policiais locais se recusaram a ir recolher os corpos alegando que, se tentassem, seriam “mortos por dardos envenenados”.

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Até os nossos antepassados mais corajosos e desbravadores que colonizaram e mataram todo mundo que puderam não conseguiram dominar os Sentineleses. Marco Polo os chamou de “uma geração violenta e cruel que parece comer todos que pegam”. Em outras palavras, durante centenas de anos em que o resto do mundo estava sendo invadido e conquistado, esses caras eram tão hostis que todos decidiram simplesmente desistir e deixá-los em paz.

5. Tribo Korowai

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A tribo Korowai de Papua, na Indonésia, foi contatada pela primeira vez na década de 1970 por arqueólogos e missionários. Na época, ainda estavam usando ferramentas de pedra e vivendo em casas de madeira. Desde então, estão praticamente da mesma forma.
Os Korowai acreditam que todo o mundo seria destruído por um terremoto se eles mudassem seus costumes. Sendo assim, os missionários decidiram desistir de doutriná-los.

Mesmo por que, daria muito trabalho só de ir até lá. A localização dos Korowai é tão densamente arborizada e montanhosa que a maioria de suas aldeias nem sequer têm contato umas com as outras, e muito menos com o mundo exterior. Quando a tribo foi supervisionada por funcionários do censo em 2010, eles primeiro tiveram que caminhar por duas semanas depois de uma longa viagem de barco a partir das aldeias mais próximas já bastante isoladas. Além disso, em vez de desencorajar o turismo através de uma aplicação liberal de assassinato, como os Sentineleses, os Korowai parecem contentes em simplesmente pregar pegadinhas nas pessoas.

Além do terremoto totalmente real que eles “juram” que vai acontecer se colocarem calças alguma vez na vida, os Korowai também enganaram uma equipe de notícias australiana que caminhou até a área em 2006. A tribo apresentou um menino para os jornalistas filmarem, que contou-lhes uma história de cortar o coração sobre como ele estava em perigo de ser comido por canibais. Depois que filmaram a história, uma outra equipe de reportagem voou para encenar um resgate dramático e foi imediatamente detida por não terem visto de entrada.

Um especialista na tribo insiste que este é exatamente o tipo de coisa que eles fazem e garantiu que a história de canibalismo foi inventada desde o início. Aparentemente, os Korowai são apenas um bando de brincalhões e a única coisa que querem com o mundo moderno é ver as expressões de idiotas em nossos rostos.

4. “Índio do Buraco”, também conhecido como o homem mais solitário na Terra

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Um homem vive há pelo menos 15 anos completamente sozinho em florestas brasileiras. Ele constrói suas próprias barracas de palha e cava buracos retangulares de cerca de 1,50 metros de profundidade no meio de cada uma. Não sabemos para que ele usa esses buracos, porque suas barracas são abandonadas assim que qualquer um chega perto. Nenhum outro povo na área constrói cabanas deste tipo, o que levou os pesquisadores a acreditar que este homem é o último membro sobrevivente de sua tribo.

Ninguém sabe que língua ele fala ou o nome de sua ex-tribo, mas é possível teorizar sobre como ele ficou sozinho.

Em 1988, a nova Constituição do Brasil concedeu aos índios os direitos sobre terras tradicionalmente habitadas. Enquanto parecia uma boa ideia na teoria, na prática, isso significa que uma tribo não pode ser “forçosamente realocada” por desenvolvedores capitalistas idiotas que, sendo idiotas, começaram a simplesmente matá-los com motosserras.

Isso é provavelmente o que aconteceu com o resto da tribo do “índio do buraco”: seu primeiro e único contato com o mundo moderno envolveu todas as pessoas que ele conhecia sendo mortas por monstros com armas malucas. Acredita-se que, desde então, ele passou a perambular sozinho na região amazônica situada a oeste de Rondônia, próxima à cidade de Corumbiara. Registros da Funai acerca de sua existência datam de 1996.

