Estranho organismo parece mistura entre “Borgs” e “Guerra dos Clones”
Essa imagem parece mais uma visão duvidosa de uma criatura fantástica da criptozoologia, mas é real, e pertence ao pyrosome. Como é frequentemente o caso com os animais lendários da criptozoologia, imagens de pyrosomes gigantes tendem a ser de baixa resolução. Porém, ao contrário de Pé-Grande ou do Monstro-do-Lago-Ness, pyrosomes são 100% real.
Pyrosome não é apenas um animal, mas muitos: uma colônia translúcida em forma cilíndrica, composta por centenas ou milhares de seres filtro-alimentadores individuais, que são tunicados, ou urocordados – um subfilo do filo Chordata, ao qual o nosso subfilo, Vertebrata, pertence.
Ao contrário de outros tunicados – que muitas vezes também se ligam em massa uns aos outros, porém permanecendo fixos no fundo do oceano –, pyrosomes formam um corpo flutuador livre, que pode variar de poucos milímetros a vários metros de comprimento, e deslizar livremente ao redor das camadas superiores e mais quentes do oceano via “propulsão a jato” (ou pelo menos uma das coisas mais próximas a isso observáveis no reino animal).
Na foto acima está um dos grandes, e a imagem foi feita a partir de um das únicas filmagens já feitas de uma colônia pyrosome gigante, disponível no YouTube. No clipe, Rebecca Helm (que se apresenta como uma “Jelly Biologist”) mostra um ensaio maravilhoso sobre a biologia dos pyrosomes.
Falar sobre a razão pela qual seu primeiro encontro com a colônia quase a levou às lágrimas: “Se Borg e Guerra dos Clones tivessem um bebê, seria um pyrosome. Uma colônia de pyrosomes é realmente uma coleção de milhares de clones, com cada indivíduo capaz de copiar a si mesmo e adicionar-se à colônia. Mas ao contrário de membros do Borg, que estão mentalmente conectados, os membros pyrosomea são fisicamente conectados, na verdade compartilhando tecidos”, explica.
“E enquanto o Borg vivem numa nave grande e assustadora, os pyrosomes são a nave grande e assustadora. Toda a colônia é moldada como um dedal gigante com um ponto numa extremidade de uma abertura e outro ponto na outra, e, em algumas espécies, esta abertura pode ser de até dois metros de largura, suficientemente grande para caber totalmente dentro dele um ser humano adulto”.
[IO9, deepseanews]
3 comentários
eu diria que o corpo humano funciona do mesmo jeito, mas com uma complexidade bem maior em uma escala microscópica ;]
Que massa!
Camisinha de baleia…