Mulheres vão melhor em testes de matemática se falsificam seu nome

Por , em 9.07.2013

Há um mito extremamente prejudicial que diz que as mulheres não são tão boas em matemática quanto os homens.

Isso não é verdade. Diversos estudos já mostraram que elas são tão boas quanto eles na matéria. Algumas pesquisas foram além e mostraram que as professoras podem “passar adiante” um medo de matemática a suas alunas, enquanto outras concluíram que os professores têm um viés de gênero – claramente tendem a classificar meninas com habilidades matemáticas inferiores aos alunos, mesmo quando as notas e resultados de seus testes são comparáveis aos dos meninos.

Na prática, isso significa que a sociedade é que está fazendo parecer que meninas são ruins de conta – ou, pior, fazendo-as fracassar ao lembrá-las constantemente deste estereótipo, o que tem um efeito negativo sobre o seu desempenho.

Agora, uma nova pesquisa realizada por Shen Zhang mostrou que as mulheres têm um desempenho melhor nos testes de matemática quando colocam um nome diferente do seu no exame – e isso acontece independentemente de usarem um nome masculino ou feminino.

Zhang recrutou 110 mulheres e 72 homens – todos graduandos – e pediu que respondessem 30 questões de múltipla escolha de matemática. Antes do teste, em um esforço para incutir a ameaça do estereótipo, todos os participantes foram informados de que os homens geralmente superam as mulheres em matemática.

Alguns dos voluntários foram orientados a escrever o teste com o seu nome real, e outros foram orientados a realizar o teste com um de quatro nomes: Jacob Tyler, Scott Lyons (nomes masculinos), Jessica Peterson ou Kaitlyn Woods (nomes femininos).

Ao usar seus nomes reais, os homens superaram as mulheres. No entanto, as mulheres que assumiram outro nome, fosse masculino ou feminino, tiveram um desempenho melhor do que as mulheres que não fizeram isso. E o mais importante, se saíram tão bem quanto os homens.

Os pesquisadores acreditam que usar o nome de outra pessoa “anula” a ameaça de autorreputação – o medo que algumas mulheres têm de ir mal quando estão preocupadas de que serão tomadas como prova de um estereótipo. Retirar esta pressão parece aliviar o medo e a distração.

“Estes resultados sugerem que o desempenho deficiente em matemática das mulheres é muitas vezes devido à ameaça de confirmar um estereótipo negativo como sendo verdadeiro para si mesmo”, concluem os cientistas.

Eles recomendam o uso de procedimentos de identificação sem nome em testes acadêmicos, bem como estratégias de enfrentamento que “permitem aos indivíduos estigmatizados desconectar sua pessoa de uma situação de risco”, o que eles dizem que vai “desarmar” estereótipos negativos.

Ou – veja que ideia louca – podemos simplesmente parar de dizer às mulheres que elas são ruins em matemática, quando isso não é verdade.[io9]

4 comentários

  • Baby Gatinha:

    kkk vou fazer isso

  • reginaldo targino dias:

    Caro EduG, não é a você que eu deveria nenhum respeito. Tão logo aqui li seu post, percebi a típica flatulência de sarcófagos ideológicos. Você é só um homenzinho muito machista. Não sei o que você faz, mas também não é ciência. E então cá estamos!

    • reginaldo targino dias:

      Dr. EduEgg! Não vou entrar no seu jogo, não vou escrever como você quer (isso mesmo, você quer assim, é o senhor, Dr. Egg, que quer assim). Quanto conforto o seu, nas suas escolhas lexicais, conceituais, etc., não é mesmo?
      E, de fato, que porcaria de matéria é a que pudemos ler acima, encravada numa porcaria de site (gente, ironia por favor!), servindo ela aqui para completar o alguma farsa típica para meninas e meninos da faixa dos 12. Aqui uma matéria tão inconsistente (não é o que penso) é posta para chamar a atenção desses meninos e meninas, então, atentos ao site, eles presenciam a entrada do protagonista, um troll, vir dizer suas verdades cientificistas? (não é isso que penso do site, gente!)

  • reginaldo targino dias:

    Um grupo de jovens garotas estava saindo de um centro de estudos de volta para casa, no Paquistão, quando o ônibus escolar em que elas estavam foi bombardeado por terroristas – 14 delas foram queimadas vivas. As sobreviventes foram levadas às pressas para o hospital, onde outra bomba explodiu e feriu seus amigos e as enfermeiras que chegavam para prestar socorro.
    Muitos vão pensar que isso depõe contra o Islamismo isoladamente, quando na verdade depõe contra qualquer sistema de discriminações (inclua-se o presente no Cristianismo, que também apregoa ter proporcionado melhores condições de vida às suas mulheres, mas isso é um advento apenas oportuno decorrente outras coincidências tais como melhor disseminação de renda e alfabetismo).
    As pesquisas científicas também são encarregadas de reforçar preconceitos. Basta que lembremos, há décadas, temos lido trabalhos que apontavam para o fato de que óvulos de mulheres de mais avançada faixa etária aumentavam as chances de gestação de bebês com Síndrome de Down e outras complicações. Recentemente, e só recentemente, chegou-se ao fato de que essas chances são até maiores com espermatozóides de homens de faixa avançada de idade.
    Não acho que o pesquisador relatado no artigo acima tenha incutido ideiais na pesquisa, mas partido de apelos do dispositivo estigmatizante (ou seja sem remédio algum, o suporte que ele dá é a troca de nomes); fosse desprezado tal mecanismo, e a pesquisa sim seria inconclusiva. Caso ele então dissesse a subgrupos de pesquisados(as) algo para os(as) encorajar, isso provavelmente faria a pesquisa ser absolutamente inconclusiva, pois esse mecanismo é naturalizado você reconhecer o homem como bom matemático e elogiar mulheres com condescendência…
    Gostei da pesquisa. O coments acima é típico!

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