3. Os Velhos Crentes

Velhos Crentes em um mosteiro, em 1897

Velhos Crentes em um mosteiro, em 1897

Em 1978, geólogos soviéticos em helicópteros que estavam à procura de jazidas de minério de ferro avistaram uma cabana de madeira na floresta remota da Sibéria. Quando voltaram para a cabana a pé, encontraram uma família vestida com pano de serapilheira, comendo em objetos esculpidos à mão e aparentemente vivendo do que encontravam na floresta.

Os membros da família acolheram os cientistas com medo, gritando “Isso é por nossos pecados!” aos recém-chegados. A família, os Lykovs, não eram os únicos vivendo assim. Outros grupos semelhantes haviam permanecido em isolamento na taiga siberiana pelo menos até 1990, em grande parte inconscientes do mundo moderno.

Eles eram membros de uma seita religiosa russa chamada Velhos Crentes, que se separou da Igreja Russa tradicional no século 17 por causa de mudanças dogmáticas. Desde então, grupos de Velhos Crentes têm fugido do governo russo por séculos. Alguns procuraram asilo no exterior, enquanto os mais “espertos” lembraram da vasta região vazia e hostil do norte da Rússia e disseram: “Que tal lá? Ninguém vai lá”.

Eles estavam corretos: a Sibéria é tão horrível e isolada que alguns velhos crentes provavelmente ainda se escondem lá até hoje, e nós nunca conseguiremos encontrá-los.

2. Tribo Mashco-Piro

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A tribo Mashco-Piro recentemente começou a fazer aparições seminuas ao lado de um rio no Peru. Não sabemos por que a tribo de repente começou a aparecer nessa região, mas, de acordo com especialistas, até agora eles têm demonstrado interesse principalmente em panelas de metal e facões.

Dada essa descoberta, o governo do Peru optou pelo caminho diplomático mais feliz, o de “não atacar todas as pessoas que não conhecíamos ainda com motosserras”. Eles tentaram limitar a exposição da tribo, e proibiram turistas de ir à beira do rio tentar fazer contato.

Infelizmente, não adiantou muito. Operadores turísticos privados do Peru começaram a oferecer “safáris humanos”, onde “turistas” arrogantes e sem conhecimento da história humana deliberadamente pagam para observar tribos isoladas. Em suma, o Peru tentou fazer a coisa certa e não ferrar com todo um grupo de pessoas enviando antropólogos e desenvolvedores gananciosos, apenas para uma sociedade inteira do mundo civilizado usando pochetes ir até lá para tirar fotos de seus “colegas selvagens” para postar no Instagram.

Os Mashco-Piro, compreensivelmente, estão menos de interessados em fazer novas interações.

1. Os Pintupi

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Em 1984, um pequeno grupo de aborígenes da tribo Pintupi encontrou uma pessoa branca no deserto australiano. Esta foi a primeira vez que qualquer um deste grupo tinha visto alguém assim. Um Pintupi disse mais tarde que havia pensado que o “homem rosa” era um espírito maligno (se ele soubesse o que os homens rosas já fizeram com outros aborígenes, teria mantido essa avaliação).

Por sorte, os Pintupi perderam a era dos massacres indígenas por algumas décadas, então o homem rosa simplesmente os levou para um passeio em seu Toyota enquanto os apresentava a uma banda australiana de rock.

Esse homem descobriu sobre os Pintupi de uma forma estranha.

O grupo é nômade e vive no deserto da Austrália, de forma que possivelmente não verá mais nenhum ser humano por décadas. Antes de entrarem no Toyota, os Pintupi só haviam feito contato com um grupo de aborígines australianos ocidentalizados. Infelizmente, a aparência dos nômades – que incluía cintos feitos de cabelo humano e lanças de quase dois metros de comprimento – era bizarra o suficiente para assustar até mesmo esses caras. Assim, um dos aborígenes ocidentalizados disparou um tiro de advertência com um rifle, e os Pintupi fugiram.

Os aborígenes ocidentalizados dirigiram para a cidade mais próxima e contaram essa história a um bando de caras brancos, que resolveram o problema com uma viagem de carro e o poder do rock’n’roll. [Cracked]

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