Cores impossíveis e cores imaginárias: como vê-las

Por , em 13.02.2011

Poucas pessoas já ouviram falar, mas existem algumas sombras impossíveis, cores que você não deve ser capaz de ver… a menos que saiba como. Existe uma maneira simples de aprender a ver cores impossíveis e imaginárias. Mas, para isso, é preciso entender um pouco sobre como os humanos percebem as cores antes.

Nossos olhos usam um processo chamado “adversário” para trabalhar mais eficientemente. Esse processo brinca com o fato de que os receptores de luz primária dos nossos olhos, os cones, têm algumas sobreposições nos comprimentos de onda de luz que podem perceber.

Para economizar energia, os nossos olhos medem as diferenças entre as respostas de cones diferentes, em vez de compreender a resposta individual de cada cone. Existem três canais adversários: vermelho versus verde, azul versus amarelo, e preto versus branco. Tecnicamente, o preto e o branco não são cores, e seu processo adversário tem mais a ver com o brilho.

Vamos dizer que você olhou para o objeto mais azul que você já viu. Os cones que percebem primariamente os comprimentos de onda azul vão ficar animados, enquanto os cones responsáveis pela cor amarela ficam inibidos. Se você, em seguida, olhou para a coisa mais amarela que já viu, o exato oposto aconteceria.

Os cones não podem ser animados e inibidos ao mesmo tempo. Isso significa que é impossível ver um objeto que é simultaneamente azul e amarelo. Não estamos falando sobre o que acontece quando você mistura as cores e, em seguida, olha para elas: você pode ver o verde, por exemplo. Mas uma cor que seja metade azul e metade amarela, com partes iguais das cores? Você consegue imaginar? Você não deve poder, porque é uma cor impossível.

Há algumas evidências que corroboram a existência de tais cores, enquanto outros dizem que as cores são chamadas de impossíveis por uma razão.

Um experimento de 1983 apresentou uma máquina especial que separava os campos de visão dos olhos de um indivíduo. Um olho veria uma tela vermelha, enquanto o outro veria uma tela verde. Depois de um tempo, as cores se misturam, mas a mistura só ocorre no cérebro.

Sem o olho lá para mediar a mistura, o vermelho e o verde não se tornavam marrom – tornavam-se uma nova cor, uma cor vermelho-verde que nenhum dos indivíduos da pesquisa tinha visto antes, e isso incluiu um artista com um vasto conhecimento de diferentes matizes e tonalidades.

Alguns especialistas criticam a metodologia dessa experiência. Há, com certeza, um monte de explicações alternativas para as cores que os participantes viram: eram apenas cores intermediárias entre as outras duas, os experimentadores não controlaram devidamente a luz ou os indivíduos do teste só viram o vermelho, depois o verde, depois o vermelho, e assim por diante, e nunca realmente viram as cores simultaneamente.

Claro, cores impossíveis podem ser realmente impossíveis, mas isso não muda o fato de que os participantes do teste viram cores que nunca tinham visto antes. Quer tentar também? Vamos lá: relaxe cada olho nestes dois sinais de “mais” e veja se consegue fazer algumas cores parecerem impossíveis. Deixe seus olhos cruzarem, para que os dois sinais fiquem bem em cima um do outro. Mas calma: você pode não ver nada. Ainda assim, vale a pena tentar.

Existem também as cores imaginárias. São cores que não podem ser produzidas no espectro de luz da física, mas ainda é possível derivá-las matematicamente. A maneira mais fácil de entender o que é uma cor imaginária seria pensar sobre os três comprimentos de onda dos cones: curto, médio e longo. Também há uma sobreposição nas respostas destes comprimentos de onda diferentes.

Mas e se existisse uma cor que só criasse uma resposta nos comprimentos de onda médios? Na vida real, isso não pode acontecer, já que qualquer coisa que excita os comprimentos de onda médios vai excitar um ou ambos os outros comprimentos de onda. Mas se você tivesse uma cor que só excitasse os comprimentos de onda médios verdes, sem provocar nada nos outros dois tipos, então você seria capaz de ver uma cor verde mais verde do que qualquer outro verde real.

Essa é a teoria. Na prática, para conseguir ver uma cor imaginária, novamente, você tem enganar os processos adversários. Se você quiser ver um verde imaginário, você precisa encontrar um exemplo de cor vermelha muito saturada, e um de uma cor verde muito saturada.

Olhe para a cor vermelha o máximo que conseguir. Em seguida, olhe para o verde. Seus receptores vermelhos estarão demasiado cansados para fazer o seu trabalho e serem inibidos pela cor verde. Isso significa que seus receptores verdes ficarão muito animados com nada para contrabalançá-los. O resultado é a cor mais verde que você já viu, que não pode existir no mundo físico. De novo: você pode não ver, mas vale a pena tentar. [io9]

27 comentários

  • Safira Cris:

    fiquei passando o verde claro com o vermelho diversas vezes e meu cérebro criou um azul meio roxo.

  • Samuel:

    Eu fiz o último usando o paint, quando fui olhar pro verde, ele tava mais claro, parecendo um pouco com o amarelo, mas pra mim o único verde que aparece com o amarelo é o verde-louro e não parecia com verde-louro. Fui fechar os olhos e tinha dado uma escurecida, mas a diferença foi pequena.

  • Brener:

    Ae…Essa das cores e novidade…Mas vale a pena ler

  • Marcelo Lombardo:

    De boa,só fiquei com dor na vista

  • selenio:

    interesante, mas para min as cores se sobrepuseram mas não alternavam erram simultanios o azul e amarelo, realmente foi intrigante esta experiencia.

