A forma como você vê os outros diz muito sobre você

Por , em 10.08.2010

É melhor pensar duas vezes antes de falar dos outros, porque suas palavras podem revelar muito sobre sua própria personalidade, mesmo aquelas características as quais você pode não estar ciente de que possui.

Essa é a conclusão de um novo estudo que afirma que a maneira como você vê os outros reflete muito sobre quem você é, incluindo tanto boas quanto más características.

Segundo os pesquisadores, ver os outros positivamente revela seus próprios traços positivos. Por outro lado, suas palavras podem revelar percepções negativas de outras pessoas que estão ligadas ao narcisismo, o comportamento anti-social, e até mesmo neura.

Os participantes do estudo, estudantes universitários, foram convidados a falar sobre as características positivas e negativas de outros estudantes com os quais estavam familiarizados.

Os pesquisadores descobriram que a tendência de uma pessoa de descrever outras de forma positiva é um indicador importante da positividade das características da própria pessoa. Fortes associações foram encontradas entre positivamente julgar os outros e o quão entusiástico, alegre, bondoso, cortês, e emocionalmente estável a pessoa se descreveu e foi descrita por outros.

Ver as pessoas de forma positiva também mostra o quanto as pessoas estão satisfeitas com suas próprias vidas e o quanto elas são queridas por outros. Os investigadores dizem que as percepções negativas de outras pessoas estão ligadas a níveis mais elevados de narcisismo e comportamento anti-social.

A simples tendência de ver pessoas negativamente indica uma probabilidade maior de depressão e transtornos de personalidade diferentes. Os pesquisadores dizem que encontrar maneiras de levar as pessoas a ver o outro de forma mais positiva pode promover a cessação de comportamentos associados com transtornos de personalidade.

Ser excessivamente negativo ao descrever alguém pode ser uma dica de que a pessoa é desagradável, infeliz, neurótica, ou tem outros traços negativos de personalidade.

Os investigadores encontraram fortes evidências de que a tendência de perceber positivamente os outros em nosso meio social é uma característica altamente estável que não muda substancialmente ao longo do tempo.

Segundo os autores, os resultados mostram que o que uma pessoa vê no outro é mais do que simplesmente a projeção da sua própria imagem. Mas pode mostrar muito de quem você é. [WebMD]

34 comentários

  • Francisco Hélder De Souza Lima:

    Tenho minhas dúvidas quanto a isso.Quantas e mais quantas pessoas apresentam a sua natureza mesquinha e controladora.Conheço um monte!

  • Byanka Campos:

    Um esclarecimento importante de psi: a projeção precisa em geral precisa de um gancho na realidade, a não ser em casos muito extremos…

    • Cesar Grossmann:

      Projeção astral é balela. Até agora nenhum “projecionista” conseguiu demonstrar seus poderes em nenhum teste rigoroso.

    • Bernardo Costa:

      Olha a ofendida kkkkkkkkk

    • Mauro Lobos:

      A Byanka não se referiu à “projeção astral”, mas sim à “projeção” da psicologia jungiana. São dois conceitos bastante distintos.

    • Byanka Campos:

      Mauro Lobos, exato.

    • Byanka Campos:

      Bernardo Costa, “a forma como você vê os outros diz muito sobre você”. 😉

  • Byanka Campos:

    … com a outra pessoa, deixar de dizer para essa pessoa o que você pensa é se esconder de si mesmo.

  • Byanka Campos:

    É muito sábio não sermos precipitados nos nossos julgamentos. Isso sem dúvidas. Agora, dependendo do nível de relacionamento que se tem…

  • Lucy Lula:

    Sem dúvida que este estudo tem muito de verdade, e a verdade é que o ser humano avalia o outro em função da sua própria experiência e da sua própria maneira de ser, sendo que grande parte das vezes ele mesmo não está consciente de como realmente é.
    A empatia é uma função cognitiva que está muito relacionada com a forma como vemos e nos projetamos nos outros, já que nos permite colocar-nos psiquicamente na posição deles, e como tal fazer uma avaliação/juízo deles de forma mais externa a nós e à nossa forma de ser.

    Contudo, também é verdade, que se a empatia ajuda bastante a perceber os outros, e a ganhar alguma isenção, toda a nossa experiência de vida marca e molda o nosso juízo sobre as coisas e pessoas, e logo nunca conseguiremos obter 100% de isenção…

  • Sonia Santos De Andrade:

    Amar ao próximo acima de qualquer coisa, e ser tolerante em certas ocasiões mostra flexibilidade.

