Composição da nossa lua sugere que Terra costumava ter uma irmã gemeã

Por , em 12.04.2015

Um dos maiores mistérios de todos os tempos parece ter sido finalmente resolvido: a grande questão sobre como a lua surgiu e qual era sua composição inicial parece ter sido descoberta por uma equipe de astrofísicos israelenses.

A velha história

De acordo com a hipótese do impacto gigante, a lua se formou quando um protoplaneta do tamanho de Marte, chamado Theia, se chocou contra nosso planeta há cerca de 4,5 bilhões de anos. Não foi um choque direto – caso tivesse sido, ambos os objetos teriam sido completamente destruídos. Em vez disso, o golpe foi de raspão e produziu um enorme campo de destroços ao redor da Terra que, eventualmente, se reuniu para formar o que chamamos de lua.

É uma grande e inteligente teoria, exceto por um fato gritante: os atributos geoquímicos da Terra e da lua são assustadoramente semelhantes, levando à chamada “crise isotópica”. Theia deve caracterizar a composição isotópica marcadamente diferente da composição da Terra, semelhante à maneira como outros planetas do sistema solar são quimicamente diferentes da Terra.

Gêmeas

Esses dois objetos são praticamente idênticos, o que é muito estranho.

Os astrônomos estimam que a probabilidade de isso acontecer no universo gira em torno de um escasso 1%. É difícil articular uma teoria tendo como base algo tão improvável.

O que há de novo

Agora, um novo estudo realizado por Alessandra Mastrobuono-Battisti do Instituto de Tecnologia de Israel, em Haifa, sugere que este número de 1% é demasiadamente baixo.

Usando uma modelagem de computador avançada, Mastrobuono-Battisti e seus colegas fizeram dezenas de simulações de formação de planetas em fase posterior, e em todos começaram com cerca de 85 a 90 embriões planetários e de 1.000 a 2.000 planetesimais se estendendo pelo caminho entre as órbitas de Mercúrio e Vênus para dentro de 50 milhões de milhas ou mais dentro da órbita de Júpiter.

Resultados

Os cientistas descobriram que dentro de 100 a 200 milhões anos, cada simulação produziu tipicamente de 3 a 4 planetas rochosos como resultado da colisão de embriões e planetesimais.

Procurando particularmente nos últimos cenários do impacto de formação da lua, os cientistas avaliaram a probabilidade de que Theia e a Terra tivessem a mesma composição química.

A probabilidade real está mais perto de 20 a 40%.

A Terra tinha uma irmã gêmea

Isso sugere duas coisas. Em primeiro lugar, podemos agora afirmar com mais certeza que a Terra foi atingida por um planeta embrionário quimicamente similar a ela. Em segundo lugar, isso significa que a Terra e sua irmã gêmea se formaram no mesmo ambiente.

R.I.P Theia

A gêmea da Terra pode estar morta, mas vive aos pedações em algum lugar (ou lugares) do nosso céu noturno.[io9]

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