    • Ivan:

      Eu também consegui ver as cores sobrepostas. Para isso, é necessário alterar o foco dos olhos, como se faz com uma câmera fotográfica. Muito interessante ver duas cores ao mesmo tempo!

  • ís \m/:

    só comigo não aconteceu nada =/

  • Renato:

    NOSSA, COMO SOU ANTENADO COM A POLITICA. FAREI UM COMENTÁRIO PSEUDO INTELIGENTE E IRÔNICO SOBRE BRASÍLIA E DEPUTADOS MESMO QUE ESTES NÃO POSSUAM NADA EM RELAÇÃO AO ASSUNTO PRINCIPAL PARA NÃO PARECER SOMENTE MAIS UM ACOMODADO COM A SITUAÇÃO ATUAL QUE SÓ “AGE” NA INTERNET.

  • Atilada!:

    Realmente, fazendo a experiência, foi o verde mais bonito que já vi.

  • Ícaro:

    é quase a mesma coisa que usar um óculos 3D daqueles com uma lente de cada cor

  • nelio huster:

    Cor real e ao mesmo tempo imaginária ( ou vice-versa ): cor vermelho corrupta de alguns políticos.

  • cah:

    eu consegui ver, é uma cor meio marrom com vermelho clarinha que parece mudar pro roxo tambem, meio violeta, seila, mas nao é uam cor nova eu acho

  • flavia:

    vi um verde meio água amarelado

  • Luan:

    Bom,eu consegui sobrepor as duas cruzes com minha visão e realmente vi uma cor que nunca imaginei que pudesse existir!
    Não tem como descrever! Não é nem azul,nem amarelo e nem a mistura dos dois! É como se fosse uma visão das duas numa só! O.o
    Muito curioso! ^^

  • carlos ronaldo corrêa:

    o teste está na fonte do texto: (copie e cole no navegador)
    http://io9.com/#!5713562/train-yourself-to-see-impossible-colors

    ou apenas clique no link após o texto : [io9]

  • sergio antoniazzi:

    a visão nos pega muitas vezes de surpreza,senão vejamos. Você sabia que a estrela mais abaixo do cruzeiro do sul não é uma só estrela, mas são duas estrelas e voce de olho nu somente vê uma. são ciladas que a visão nos pega.

  • clarice:

    eu ja fiz isso qdo criança…..é muito legal…..

  • Andrey Luiz:

    Hahahaaaa.
    Que shoooow.
    Eu consegui ver… um azul-amarelado, ou o contrário.
    O.o

    Vou tentar com outras cores.

  • Alex:

    Em primeiro lugar nós temos três “tipos” de cones, aqueles que tem uma resposta espectral mais acentuada na vermelho, aqueles que tem uma resposta espectral mais acentuada no verde e aqueles que tem uma resposta espectral mais acentuada no azul. Por esse motivo os antigos sistemas de cores eram RGB (red, green, blue). Não existem receptores para o amarelo como indicado na materia, o que acontece de fato é a excitação simulatânea de “dois ou três cones” em diferentes intensidades criando a nossa percepção de cores.

    Cores impossíveis?! qualquer faixa compreendida dentro do visivel do espectro eletromagnético é percebida como uma cor diferente aos olhos de cada pessoa (e pessoas diferentes vêem de forma diferente). O fato de que os participantes do estudo viram uma cor que não conseguiram identificar apenas prova que a cor em questão nunca foi vista anteriormente. Quanto ao artista que participou do estudo: em idos de 1980 tinhamos a mesma tecnologia para criar pigmentos em diferentes tonalidades como hoje? Obviamente não, o que torna a pesquisa não aplicável hoje em dia.

    Um último comentário: as noções de brilho são devidas as excitações dos bastonetes e não dos cones, como a notícia faz parecer.

  • Fabio:

    Que sinais de mais? Tradução fail pois não veio com a imagem fonte…

  • Bruno Juncklaus:

    Claro, cores impossíveis podem ser realmente impossíveis, mas isso não muda o fato de que os participantes do teste viram cores que nunca tinham visto antes. Quer tentar também? Vamos lá: relaxe cada olho nestes dois sinais de “mais” e veja se consegue fazer algumas cores parecerem impossíveis. Deixe seus olhos cruzarem, para que os dois sinais fiquem bem em cima um do outro. Mas calma: você pode não ver nada. Ainda assim, vale a pena tentar.

    Traducao literal \o

  • Eu:

    Esse quadrado com uma rosa multicolorida é um teste?

    De qual teste vocês estão falando?

  • Hugo:

    Eu fixei o olhar no centro do retângulo; nem no azul, nem no amarelo. Depois de alguns segunda, comecei a ver o que talvez eles chamaram de cor impossível e imaginária, que nada mais é do que a sobreposição do azul sobre o amarelo ou vice-versa. Esse fenômeno aconcetece, penso eu, quando nós alongamos o cristalimos como que se fossemos ver algo longe.

  • Harthur:

    A única coisa que eu vi no teste foi o quadrado com manchas azuis e amarelas.

  • Victor’:

    Eu tenho daltonismo baixo, confundo poucas cores, como vermelho, as vezes roxo e também verde, ultimamente tem aumentado mas espero que o teste funcione do mesmo jeito.

  • JOABE DE JESUS:

    Use o photoshop é bem mais facil 😀

  • Lucas Matioski:

    Pedro,vá na fonte do texto.

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