  • Rafael Pereira da Cruz:

    kkkkkk parece q esse artigo machuco o calo de muita gente mesmo 😛

  • Yabamiah:

    “Novo estudo”? Mas isto já existe há muito tempo. É denominado como Projeção. Eu muitas vezes passei por esta situação de projeção feita por outra pessoa – uma pessoa bem neurótica, devo salientar. A pessoa que menos se conhece, menos conhece os outros, então, muitas projeções sempre são resultados de uma interpretação equivocada sobre o sentimento e comportamento de outrem que em geral, nada mais é do que seu próprio sentimento subentendido no ato alheio.

    “REFLEXOS
    Emmanuel

    Impressões negativas?
    Não precisas dizê-las.

    Anotando defeitos,
    Procura as qualidades.

    Com motivos de queixa,
    Não reclames. Espera.

    Críticas sem proveito
    Destacam-te o perfil.

    Encontramos nos outros
    O que temos em nós.

    Só vemos o que temos,
    -Isso é da Lei de Deus.”

  • Paulo MMartins:

    Pesquisas são indicativos. Assim, acho que são tentativas de aproximações da realidade, mas num contexto de laboratório, que considera o componente “Ceteris paribus”…

    • Paulo MMartins:

      Ceteris paribus = tudo o mais permanecendo constante.

  • Miguel:

    Se esse estudo for verdade, eu devo ser bastante anti-social e/ou narcisista. Há certas e determinadas pessoas que não há maneira de as ver positivamente! Como é que os tipos que fizeram o estudo querem que nós vejamos coisas boas em pessoas estúpidas e anormais que faziam melhor figura se nem sequer tivessem nascido??? Essa gente sempre que posso ignoro-as, mas não resisto a deliciar-me com a desgraça de quem odeio.

    • Debora:

      Acho que ele quis dizer, como vemos as pessoas no geral, e não como vemos uma pessoa em específico.

    • Debora:

      Há pessoas que enxergam maldade em todo mundo, mesmo se a pessoa for a Madre Tereza de Calcutá, enquanto outras pessoas são o oposto…

  • Geraldo:

    Se a forma como eu vejo os outros diz muito sobre mim, sou predominantemente um imbecil.

    • Byanka Campos:

      Hahahaha! O comentário mais sincero! Hahaha!

  • Jorge:

    Eu falo mau e dou risada dos outros mesmo…. nada melhor doq se deliciar da desgraça alheia!

  • Ingrid:

    Realmente, tomamos conclusões tirando base pelo o que mais convivemos: nós mesmos.

  • Ingrid:

    Realemente, tomamos conclusões tirando base pelo o que mais convivemos: nós mesmos.

  • Rosângela:

    Quando determinadas atitudes, palavras proferidas por pessoas de seu relacionamento desagradam acredito que a melhor atitude é evitar estas pessoas. Deixar de lado o que não lhe faz bem. A indiferença é o pior castigo.
    Ame, sorria, como uma moeda a vida tem dois lados, procure o lado bom, às vezes é difícil, mas quem disse que viver é fácil. 😉

  • Matreiro:

    Nenhuma novidade. Quem já leu sobre Carl Jung e conhece o conceito de Sombra, sabe exatamente o porquê de fazermos isso.

  • joao Paulo:

    -neste caso omitir sempre ao julgar parece sadio no ponto de vista, ser vigilante e guardar as sensações e senso de julgamento apenas para nós, e isso é sinônimo de amor ao próximo acima de qualquer coisa, mostra flexibilidade e o principal a tolerancia que é fundamental.

    • D.D versao 2.0:

      Dá na mesma, ocultar seu pensamento não vai modifica-lo.

  • Farofa:

    Concordo alessandro,
    eu sempre fui o zoado da turma, por ter a voz mais fina… Hoje eu vejo o tanto que me fez mal. Sou extremamente timido, e não converso direito com as pessoas.
    Provavelmente por “medo” de as pessoas me zoarem como eu fui zoado por muito tempo na escola

    • jodeja:

      Deixa disso Farofa. Você é apenas diferente, e daí? Todo mundo é, não existem duas pessoas iguais no mundo. Todos nós temos defeitos e qualidades. Procure ver melhor as suas qualidades.

  • Tobias:

    Interessante o estudo, porem tentaram concluir muito sobre um ser multiestratificado.

  • Alessandro:

    deixa o cara que fez a pesquisa ser vítima de bullying pra ele ver se não é bom ser antissocial….

    • Byanka Campos:

      boa colocação! o texto é bem superficial sim!

  • Bruno:

    “…comportamento antissocial…”
    eu sou antissocial e to pouco me fodendo pra isso =)

    • Byanka Campos:

      Hahaha! Adoro pessoas sinceras!

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