Braço robótico de piloto britânico se solta bem na hora do pouso

Por , em 17.08.2014

O que você acharia de voar com um piloto que tem um braço artificial?

Esse ano tem sido tumultuado, sobretudo no quesito acidentes de avião. Todos ainda estamos chocados com a queda da aeronave que provocou a morte do candidato à presidência da república Eduardo Campos, com o sumiço do avião da Malasya Airlines – que segue sendo um dos maiores mistérios de todos os tempos – e a subsequente queda de outro da mesma companhia. Felizmente, o caso que você vai conhecer agora não passou de um susto. Um grande susto, diga-se de passagem.

O que aconteceu? O braço artificial se soltou

O piloto Steven Robinson (46), da companhia aérea Flybe, de Birmingham, estava se aproximando do aeroporto de Belfast City com 47 passageiros. Na hora de fazer o pouso, seu braço artificial (sim, ele tem uma prótese) se soltou de seu corpo, fazendo o piloto perder o controle do procedimento.

Antes de dar início ao processo do pouso da aeronave Dash 8, o piloto disse ter verificado que sua prótese de antebraço esquerdo estava bem presa ao grampo que ele acoplou ao avião, com o dispositivo de travamento de segurança. No entanto, quando ele fez a manobra de arredondamento – uma etapa do pouso que é feita logo antes do avião chegar ao solo -, sua prótese se soltou do grampo fazendo com que ele perdesse o controle da aeronave.

O avião caiu pesadamente na pista, mas não chegou a ser danificado e nem provocou ferimentos em nenhum passageiro. O piloto, naturalmente, disse que de agora em diante será mais cauteloso ao verificar se a prótese está realmente bem fixada.

Comunicado oficial

Em comunicado oficial, a companhia aérea Flybe disse o comandante Steven Robinson é um dos pilotos mais experientes e confiáveis da empresa, e o fato de ele usar um braço artificial de maneira alguma coloca em risco a segurança dos passageiros e tripulantes dos voos que ele pilota.

De acordo com a Air Accidents Investigation Branch (AAIB), órgão de investigação de acidentes aéreos, o comandante tinha desligado o piloto automático e estava voando manualmente com aeronave.

Verificações de segurança

Segundo o comandante Ian Baston, diretor de operações e segurança de voo da companhia Air France, empregar pessoal com capacidades físicas reduzidas era uma política de igualdade de oportunidades e comum na maioria das companhias aéreas.

“A segurança de nossos passageiros e da tripulação é nossa prioridade número um”, disse ele.

Isso significa que Flybe não só adere a requisitos rigorosos de Aviação Civil relativas à contratação de pessoal com capacidade física reduzida, como vai além ao garantir que a segurança de seus passageiros e tripulantes nunca seja comprometida.

Ele disse que uma investigação interna na sequência do incidente “determinou uma série de verificações de segurança à prova de falhas adicionais” que tinham sido implementadas “imediatamente para garantir que este tipo de incidente não volte a acontecer”.

E você? Se sentiria totalmente seguro ao embarcar em um avião pilotado nessas condições, ou acredita que o acidente foi uma infelicidade do acaso e poderia acontecer com qualquer um? [BBC]

2 comentários

  • Melina Vasconcelos:

    Em breve nos melhores cinemas “Apertem os cintos o braço do piloto caiu”

  • Franklin Nascimento:

    A algumas décadas atrás houve um rebuliço danado quando disseram que mulheres pilotariam aviões. Hoje, na minha opinião, elas são até mais competentes. Pois bem, troque ‘mulher’ para ‘pessoa com prótese’ no comando e terá a mesma polêmica. Daqui alguns anos (isso) será tão normal quanto a seguinte frase: “Companhia aérea faz primeiro vôo com 170 passageiros sem pilotos humanos, controlados apenas por sistemas de navegação automáticos”

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