Atletas são mais “burros” que não atletas?

Por , em 21.05.2012

No Brasil, onde o futebol é a mina de riqueza de alguns, os jogadores são muitas vezes hostilizados por ganharem tanto dinheiro mesmo com capacidade intelectual tão reduzida. A reclamação reside no fato de que tanta gente estuda, batalha e luta por um país melhor, enquanto a habilidade com a bola é mais valorizada. De que jeito vamos para a frente?

Por outro lado, o esporte é superimportante para a sociedade e tem seu lado bom, na verdade incrível, como a promoção da saúde, da união, da disciplina. Estudos até sugerem que o esporte pode mudar nosso cérebro e diminui o comportamento agressivo entre crianças. Inteligência, no entanto, não parece ser uma de suas vantagens principais.

Não estamos falando que todos os atletas são burros. No caso do futebol brasileiro, o que acontece é que bons jogadores se destacam cedo e acabam priorizando a carreira esportiva profissional aos estudos, o que resulta numa classe certamente pouco culta.

Mas o esporte ainda continua sendo essencial nas escolas, para o bem-estar das crianças e dos futuros adultos, e não vai, provavelmente, nos deixar mais burros. O único problema é que certos esportes de contato, que podem provocar lesões principalmente na cabeça, também podem levar os atletas a um desempenho pior em testes.

O pesquisador Thomas McAllister, de Dartmouth College, nos EUA, estudou atletas escolares, testando-os no início e no final de uma temporada de campeonatos esportivos.

O resultado: 22% dos alunos que participaram de esportes de contato (futebol americano, hóquei) pontuaram significativamente menos em habilidades de memória e aprendizagem do que o esperado, contra apenas 4% de atletas de esportes sem contato (esqui nórdico, golfe).

“Essa porcentagem foi descoberta logo após a temporada, e não sabemos quanto tempo o efeito [dos impactos na cabeça] duram”, disse McAllister. “Embora possa ser ruim para os 22%, a boa notícia é que, em geral, há poucas diferenças nos resultados de testes entre os atletas em esportes de contato e atletas em esportes sem contato”.

Ou seja, praticar esportes e exercícios físicos ainda vale a pena, só precisamos ter um cuidado especial com a segurança, para evitar lesões significativas.[LiveScience]

6 comentários

  • hallankb:

    Me desculpa,
    mas vou ter que discordar, pois sou jogador de Futebol Americano e mesmo assim tenho a escolaridade boa(frequento varios sites como esse para me manter informado e atualizado), o que pode influenciar é a cultura(o local aonde ele nasceu) e não a profissão.

  • Jonatas:

    A visão do brasileiro está equivocada, apesar de eu também considerar injusto um jogador metido a galã gostosão ganhar num mês o que profissionais importantes como médicos, engenheiros e bombeiros não ganham em um ano. Mas essa visão está equivocada por essas razões:
    1 – Não são todos os jogadores e artistas que ganham bem, só os relativamente poucos que se destacam, que dão retornos aos seus clubes e empresas;
    2 – Um jogador famoso não é uma pessoa, é uma empresa, e seu talento futebolístico um produto. Em títulos, vitórias, público e publicidade, seu retorno ao clube é que lhe permite um salário gigante, isso é um investimento altamente lucrativo, para o clube.

    O fato, a culpa não é deles ou das empresas que promovem, é nossa. Não é o governo ou outras entidades que valorizam esses “elementos fúteis”, são as pessoas, que compram, consomem, torcem, assistem, cantam. Também assim como são nossos impostos que sustentam o governo, tudo o que o governo constrói é retorno de nosso investimento.
    A diferença cruel é que o governo nos retorna esses valores (desconsiderando os desvios e mal uso de verba pública), enquanto essas empresas, times, jogadores, atores e cantores que idolatram, não nos retornam praticamente nada do que investimos.

  • João Alberto:

    O título deste texto “Atletas são mais “burros” que não atletas?” soa muito preconceituoso e não condiz com a realidade, pois conforme o próprio texto:
    “…o esporte é superimportante para a sociedade e tem seu lado bom, na verdade incrível, como a promoção da saúde, da união, da disciplina.”

  • Rodrigo Gurdos:

    interessante, mas poderia citar a fonte dessa informação?

  • luysylva:

    é quando vão valoriza as pessoas inteligentes, e os grandes lides da humanidade; em vez de valoriza esportistas, artistas e famosos em vez de valorizamos as pessoas que contribuíram muito pra gente ter tecnologia, e uma forma de governo mais justa.

    • Tatiane:

      Na maioria das vezes, só reconhecem um grande lideres,artistas, entre outros, somente depois que eles morrem, aí tudo que eles fizeram começa a ser reconhecido e valioso.

      Infelizmente é assim!

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