Bicicleta tem troca de marchas automática

Por , em 21.02.2009

A bicicleta, um dos mais populares inventos que usam o corpo humano como fonte de propulsão, entrou para o ramo dos eletrônicos. Um novo sistema de marchas automáticas foi criado.

O sistema, que usa uma bateria, promete facilitar e trazer precisão na hora de trocar de marchas. No entanto, os puristas do ciclismo acham que isso, talvez, tire “a graça” do ciclismo, mudando uma de suas bases completamente.

“As pessoas andam de bicicleta por ela ser um sistema que depende unicamente da força humana. Nada poderia ser mais simples e independente” declara Raymond Henry, um historiador do ciclismo. “Qualquer fonte exterior de energia, no entanto, arruinaria esse sistema, essa filosofia” explica.

Duas tentativas de bicicletas com troca de marchas eletrônica já foram desenvolvidas pela Mavic, uma fábrica francesa. No entanto ambas apresentaram defeitos quando expostas à chuva. Uma outra companhia a Magnolo diz ter o sistema pronto, mas está atrasando seu lançamento por causa da crise econômica.

O novo lançamento será da Shimano e o modelo é chamado de Dura-Ace Di2 7970. A bicicleta já está sendo testada por grupos de ciclistas profissionais na Califórnia.

Bob Stapleton é o dono e o empresário do grupo de ciclistas “Columbia High Road”. De acordo com ele, muitos de seus atletas têm receio de usar uma bicicleta que possa, de repente, ficar sem energia e parar de se mover.

O sistema da Di2 não tem modo “manual” e, se a bateria acabar, a bicicleta fica inutilizada. A Shimano estima, no entanto, que a bateria dura, pelo menos, mil horas.

Os equipamentos eletrônicos custarão 1250 dólares a mais do que a troca de marchas normal, usada hoje. Fazer um “upgrade” em uma própria bicicleta Shimano custará 2200 dólares.

O sistema serve para todas as bicicletas de corrida. [NY Times]

6 comentários

  • Adriano Lucas Silva:

    Prezado Cezar Ribas, sua matéria tem alguns erros.

    O sistema DI2 da Shimano é eletrônico, o que é diferente de trocas de marchas automáticas.
    O ciclista é quem determina o momento da troca de marchas, portanto as trocas não são automáticas.
    E no caso de acabar a bateria, a bicicleta não fica inutilizada. Ela continua funcionando porém sem poder trocar as marchas.

    Mais informações sobre o produto aqui: http://bike.shimano.com.br/publish/content/global_cycle/pt/br/index/products/road/dura-ace0.html

  • Manfred:

    Coloca um dínamo na bicileta e já é, poxa! Nunca vai ficar sem energia. Mesmo que fosse pra estender de 1.000 para 1.500 horas já seria um ótimo feito.

  • wagner:

    tenho um novo tipo de bike que eu inventei;se vcs da shimano quizerem mostro o modelo tem alarme ,pode ser movida a vento ,é muito confortavel o banco tem encosto e regulagem no banco e amortecedor ainda é um progeto no papel

  • joao:

    “email (não será publicado)” cambio

  • Zaka:

    Amigos,
    O sistema da Shimano não se trata de um câmbio automático, é um câmbio cujas trocas de marchas são feitas através de pequenos motores elétricos. O acionamento ainda depende do ciclista.

    Esse sistema já está sendo testado desde o ano de 2008 (no Tour de France já foi usado) e em outras provas importantes do calendário mundial, e não somente agora no Tour of California.

    Ele ainda não é comercializado.

    Abraço

  • ThiagoSperandio:

    Na minha opinião, o foco do cliente está errado. Os ciclistas profissionais ou qualquer pessoa que use uma bicicleta de corrida para distâncias(speed bikes) sabem usar corretamente a troca de marchas, tenho certeza de que preferem escolher o momento da troca, porque no longo percurso queremos as vezes suavizar ou aumentar nosso próprio esforço. Esta é a graça das speed bikes.

    Agora, pra muita gente de classe “média”, que usa a bike pra passear com as esposa e os filhos no fim de semana, ou pra outros tipos de cicloturismos de pouco tempo semanal e praticados por pessoas não “tão chegadas” em bikes no dia-a-dia, essa idéia de automatização do controle de marchas seria ideal, porque aí não teriam mais que se preocupar em calcular o tempo certo, coisa que eu sei que não fazem na maioria, e com certeza não teriam a dentição menor da catraca desgastada, que eu sempre vejo também, aquela que fica fazendo aquele “trac-trac” e que faz a corrente “escorregar”, que estressa muita gente por aí.

    Agora, sinceramente… eles teriam que prever o modo manual de câmbio. Porque mesmo que dure “1000 horas” será igual gasolina de veículos, isto é, só por duas razões que as pessoas não ficam “na mão” na estrada. Uma é o medidor de combustível, e o outra e mais importante é a reserva. A bike vai ter estes dois? Reserva de bateria? 🙂

    O artigo não comenta que eles vão aproveitar a energia de movimento da bike pra recarregar a bateria, mas espero que sim. Resolveria parte do problema.

    Mesmo com estes pontos mais técnicos estarem gerando dúvida, se o pessoal da shimano mudar de público alvo, acredito que vão vender muito!

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