A ciência da maldade

Por , em 19.08.2012

Feito com o objetivo inicial de descobrir por que algumas pessoas preferem pagar caro em leilões ao invés de comprar um produto pelo preço “normal”, um estudo recente mostrou como pessoas podem ser consistentes na hora de adotar um comportamento maldoso mesmo sem qualquer benefício real para si.

Em leilões (estilo eBay) simulados por meio de um programa, os participantes poderiam fazer lances na primeira rodada e, na segunda, aumentar suas ofertas para vencer ou apenas para prejudicar o vencedor da primeira rodada. “Ficamos surpresos ao ver como a distribuição da maldade foi bem definida”, disse o pesquisador Erik Kimbrough, professor de Economia na Universidade Simon Fraser (Canadá).

Ao final da primeira rodada, o maior lance era revelado. Com essa informação em mãos, os participantes tinham quatro opções: aumentar seus próprios lances; manter o lance inicial; aumentar o lance para forçar um pouco o preço do produto; ou aumentar ao máximo o preço do produto. As duas últimas opções corresponderam, respectivamente, a 31% e 68% das ações maldosas.

No total, foram feitas 16 rodadas, das quais 48 pessoas participaram. Ao serem entrevistados, os participantes deram justificativas variadas para as escolhas maldosas, como “punir quem desse um lance muito alto” ou “dar uma lição”. Além disso, a maioria manteve um comportamento consistente ao longo do estudo, sem ficar alterando entre atitudes “boas” e “más”. Os pesquisadores consideram um mistério os motivos lógicos por trás das atitudes que prejudicam outros sem trazer benefícios reais para quem as pratica.[PlosOne, LiveScience]

5 comentários

  • Rafael Santanna:

    * coelho branco realmente tem olhos vermelhos.. kkk

  • Barbosa Gonçalves:

    A maldade é atributo “natural” dos Espíritos atrasados, da mesma forma que a bondade é natural aos Espíritos evoluidos.
    Quem pratica o mal é o primeiro a sentir seus efeitos, da mesma forma que é o primeiro a ser iluminado, quem acende uma lâmpada.

  • Jean P. Carvalho:

    O próprio fato de vivermos num sistema q. estimula a competitividade (competir por competir, inclusive p/ se mostrar “o melhor”), já não explicaria, por si mesmo, os resultados da pesquisa?

  • Tiago Mello:

    Maquiavel estava certo…

    • Doer Doa a quem:

      Maquiavel não recomendava maldades sem benefícios, não no livro “O príncipe” pelo menos.

Deixe seu comentário!