Estas são suas chances matemáticas de encontrar o amor da sua vida
O que tem em comum físicos, a busca por vida alienígena, e a busca pelo seu par romântico ideal? Uma maneira de deduzir se encontraremos um dos dois (alienígenas ou amor).
Praticamente todas as culturas enfatizam a busca romântica por alguém especial. Com 7 bilhões de pessoas por aí, por que parece tão difícil encontrar o sr. ou a srta. “certa para você”?
Esta pergunta remete a Enrico Fermi que, considerando as centenas de bilhões de estrelas e os 13 bilhões de anos do universo, fez a pergunta que os românticos solitários também se fazem: “onde está todo mundo?”.
Entra Frank Drake, que transformou a pergunta em uma equação – a famosa Equação de Drake, que sugere a quantidade possível de civilizações alienígenas tecnológicas na galáxias.
A equação é:
N*.fp.np.fl.fi.fc.fL
Onde
- N* é número de estrelas na galáxia, por baixo cerca de 100 bilhões,
- fp a fração de estrelas que tem planetas, 100% segundo a Nasa,
- np os planetas podem suportar a vida, 4%,
- fl os que desenvolveram vida, 13%, (para os números seguintes vamos pegar os palpites de Carl Sagan)
- fi, 10% deles desenvolveram vida inteligente,
- fc, 10% destes desenvolveram tecnologia, e
- fL, 1% desenvolveram tecnologia nuclear e ainda não se autodestruíram.
O resultado é que provavelmente temos cerca de 52.000 civilizações alienígenas por aí. É um chute, mas é um chute científico. E é um número para não deixar a gente se sentir sozinho (ainda que estejamos sendo otimistas).
Mas será que podemos usar a Equação de Drake para encontrar algum ser aqui na Terra? Que tal usar esta equação para descobrir quantas “pessoas especiais” estão por aí, que atendem nossos critérios?
Vamos a um exemplo prático: estamos procurando o Sr. Especial para Ann, uma moça de Nova Iorque (EUA), que tem 25 anos. A Equação de Drake, versão especial para Ann, se torna
N.fg.fs.fe.fy.fl.fa.fa2.fi
Onde
- N é a população alvo, os 8.244.910 habitantes de Nova Iorque,
- fg, 50%, a fração masculina da população,
- fs, 44% deles são solteiros, Ann ainda não está pensando em destruir casamentos,
- fe são os 37% que podem ser encontrados (vão a bares, usam serviços de encontro na internet, etc),
- fy são os 24,7% que estão na idade alvo de Ann, ou seja, não novos demais e nem muito mais velhos que ela,
- fl são os 96% que falam inglês, já que Ann não quer aprender uma língua nova,
- fa são os que ela acha atraente, um número subjetivo, geralmente em torno de 13%,
- fa2 são os que acham Ann atraente, mesmo número, 13%, e finalmente,
- fi, os que tem alguma chance de também amar a ciência, os 32,4% que tem um diploma universitário.
Colocando estes números na calculadora, chegamos a 871 pessoas “especiais” em Nova Iorque, que estão disponíveis para um relacionamento com Ann, a acham atraente, ela os acha atraente também, e pode topar com eles nos bailes e bares da vida.
Mas também existe, para cada mulher, o chamado “Fator X”. O sujeito é divertido? Gosta de tal lugar que eu gosto? Prefere Guerra nas Estrelas ou Jornada nas Estrelas? Tem uma ex-maluca?
Quanto mais aumentamos as exigências sobre o Sr. Perfeito, menos candidatos temos. Para quem tem a mente aberta, há bastante esperança tanto para encontrar vida inteligente alienígena, quanto um marido/mulher.
Como dizia Carl Sagan, “para criaturas minúsculas como nós, a vastidão só pode ser suportada pelo amor”. Quantos estão aí fora que você poderia amar?[TED, NASA, NASA Kepler, Bad Astronomy, arXiv, Sagan – Cosmos, Censo EUA, Universidade de Rocherster, Wikipedia, It’s Okay to be Smart Facebook Homepage]
8 comentários
Não vou nem calcular as minhas chances pra não correr o risco de entrar em depressão.
Segundo os meus cálculos, existem apenas 44 meninas em Curitiba que sirvam pra mim, estou lascado hahaha
Pronto! Agora tenho razões cientificamente comprovadas pra ficar deprimida….ah essa tal matemática….
Ao meu ver é exatamente o oposto do que diz na matéria, não da pra se ter esperança.
Raciocine comigo se em nova york que tem seus 8 milhões de habitantes existem só 871 homens pra Ann ou seja dentro da população inteira de nova york matematicamente ela tem 0,01% de chance de topar com o cara isso sem levar em conta o “fator x” que sim é fundamental (imagine achar o homem dos seus sonhos você ateu e ele muçulmano extremista ?!?!) usando o fator X pra fatores filosóficos que realmente são importantes diminuiria o calculo abaixo de 0,001% isso em nova york maior cidade do mundo.
Traz isso a nível de cidade normal e os percentuais despencam absurdamente. Agora traz isso a minorias como eu homossexual que sou 10% da população em âmbito mundial. Reaplicando toda formula só tenho a dizer maldita matemática até tu já sabes que minha infelicidade vai ser eterna.
Ja fiz essa equação a um bom tempo e tenho 0,000000001% de chance de encontrar alguém com todos os fatores X que eu pude encontrar (o que seria meu príncipe encantado) só que usando pra isso a população mundial então resumindo… Abandone a ideia de príncipe encantado e acostume-se em ser feliz sozinho pelo resto da vida. Afinal ser sozinho não é tão ruim, mas que bate um desespero bate, ah maldita matemática
Mas claro isso é a nível cientifico, emocionalmente muitas coisas podem ser diferentes, afinal a razão e o coração não usam as mesmas regras, pra sorte de todos nós =D
Acho que seria mais eficiente se usássemos a Teoria das Cordas para encontra a Alma Gêmea,não? rsrsrs
Um dos melhores artigos que já li aqui, sem dúvida. Tenho que dar uma de cupido, melhor dizendo, tenho que compartilhar pra geral…
Pena que minha matemática não é muito boa, se não eu calculava!
Vou usar essa equação pra achar uma namorada
ótima matéria